intervalo (parte final)

Correndo bem rápido, ela deu a volta no quarteirão e voltou para o hotel, fechou o portão rapidamente e foi a procura de sua amiga, ela chegou no balcão e viu Lilith sentada perto do seu equipamento abraçando o seu moletom.

— Lili! Que bom que acordou.

— Oi, minha pequena tocha, é bom te ver — ela sorriu.

Lena vestiu o seu casaco e pegou seu equipamento, ela olhou para o lado de fora e suspirou de alívio.

— É melhor irmos embora.

— E quanto ao gerador? — Lilith olhou para ela.

— Não se preocupe — ela colocou a mão no bolso da blusa — ainda temos os fusíveis.

A faminta criatura havia desaparecido, Lena segurou a mão de sua amiga e elas seguiram para fora do hotel, elas estavam saindo da cidade por outro caminho, em uma parte que está em ruínas e o silêncio reinava sobre os destroços das antigas casas que uma vez, fazia parte de uma civilização, Lena de repente ouviu um disparo vindo de longe, ela reagiu abaixando instintivamente e Lilith caiu no chão com dificuldade de respirar.

—Lili! — Lena arrastou ela para uma parede quebrada.

Quanto mais ela era carregada, mais a sua visão ficava embaçada, o rastro de sangue ficava no cascalho, o barulho de ser arrastada não era tão agradável até ela ouvir um barulho diferente, um barulho de algo metálico se mover e depois, uma escuridão imensa. Elas estavam em um contêiner que, a princípio, estava escuro e a única fonte de luz, era um cristal brilhante, Lena após ter fechado a porta do contêiner, foi até a fonte de luz, ela segurou o cristal e viu um diário todo customizado com couro, havia um cadeado, mas estava aberto e a chave não se encontrava em lugar nenhum.

— Lena — Lilith sussurrou com suas últimas forças.

— Estou aqui — Lena se ajoelhou perto dela — pelo que parece, tem um grupo de pessoas nos caçando, vamos ter que ficar aqui por um tempo.

— Lena eu… não quero morrer — ela chorou.

Lena estava tremendo, ela não sabia o que fazer, mas começou a chorar quando percebeu que Lilith já estava sem vida. Ela chorou por um tempo, era algo inevitável para ela e tudo o que podia fazer, era segurar as mãos dela e dizer adeus com suas lágrimas.

— Vasculhem a área — Lena ouviu uma voz — elas não devem ter ido muito longe.

— Não posso ficar aqui — ela murmurou.

Ela levantou depois de ter soltado a mão de sua amiga e foi até o diário com o cristal brilhante da cor amarela, quando pegou o diário ela olhou o canto do contêiner com mais atenção e viu um esqueleto vestido com um jaleco branco, havia um crachá, mas estava coberto por sangue, ela deu um salto com o susto e caiu em um fundo falso que tinha no chão, ela caiu em um chão macio como um colchão, olhou para frente e viu uma sala toda iluminada, havia ferramentas por todo lugar e documentos que registravam a descrição de uma pessoa, seus dados pessoais não eram importantes, apenas as anotações de descobertas e feitos, Lena pegou um dos documentos e leu em voz alta.

— Deixarei registrado no meu diário o segredo que esconde… — o documento estava manchado com sangue.

Lena pegou o diário e leu as primeiras páginas, era sobre um cientista que trabalhava na fundação, no dia da explosão ele estava em uma viagem para ver sua família, mas depois de tudo, ele se encontrava aqui nessa sala subterrânea trabalhando em uma máquina do tempo, ela olhou para trás e viu uma máquina gigante com um portal já ativo, o barulho que o portal fazia, era um barulho que nem humanos ou animais seriam capazes de fazer, era como se fosse um vento forte soprando por uma janela.

Ela pulou para o final do diário, estava uma nota escrito com sangue, dizia que ele não passou pelo portal, ele não se sentia pronto, quando ele saiu de sua sala, um de seus antigos superiores o atacou, o cristal da cor amarelada funcionava como uma chave para o portal, a pessoa tinha que estar com o cristal para passar.

Lena fechou o diário e o segurou junto com o cristal, ela subiu as escadas de concreto, respirou fundo e passou pelo portal, do outro lado, ela encontrou o mundo de antes, ela não acreditou quando viu, o mundo com suas cores vibrantes novamente, ela se virou e o portal havia desaparecido, por sorte ela avistou uma trilha e seguiu andando sem rumo por ela, depois de um tempo andando naquela tarde agradável e fresca, ela encontrou uma cidade onde começou sua jornada de impedir um desastre que eventualmente mataria tudo e todos.

— Enfim, é isso — disse Lena depois de secar as lágrimas.

— Nossa, eu nem sei o que dizer — ele se levantou e saiu da sala — preciso pensar.

— Eu vou ficar aqui — Lena abaixou a cabeça na mesa.

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