A atmosfera no evento era eletrizante. Pessoas de todas as partes do mundo se reuniam para o encontro internacional de empresários, incluindo representantes da França, Inglaterra e Coreia do Sul. A cada três anos, esse evento proporcionava a oportunidade de estabelecer alianças com diversas empresas, visando intensificar o comércio global. Entre todas as alianças a serem fechadas, as mais desafiadoras eram as com a França, Inglaterra e Coreia do Sul. O senhor Marques, ciente da importância desses acordos, estava determinado a impedir que eu as concretizasse. Ele sabia que se eu estabelecesse alianças com esses países, minhas chances de adquirir suas ações seriam reduzidas. Mas eu não era uma pessoa que facilmente desistia de uma batalha.
Eu estava determinada a enfrentar o desafio e conquistar as parcerias que tanto almejava. Sabia que não seria fácil, mas minha confiança era inabalável. Eu tinha plena consciência de que era uma mulher de negócios talentosa e capaz de superar qualquer obstáculo que se apresentasse.
Separei minhas equipes em três unidades, uma ficaria de olho na França, outra na Inglaterra, e a mais difícil eu teria que agir com minhas próprias mãos. Tinhas apenas três dias para conhecer as propostas, devolver uma, e apresentá-las. O encontro com Vicenzo foi inesperado. Eu estava concentrada em minha missão de estabelecer alianças com a França, Inglaterra e Coreia do Sul, e vê-lo ali representava um obstáculo adicional. Ele sempre foi um concorrente ardiloso, disposto a tudo para obter vantagem sobre mim. Enquanto caminhava pelos corredores, meu olhar se cruzou com o de Vicenzo. Um sorriso de deboche surgiu em seu rosto enquanto ele se aproximava, bloqueando meu caminho.
- Hora, hora, quem temos aqui? - Ele disse com um tom sarcástico. - Olá, Ellen! - Completou, colocando-se em minha frente.
Fiquei tensa, mas mantive a compostura. Sabia que não podia deixar que sua presença me distraísse de meu objetivo. Respondi com frieza:
- O que faz aqui?
Vicenzo soltou uma gargalhada.
- Você acha mesmo que eu perderia a chance de fazer alianças com a França, Inglaterra e Coreia do Sul? Jamais - Provocou, com um brilho desafiador nos olhos.
Meu sangue ferveu, mas eu não permiti que suas palavras abalassem minha determinação.
- Me deixe passar, Vicenzo. - Exigi, tentando contorná-lo.
No entanto, ele segurou firmemente meu braço, impedindo minha passagem. Seu aperto era firme e intimidador. Ele sabia como jogar sujo, e estava determinado a me atrapalhar. Eu olhei diretamente em seus olhos, transmitindo uma mistura de desafio e confiança.
-Espera, Ellen. Vamos conversar um pouco. - Ele sugeriu, soltando uma risada irônica. - Aliás, eu nunca tive a chance de explicar.
Eu senti uma pontada de curiosidade, mas me mantive firme. "
- Como você disse no passado, não tem explicação. - Retruquei, tentando me libertar de seu domínio.
No entanto, Vicenzo não cedeu. Ele manteve seu aperto em meu braço, desafiando-me a enfrentá-lo. A tensão se estabeleceu entre nós, e eu soube que teria que agir com cautela para sair dessa situação e seguir em frente com minha missão.
- Ellen eu me arrependi de tudo que eu fiz, sei que fui um cafajeste, e tudo mais...- Não acreditava em nenhuma palavra.
- Não me faça rir. – Gargalhei ao ouvir suas palavras ridículas.
- Ellen, eu sei que não tem perdão, mas podemos ser amigos.
- Me traiu, está na empresa concorrente, e quer que eu seja sua amiga?
- Eu sei, eu não sei ser bonzinho. – Ele debochou. – Mas quero dizer que não vou deixar você conseguir essas alianças.
Enquanto Vicenzo continuava com suas provocações, senti a mão reconfortante de Miguel em meu antebraço. Ele havia chegado no momento exato para me ajudar a lidar com essa situação difícil.
- Está tudo bem, Miguel, - Respondi, tentando manter a calma. - Obrigada por se preocupar. Eu posso lidar com isso.
Vicenzo olhou para Miguel com desdém.
-Ah, você de novo. Acha que pode interferir nas coisas, não é? Talvez eu deva chamar o segurança para lidar com vocês dois.
Miguel manteve sua postura calma e serena.
- Não é necessário chegar a esse ponto, Vicenzo. Acredito que podemos resolver essa situação de forma civilizada.
Vicenzo bufou de indignação, mas pareceu considerar a sugestão de Miguel.
