— Stein, voltei.
Lena se aproximou da mesa após ter fechado a porta, em seguida, ela sacudiu o garoto pelo ombro e o acordou, ele ainda estava processando o que estava vendo depois de ter levantado a cabeça, era uma fruta redonda e avermelhada que Lena havia separado.
— O nome dessa fruta é maçã, pode comer.
O garoto a segurou a fruta com as duas mãos e a olhou de canto a canto.
— Que estranho, meu pai as chamavam de Borkh — ele mordeu a maçã.
— Deve ser um nome diferente para o mesmo alimento — ela pôs uma mochila sobre a mesa.
O menino olhou atentamente para a mochila.
— Pensei que você havia trazido apenas o seu equipamento.
— Essas coisas são do cientista que criou aquele portal que mencionei — ela tirou uma luva metálica da mão esquerda — essa luva também.
Ele não fez mais perguntas, a maçã estava saborosa demais para conseguir pensar em outra coisa, Lena abriu a mochila azul-claro com detalhes brancos e começou a esvaziá-la tirando as comidas enlatadas.
— Tem algum quarto onde posso ficar? — ela fechou a mochila.
— Tem um subindo as escadas, do lado direito depois do banheiro — ele deu a última mordida na maça.
Ela seguiu as direções com a mochila em mãos, o garoto apenas jogou o resto da maçã na pia e ficou olhando os cantos da casa.
Um tempo depois, Lena desceu as escadas, o garoto a olhou de cima a baixo, ela estava vestindo uma camisa social amarela, uma gravata branca e estava com sua blusa de frio azul amarrado na cintura, sua calça preta parecia com as dele, o que mais lhe chamou a atenção, foi ela estar trazendo uma cadeira do seu novo quarto.
Ela pôs a cadeira do outro lado da mesa e a ocupou logo em seguida.
— Então — Lena iniciou a conversa — vamos falar sobre o que sabemos do grande desastre, de como aconteceu e quem fez isso.
— Sinto muito, apenas sei de como o desastre afetou o mundo — o garoto desviou o olhar.
— Se eu soubesse que dia é hoje, poderíamos ter um tempo estimado até o desastre.
— Estamos em 16 de fevereiro, vi um calendário no pequeno restaurante aqui perto.
— Se for assim — ela cruzou os braços — temos aproximadamente 6 meses e 14 dias até o dia do desastre.
Ela se levantou e sem pressa, começou a guardar as comidas enlatadas nos armários da cozinha, o garoto a ajudou.
Minutos depois, eles terminaram de guardar as comidas enlatadas, não era muito, mas garantia até um mês de alimento, Lena se sentou na cadeira e o menino ficou de pé por um tempo, uma ideia foi chutada para sua mente, em questão de segundos, essa ideia passou a fazer sentido.
— Lena, como vamos saber onde aconteceu o grande desastre?
Ela foi surpreendida com essa pergunta, por pensar muito em outras coisas que eram prioridades como moradia, ela se esqueceu desse questionamento importante para essa missão.
— A equipe GER informou que o grande desastre aconteceu no hemisfério norte do nosso planeta, mas eles não deram mais detalhes.
— Entendi, agora precisamos de um mapa para sabermos onde estamos.
— Vamos nos dividir então, você procura em direção à torre e eu vou para o lado oposto, nos encontraremos aqui em duas horas.
O garoto concordou com um gesto de cabeça e em seguida, foi o primeiro a sair da casa.
Ele seguiu andando para o restaurante primeiro, o fantasma o seguiu, ela estava entediada.
— Sinceramente, é chato quando você me ignora, mas — ela flutuou para o lado do garoto — como vamos saber as horas?
— Não se preocupe com isso — ele sussurrou.
O fantasma flutuou para frente do restaurante e apontou para a porta aberta, em seguida, ela entrou no estabelecimento, o garoto entrou logo em seguida. A garçonete estava cantarolando e arrumando as mesas quando ele entrou.
— Com licença… eu.
— Ah, é você — ela o interrompeu — sente-se em alguma mesa, já vou te atender.
Ele apenas se virou para o lado e ocupou a mesa que ali estava, não demorou muito para ela arrumar todas as mesas e um tempo depois, ela se aproximou do garoto com um cardápio em mãos.
— Esse é o cardápio de hoje, me chame quando estiver pronto para pedir.
— Espere — seu tom de voz mudou — eu não vim aqui para comer.
A garçonete se virou.
— Pode falar, o que quer?
— Sabe me dizer onde encontro um mapa? — Ele olhou nos olhos azuis dela.
— Não sei, mas se for pedir algo agora, será por conta da casa — ela piscou para ele e caminhou para o balcão.
Ele desviou o olhar, disse que não estava com fome no momento e saiu após se levantar, o fantasma o seguiu e do lado de fora do restaurante, ela deu uma boa sugestão para o garoto, era apenas ele perguntar para as pessoas que passavam por ele, onde essa cidade fica no mapa, em seguida dizer que é uma pessoa que estava viajando e que se perdeu da rota original. Ele considerou fazer isso, mas conforme andava, percebeu estar ignorando as pessoas, era difícil puxar conversa sem pensar que estava incomodando elas, quando olhou para os prédios à sua frente, viu a torre do relógio mais uma vez, ele olhou para o outro lado da rua e viu Lena, ela atravessou a rua e se aproximou depois de ter acenado para ele.
— Stein, vamos voltar para casa, encontrei algo interessante.
Ele respondeu com um gesto de cabeça, o fantasma estava flutuando do lado dele, eles estavam logo atrás da garota, sem muita pressa, não houve muita conversa até chegar na casa abandonada.
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Atualizado até capítulo 28
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