Conhecendo o desconhecido

Não demorou muito até Lena ouvir passos vindo do corredor, ela levantou a cabeça e apoiou a na sua mão esquerda, e olhou para o lado direito, aparentemente para um nada.

— Ethan, preciso falar com você — a pessoa parou em frente a porta, ele estava de olho em um papel — precisamos discutir sobre a energia que será usada…

— Ah, desculpa, o senhor Ethan saiu dessa sala faz um tempo.

— É percebi, e quem é você?

— Me chamo Lena, vou morar um tempo com a Katherine.

O favorito dos conselheiros viu Ravi em frente a sua sala, ele o chamou quando chegou perto, Ravi reagiu instintivamente olhando diretamente para Ethan e fez uma cara de nojo.

— Cara, você não se cansa desse chá né?

— Recomendo você experimentar — respondeu e depois tomou um gole do chá — mudando de assunto, o que te traz aqui?

— É sobre a questão da energia que vamos usar…

Lena se levantou e ouviu a conversa dos dois, ela ouviu a conversa toda e ficou surpresa da forma que terminou, Ravi teve a última palavra, ele optou por usar a energia mais limpa que poderia existir, depois que Ravi saiu para informar os outros conselheiros, Ethan voltou a sua sala e encontrou Lena perto da porta, Ethan entrou na sala quando ela começou a questionar.

— Vocês vão mesmo usar energia nuclear?

— É o que parece.

Ethan caminhou até a janela que estava no fundo do laboratório, apoiou o cotovelo na banca insípida e sem cores vibrantes, e começou a olhar o pôr do sol no horizonte e as grandes árvores longe da fundação, a paisagem agradou os olhos dele e depois de ter terminado de beber o chá, esboçou um leve sorriso.

— Senhor Ethan — ela chegou perto dele — precisamos impedir eles, não podemos usar essa energia.

— Nós não vamos — contrariou ele — veja bem, a luz sólida impede a passagem de qualquer átomo.

A energia nuclear, essa era a única energia que não mataria eles lentamente com o tempo e o processo para obter essa energia, não aparentava perigo, até porque, a fundação inteira usava essa energia em uma usina que ficava bem debaixo da fundação.

— Olha, vejo que a conversa de vocês está interessante.

— É bom te ver Katherine, veio chamar a Lena?

— Claro, vamos? — Katherine estendeu a mão para ela.

A garota olhou para Ethan, como um sinal de aviso de que ela resolveria as coisas sem a ajuda dele, Lena caminhou até sair da sala, a conselheira Katherine se despediu de Ethan com um pequeno gesto com a mão, sem muita conversa, as duas foram até o estacionamento da fundação.

Os funcionários que estavam ali presente no hall, estavam mais agitados do que o de costume, mas não era um motivo de preocupação, todos estavam com um sorriso no rosto, eles pareciam ansiosos para o novo projeto.

Uma vez do lado de fora da fundação, Lena continuou a seguir Katherine até o carro, ela pegou as chaves e abriu a porta esquerda do carro.

— Venha, pode entrar.

— Certo.

Ela deu a volta no carro e abriu a porta do motorista, ela ligou o carro e ajeitou o retrovisor.

— Seu carro é muito bonito, senhora Katherine.

— Obrigada, sou a única pessoa na cidade com esse carro, ele é um 370z

— E por que tem apenas esse?

— Lembro de algo sobre a humanidade ter perdido todo o conhecimento há anos atrás, deve ser por isso.

Lena ficou em silêncio enquanto olhava o retrovisor do lado dela.

— Antes de irmos, você precisa pôr o cinto — ela apontou para o cinto do banco dela — assim olha.

A garota fez o mesmo movimento dela, ela já estava pronta, Katherine deu um leve sorriso e elas seguiram viajando para a mansão dela, foi uma viagem curta, e quando chegaram ao destino, Lena fez uma pergunta antes de sair do carro.

— Senhora Katherine, até agora eu não lembro de ver você com uma arma — a conselheira desviou o olhar — por acaso, você apontou o dedo para mim quando foi me abordar?

— Foi isso mesmo — ela deu um sorriso sem graça e depois parou o carro.

Lena não ficou brava e Katherine ficou aliviada, mas talvez ela esqueceu que esse era seu trabalho, ela era uma conselheira faz tudo, ela cuidava da segurança quando não tinha ninguém, do refeitório e das entrevistas dos novos funcionários, além disso, ela fazia alguns trabalhos extras, esse trabalho era perfeito para ela, até porque, ela sempre ajudou quem precisava, um trabalho que te deixa sempre ocupado era perfeito para alguém que parou de usar cigarros.

— Enfim, chegamos — ela tirou o cinto e Lena a observou sair do carro, em seguida, ela fez o mesmo.

— Nossa, sua casa é bem grande.

— Minha família inteira gosta de se reunir em eventos importantes, por isso um lugar como esse é essencial.

Katherine seguiu para o portão, Lena foi junto apreciando a vista, em volta da mansão tinha um pequeno muro de pedra com um gramado bem cuidado, a conselheira ligou um inter scroll que tinha no portão preto fosco, ela falou com alguém e o portão abriu em seguida.

Foram poucos passos para chegar à porta da mansão que era um exagero para uma pessoa, uma vez no lado de dentro, Lena se impressionou com o que viu, era uma sala bem grande com o piso todo de madeira, havia uma lareira e perto dela tinham dois sofás e uma mesa de vidro no meio.

— Sente-se no sofá, eu vou tomar um banho e depois conversamos — disse ela enquanto subia as escadas perto do sofá.

— Certo.

Ela olhou para a lareira que já estava ligada, foi até a mesa e pegou o jornal que estava em cima de um caderno, ela começou a ler e apenas se lembrou da última notícia que leu, era uma notícia antiga por volta de um ano ou menos, ela dizia que“ Essa manhã, um cientista da fundação, explodiu o seu laboratório com uma descoberta que o próprio chama de energia do vácuo, com os vários pequenos acidentes ocorridos nessa empresa, seria certo deixarmos eles fazer o que bem entendem? Você decide”, ela virou a folha e viu uma foto do Ethan.

— Não pode ser! — ela levantou.

— Aconteceu alguma coisa criança? — Katherine estava com o cabelo amarrado e vestida com uma camisa branca.

— É verdade que uma vez o senhor Ethan explodiu o laboratório dele? — ela olhou para Katherine que ocupou o outro sofá.

— Isso foi um mal-entendido, foi outra pessoa, mas Ethan levou a culpa, pois essa pessoa desapareceu e ele foi o único perto desse laboratório, por isso culparam ele.

Lena soltou o jornal sobre a mesa, apoiou as costas no sofá e suspirou após ter olhado o lustre no teto.

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