- Está bem, vou deixar vocês por enquanto. Mas saibam que não vou facilitar para vocês.
Com essas palavras, ele se afastou e desapareceu pelos corredores. Suspirei aliviada por me ver livre da sua presença, pelo menos por enquanto.
- Muito obrigada, Miguel. - Agradeci a ele sinceramente. - Você sempre aparece quando mais preciso. - Ele sorriu gentilmente.
- É um prazer poder ajudar, Ellen. Sei que você é forte e capaz de superar qualquer obstáculo, mas às vezes todos nós precisamos de um apoio extra.
Assenti com gratidão.
- Isso é verdade. E agora, vamos voltar ao trabalho. Temos um objetivo a alcançar e não podemos nos deixar distrair por pessoas como Vicenzo.
Miguel concordou, e juntos retomamos nosso caminho rumo às nossas respectivas tarefas. Sabia que o desafio ainda era grande, mas com a determinação e o apoio da minha equipe, estava confiante de que poderíamos superar qualquer adversidade que surgisse no nosso caminho.
No meu quarto, sentei-me à mesa e comecei a analisar os vários papéis que havia acumulado ao longo do dia. Era crucial revisar todas as propostas e informações para tomar as melhores decisões estratégicas. Roger, como sempre, estava ao meu lado, pronto para me auxiliar com sua experiência e conhecimento.
Juntos, passamos horas discutindo detalhes, avaliando vantagens e desvantagens de cada proposta. Cada palavra e cada número eram minuciosamente examinados, pois sabíamos que cada decisão poderia ter um impacto significativo nos rumos da empresa.
Aos poucos, fui organizando as informações, destacando os pontos-chave e anotando as considerações mais importantes. Roger contribuía com suas ideias e sugestões, ajudando-me a enxergar aspectos que eu poderia ter deixado passar despercebidos.
A atmosfera era de concentração e determinação, mas também de um certo cansaço após um dia intenso de trabalho. Enquanto nos dedicávamos à análise, podíamos ouvir os sons suaves da cidade lá fora, trazendo uma sensação reconfortante de estar em um lugar novo, mesmo com toda a pressão que pairava sobre nós.
Apesar do cansaço, sentia uma energia pulsante dentro de mim, impulsionada pela importância da missão que tínhamos pela frente. Sabia que cada escolha que faríamos nos próximos dias poderia abrir portas para oportunidades incríveis ou determinar obstáculos que teríamos que enfrentar. À medida que a noite avançava, finalizamos a análise inicial dos documentos e fizemos algumas anotações finais. Sabia que o descanso era necessário para enfrentar os desafios que nos esperavam no dia seguinte. Encarei Roger com um sorriso cansado, mas determinado.
- Amanhã será um dia crucial, meu amigo. Precisamos estar preparados. Vamos descansar agora e retomar com toda a nossa energia pela manhã.
Ele concordou, guardando os papéis e preparando-se para sair do quarto.
- Tenho certeza de que faremos o melhor, Ellen. Podemos confiar na nossa capacidade de tomar as decisões certas.
- Você tem toda razão.
- Senhora?
-Diga, Roger?
-Sei que não é da minha conta, mas já faz anos que trabalho com a senhora, o que a senhora acha do senhor Miguel?
- Nada demais, por que da pergunta?
- Senhora, eu a conheço desde pequena e sei que a senhora é bem fria com as pessoas. Mesmo namorando o senhor Conti, nunca vi a senhora dar a mão a ele em público ou ficar tão próxima assim...
-Ele estava com medo de andar de avião, apenas quis ajudá-lo.
O olhar de Roger denotava uma mistura de curiosidade e preocupação. Conhecíamos um ao outro há tantos anos, e ele sabia que sou uma pessoa reservada quando se tratava de demonstrações públicas de afeto. Mas agora ele estava trazendo à tona um aspecto que, talvez, nunca tivéssemos discutido antes.
Suspirei, compreendendo a intenção genuína de Roger em trazer à tona esse assunto. Era verdade que eu sempre me mantinha distante, protegendo-me atrás de uma imagem de líder forte e impenetrável. Sempre me concentrei em meu trabalho e nas responsabilidades que tinha, colocando meu relacionamento pessoal em segundo plano.
-Roger, eu entendo sua preocupação. Você me conhece bem, e sabe que eu priorizo minha vida profissional acima de tudo. Mas você também sabe que o senhor Miguel é um membro importante da nossa equipe e que ele tem se destacado em suas contribuições - respondi, tentando ser o mais sincera possível.
