O garoto começou a andar sem rumo e não muito longe dali, encontrou uma cidade que estava em desenvolvimento, suas casas tecnológicas e diferentes chamaram sua atenção, ele andou pelas ruas da cidade sem nenhuma interação com qualquer pessoa, nem mesmo um contato visual, o garoto sempre olhava para as roupas das pessoas que ali passavam, ele as achou estranha.
Após um tempo de caminhada nas ruas pouco movimentada, o garoto encontrou um bar em que decidiu entrar para descansar um pouco, as portas já estavam abertas e uma vez do lado de dentro do bar, ele se deparou com um lugar onde estava movimentado e animado, era o clima de uma festa, ele pegou uma mesa vazia no fundo, onde não tinha tantas pessoas perto, o menino apenas observou os outros rindo e jogando conversa fora, um tempo depois, a garçonete se aproximou dele.
— Olá, já sabe o que vai pedir? — Ela estava pronta para anotar o pedido.
— Não precisa — seu tom de voz abaixou — já estava de saída.
— Fique à vontade e volte sempre que quiser.
A garçonete sorriu e foi atender outro cliente que havia chegado.
Será que era de graça? É melhor não arriscar, não quero pagar a comida com trabalho forçado, pensou.
O garoto se levantou e antes de ir embora, olhou de relance para um calendário perto da porta, era 15 de fevereiro de 40089, sem dúvidas, ele realmente voltou no tempo. Do lado de fora do bar, de repente uma dúvida apareceu em sua mente, o garoto continuou a andar rua abaixo enquanto pensava em algum lugar para dormir, um acampamento improvisado seria ótimo já que não tinha muitas opções, ele estava preso em seus pensamentos, quando percebeu que estava anoitecendo e a temperatura decaindo cada vez mais, ele apressou o passo até chegar em uma parte da cidade onde havia cada vez menos casas, ele se deparou com uma casa abandonada, ela estava um pouco isolada, escondida em meio a algumas árvores, ele se aproximou da casa e abriu a porta depois de ter subido os três degraus da frente, era um ambiente pouco iluminado se não fosse por um brilho azul vindo do segundo andar.
— Tem alguém aí? — sem resposta.
A sua frente havia as escadas para o segundo andar, ele olhou rapidamente a cozinha um pouco a esquerda, apenas se lembrou da geladeira amarela e a mesa de madeira, do lado direito havia uma porta branca que ele ainda não abriu para olhar, o garoto subiu as escadas de madeira que estavam rangendo a cada passo, pelo corredor ele conseguiu ver três quartos, dois do lado esquerdo, um banheiro e outro quarto a direita e uma sala no final do corredor, no último quarto a esquerda estava o brilho que havia visto antes, ele olhou cada quarto enquanto caminhava em direção a fonte de luz, não havia ninguém nos quartos e no banheiro a direita.
O quarto estava todo iluminado por uma luz de mesa, ele se aproximou e a segurou com uma mão, era um item que nunca havia visto em sua vida, e nessa cidade era algo que poucos tinham, ele olhou para todos os cantos do quarto, havia um guarda-roupa, uma mesa, a cadeira e a cama e seus lençóis, ele se sentou na cama e seu estômago roncou, por não ter o que comer nessas horas, ele decidiu dormir e ir ao bar na manhã seguinte. Ele colocou a luz em seu lugar e retirou a máscara em seu bolso, olhou para ela por um tempo e percebeu que poderia evitar o acidente nuclear, essa seria sua missão a partir de agora, ele a pôs sobre a mesa e antes de se deitar, desligou a luz.
Eu deveria ter trazido comida e água. Pensou
Demorou um pouco para que caísse no sono, ele pelo menos não passou frio essa noite.
O garoto acordou cedo na manhã seguinte, o sol ainda nascia quando se levantou e olhou para o espelho do guarda-roupa, sua roupa estava toda suja, ele decidiu abrir o armário torcendo para que houvesse uma boa roupa para substituir sua blusa de frio preta, o guarda-roupa estava limpo e além das roupas, ele encontrou um par de tênis branco com listras vermelhas. Em meio a tanto par de roupas, ele escolheu uma camiseta preta e continuou com sua calça jeans da mesma cor, depois de um tempo se olhando no espelho, resolveu usar os tênis sem as meias, eles eram muito bonitos, seria um desperdício não usá-los.
Após um tempo, o menino saiu do quarto e em seguida, passou pelo corredor e desceu as escadas de madeira, seu estômago roncou quando olhou para a geladeira, ele decidiu fazer mais uma visita ao bar, mas ainda era muito cedo e para passar o tempo, ele fez uma averiguação em toda parte da cozinha, não havia comida, mas a encanação funcionava perfeitamente, o garoto se sentou na cadeira perto da mesa e olhou para o único lugar que ainda não entrou, a porta branca.
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Atualizado até capítulo 28
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