Aquele dia de chuva

— Cara, não acredito que cai no sono! — Ravi se levantou do sofá em um único pulo — Ethan, acorda, já estamos atrasados!

Ele estava deitado no sofá, porém acordado, ele estava olhando e teto em seguida, encarou o seu amigo com o seu olhar vazio.

— Ethan, você sabe que tem que voltar, não é mesmo? — ele suspirou — já fazem dois meses.

Ethan se sentou e ignorou o seu amigo mais uma vez, Ravi apenas se virou e caminhou até a garagem.

Um tempo depois ele retorna com uma chave em mãos.

— Já que estou atrasado e está chovendo muito, vou usar o seu carro — ele balançou as chaves.

— Espere um pouco — ele se levantou — vou com você.

Ravi sorriu levemente, em seguida, ele abriu a garagem e manobrou o carro, Ethan estava segurando uma foto, depois que ele fechou a garagem e trancou a porta da frente, ele entrou no carro sem demora.

— Olha, você pode ir aos poucos até se acostumar novamente com o trabalho — ele deu partida no carro.

    Não teve muita conversa durante o caminho.

Uma vez na fundação, Ravi estacionou o carro em uma vaga do estacionamento, ele saiu do carro logo em seguida, Ethan o seguiu sem pressa.

Eles encontraram a conselheira Katherine após passarem pela recepção, ela esboçou um sorriso ao ver o Ethan de volta ao trabalho.

— Ethan! Há quanto tempo, fico feliz em te ver novamente.

Parecia que Katherine estava à espera do Ravi para discutirem sobre os preparativos para a próxima reunião, Ethan, por sua vez, apenas se despediu deles e caminhou para sua sala.

Ele abriu a porta do seu laboratório e suspirou fundo, antes de fazer qualquer coisa que pudesse ser chamado de produtivo, ele retirou a foto do bolso de sua calça e sentou na cadeira perto da mesa.

— Ainda não acredito que você se foi, mãe.

Ele soltou a foto sobre a mesa e ficou olhando a parede branca do laboratório, além do barulho da chuva, algo naquela parede sem graça o fez lembrar do passado.

Era um dia nublado, Ethan passou o dia na casa de seu amigo, eles estavam brincando no quintal da casa dele, de repente começou a chover, eles ficaram um tempo na chuva, depois entraram para casa quando o quintal começou a virar uma completa poça de lama, Ethan abriu a porta da frente rapidamente, eles entraram com tanta pressa que nem se deram conta que estavam sujando o tapete de boas-vindas da entrada.

— Ravi meu filho, você está todo encharcado e sujo — ela olhou para eles — vocês dois estão, vão tomar um banho.

Ravi olhou para Ethan, era uma conversa por olhares onde eles se entendiam perfeitamente, e em uma disputa de pedra, papel e tesoura, ele ganhou do seu amigo de cabelo azulado.

— Ganhei! — ele soltou uma gargalhada alta — parece que a sorte não está a favor dos tolos.

Ele correu para o banho logo em seguida, Ethan apenas se sentou no tapete e esperou sua vez.

Horas se passaram e a chuva ainda caia sobre o chão, Ethan estava olhando para o lado de fora através de uma janela, enquanto estava pensando sobre ter um trabalho pela primeira vez, seu amigo assistia TV com sua mãe. A ideia de mudar o mundo não saia de jeito nenhum da cabeça de Ethan, ser um cientista conhecido no mundo todo por uma invenção ou algo que pudesse mudar o mundo.

Suas lembranças o fizeram esboçar um sorriso, minutos depois, Katherine apareceu batendo na porta, esse era o final desse seu momento de felicidade.

— Ethan, vim ver como você está, tudo bem?

— Estou sem nada para fazer.

— Se esse for o caso, o Mikhael estava desenvolvendo uma máquina, você pode ajudá-lo se quiser.

— Vou ajudar.

Katherine sorriu e saiu, ela andou para o hall da fundação, minutos depois, Ethan se levantou e foi até a sala do Mikhael que ficava ao lado, ele bateu duas vezes na porta.

— Pode entrar.

Ele abriu a porta e viu Mikhael conectando alguns cabos.

— No que está trabalhando Mikhael?

— Ah, olá, Ethan, estou fazendo uma máquina de clonagem — ele apontou para a mesa — os cálculos e materiais usados estão na mesa, antes de ligar, você pode verificar se estão certos?

— Claro.

Ele pegou as folhas que estavam em ordem e as leu um a um, em pouco tempo ele terminou de ler, apesar de ter ficado um pouco impressionado, ele percebeu haver um risco com os materiais usados.

— Mikhael, tem certeza que isso não vai pegar fogo?

— Não seja ingênuo, é por isso que tem um halon na parede — ele apontou para a parede.

— Ah, então está tudo certo, pode começar quando quiser.

Mikhael se afastou um pouco da máquina, no laboratório havia a máquina no meio e duas cápsulas, uma de cada lado, por um instante ele duvidou que funcionaria, um barulho estranho surgiu ao puxar a alavanca para ligá-la, uma luz azul brilhou em uma das cápsulas grande em formato de cilindro em que estava conectado à máquina com cabos, ele rapidamente colocou uma luva em suas mãos e com um pouco de cuidado, pegou um fio de cabelo ruivo de uma escova de cabelo e o colocou na cápsula, em seguida, após fechar a cápsula, ele pegou o scroll que estava em cima da mesa e continuou o experimento.

— Ethan, chame algum conselheiro para conferir a etapa final do meu experimento de clonagem.

— Ah, claro, até daqui a pouco.

— Nos vemos em breve.

    Ao sair da sala e ter fechado a porta, Ethan andou pelos corredores até ouvir um barulho, ele olhou para trás e viu a porta da sala do seu amigo aberta, uma forte de luz surgiu, a fonte dessa luz se manifestava do laboratório de Mikhael, o prédio da fundação estremeceu logo em seguida, de repente a luz desapareceu.

Isso não está certo. Pensou Ethan.

Ele correu de volta para aquele laboratório, sem nem mesmo ter entrado no laboratório, ele conseguiu ver o que os seus pensamentos previram, algo estava realmente errado, as paredes estavam escuras, parecia que algo explodiu, a máquina e as cápsulas haviam desaparecido, não havia nenhum sinal de Mikhael.

— O que aconteceu aqui? — ele não conseguia se mexer.

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