-Sim, eu sei, senhora. Mas é que, dessa vez, vi uma aproximação diferente entre vocês. E, se me permite dizer, acho que é bom para você, tanto pessoal quanto profissionalmente. Às vezes, abrir-se para novas experiências e relacionamentos pode trazer equilíbrio e felicidade em diferentes aspectos da vida - Roger explicou, cauteloso.
Fiquei em silêncio por um momento, refletindo sobre suas palavras. Era verdade que minha vida pessoal estava em segundo plano há muito tempo, e talvez fosse hora de reconsiderar isso. Contudo, minha mente ainda estava focada na missão que tínhamos pela frente, e não podia me deixar levar por sentimentos ou distrações no momento.
-Roger, agradeço suas palavras. E embora eu compreenda sua preocupação e saiba que você fala com boas intenções, agora não é o momento de me aprofundar nesse assunto. Temos uma tarefa importante pela frente e não posso me distrair. Mas vou levar em consideração o que você disse - respondi, finalizando a conversa de forma amigável.
Roger assentiu, respeitando minha decisão, e saiu do quarto, deixando-me a sós com meus pensamentos. Por um momento, permiti-me refletir sobre a relação com Miguel e sobre a possibilidade de equilibrar minha vida pessoal e profissional. No entanto, sabia que, por enquanto, meu foco precisava estar nas alianças estratégicas e nos desafios que enfrentaríamos nos próximos dias.
No dia seguinte pela manhã, realizamos a apresentação do nosso projeto. Miguel, como sempre, estava se destacando, e isso me deixava orgulhosa. Conquistamos duas alianças importantes: Inglaterra e França estavam ao nosso lado. No entanto, a Coreia do Sul recusou nossa oferta. Sentindo-me frustrada e com raiva de mim mesma, decidi me afastar um pouco da equipe e buscar um momento de reflexão sozinha.
Caminhei pelos corredores do hotel, perdida em meus pensamentos. A pressão de conquistar as três alianças estava pesando sobre mim, e a recusa da Coreia do Sul havia abalado minha confiança. Encontrei um lugar tranquilo, um pequeno jardim no pátio do hotel, e me sentei em um banco, deixando-me envolver pela serenidade do ambiente.
Depois de alguns segundos, ouço passos próximos a mim. Era Miguel, segurando uma garrafa de água e com um olhar preocupado.
-Está tudo bem, senhora? - Ele me entrega a garrafa de água. - Não fique frustrada, ainda temos um dia e meio, a Coreia pode mudar de ideia. - Ele tenta me animar com suas palavras.
Suspiro e olho para ele, apreciando o gesto de preocupação. Seu apoio era reconfortante, mas a sensação de fracasso ainda pesava sobre mim.
-Não é tão simples assim - respondo, tomando um gole da água. - Dediquei muito tempo e esforço a isso, e não consigo aceitar que tenha falhado.
Miguel se senta ao meu lado no banco do jardim, mantendo-se silencioso por um momento antes de falar novamente.
-Ellen, entendo que você esteja frustrada. Mas lembre-se de que nem sempre podemos controlar todas as variáveis. Às vezes, mesmo dando o nosso melhor, as coisas não saem como planejamos. O importante é aprender com as experiências e seguir em frente.
Olho para ele, absorvendo suas palavras com atenção. Ele tinha razão. Nem sempre o sucesso é garantido, e é preciso saber lidar com os revezes e encontrar maneiras de se adaptar às circunstâncias.
- Você tem razão, Miguel - murmuro, sentindo a tensão se dissipar um pouco. - Talvez eu precise mudar minha perspectiva. Ainda temos tempo, e vamos explorar todas as possibilidades para alcançar nossos objetivos.
Miguel sorri, encorajadoramente, e concorda com um aceno de cabeça.
- Exatamente, Ellen. Não podemos permitir que a frustração nos domine. Estamos juntos nessa jornada, e vamos enfrentar os desafios juntos. Ainda há esperança.
Sorrio em resposta, sentindo uma onda de determinação renovada. Tinha ao meu lado uma equipe dedicada e um parceiro confiável em Miguel. Juntos, poderíamos superar os obstáculos e buscar outras oportunidades para alcançar o sucesso que buscávamos.
Levantamo-nos do banco e retornamos à sala de reuniões, com um novo ânimo e uma nova perspectiva. Ainda havia trabalho a ser feito, e eu estava pronta para enfrentar o que viesse pela frente, com Miguel ao meu lado e a determinação de não desistir até o último momento.
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Atualizado até capítulo 29
Comments
Silvaneide de lima barbosa Silvinha
ela vai conseguir negociar com a Coreia
2023-10-20
0
Divina Santos
tomara q ela consiga,se n conseguir o invejoso do ex também n consiga.
2023-08-14
1