MARCOS
— Yasmim?
— Não, senhor, meu nome é Rony.
Pego minhas roupas e corro para o banheiro. Ainda bem que não tem ninguém conhecido aqui.
Termino de me trocar, e quando saio, ele já foi embora. Vou até a recepção e pergunto sobre o pagamento. Ela diz que já foi pago.
— Quem pagou?
— Desculpe, senhor, a pessoa pediu anonimato.
Pronto, aposto que foi o Marcelo, e posso apostar todo meu dinheiro que a Yasmim é segurança dele.
O papo de se abrir com o desconhecido foi tudo balela. Quando eu chegar em casa, ele vai rir da minha cara.
Meu motorista está na porta me esperando, eu entro no carro e mando ele me levar para casa. Minha cabeça parece que vai explodir.
O caminho todo é em puro silêncio. Se ele está aqui, significa que ele viu como eu vim para cá e com quem.
Prefiro evitar qualquer resposta que venha através da minha pergunta, então, eu prefiro me calar.
Chegamos em casa, e eu desço do carro indo direto para a cozinha. Preciso de um remédio para minha dor de cabeça.
Encontro Dadá e peço para ela. Ela me traz o remédio e um copo de suco de laranja.
— Meu irmão está em casa, Dadá?
— Está sim, mestre, está lá na área de lazer com a senhora Emilly.
Dou o copo para ela, e sigo para ver o que estão fazendo, e quase caio para trás ao ver ela só de biquíni tomando sol com a bunda para cima.
Marcelo está ao seu lado, com a barriga para cima. Eu sabia que ela tinha a bundinha empinada, mas as roupas que ela usava não valorizavam tanto o seu corpo.
Chego a ficar arrepiado passando os olhos em cada curva dela. Meu celular toca, chamando a atenção dos dois para mim. Olho a tela e rejeito a chamada.
— Onde estava, Marcos?
— Fala como se o seu segurança não tivesse te dado todas as coordenadas, né?
Ele se levanta e vem para perto de mim. Ela se vira e se levanta, ficando sentada.
— Eu não conversei com o segurança hoje, onde você dormiu?
— Corta essa, Marcelo, eu sei que o Rony trabalha para você. Você é pior do que eu quando está mentindo.
Ele começa a rir, me dando a certeza de que estou certo.
— Desculpa, eu não aguentei. Rony é um bom segurança, mas é verdade, ainda não falei com ele.
Balanço a cabeça, e me viro. Vou para o meu quarto e tomo um banho. Visto uma roupa mais confortável, e vou para a sacada. Daqui, posso ver a gracinha dos dois.
Parecem duas crianças, mas posso ver a alegria do Marcelo, ele está feliz, e era isso que eu sempre quis. Meu celular volta a tocar, e eu atendo.
— Fala.
— Senhor, a Laila está hospedada no hotel Hilton Garden, e parece que está planejando uma maneira de ir até a empresa na segunda.
— Fez o que eu te mandei.
— Sim, senhor, viramos até amigos. Ela me contou que veio em busca do seu amor perdido.
— Ok, estou indo aí. Me passa o quarto em que ela está. Tenta mantê-la aí, puxa conversa, ou sei lá o que.
Ele diz "sim, senhor" e desliga o celular. Troco de roupas e saio de casa. Em poucos minutos, chego ao hotel Hilton.
Desço e digo à recepcionista que o investigador está me esperando. Ela liga para ele e confirma.
Subo no elevador indo direto para o andar dos dois, que são separados apenas por uma parede. Mando mensagem para que ele fique no quarto dele, ela não pode nem pensar que ele trabalha para mim. Eu ainda vou precisar muito dele.
Fico atrás da parede e bato na porta. Se ela olhar pelo olho mágico, não vai me ver. Ela grita com sua voz enjoativa "quem é". Imito a voz da camareira, e estou me sentindo o "Marques" agora.
Ela abre a porta já brigando, por estar sem toalhas limpas desde ontem. Entro, e ela está de costas, pegando sua roupa que está em cima da cama.
Fecho a porta com tudo, e ela olha para trás assustada.
— Marcos?
— O que está fazendo aqui de novo? Veio para o seu enterro?
— Calma aí, não é nada disso que você está pensando. Eu tive que levar o dinheiro do seu irmão, eles me mantinham presa. Paguei minha dívida e agora estou livre. Não vou mais enganar o Marcelo.
— Não vai? — Eu coloco o dedo na testa dela, a fazendo se sentar na cama com tudo.
— Eu amo o Marcelo e vim por ele.
Me debruço sobre o corpo dela, que vai se afastando com medo.
— Você não pode mentir para mim. Eu tenho uma pasta com fotos e tudo sobre você. Eu sei para onde você ia, até mesmo quantas vezes você ia no banheiro, tenho cópias de tudo. Então, não adianta se achar a vítima aqui, porque você é uma praga. Pega suas coisas e volta para o buraco de onde você veio. Terá um atirador de elite acompanhando todos os seus passos, e ele sabe a hora certa de atirar.
Ela fecha a cara com raiva, sabia que ela ia tentar me enganar. Ela só não sabia que eu a vigiava, e tinha todos os passos dela em minhas mãos.
— Duvido que o Marcelo vá querer me expulsar da vida dele. Você sabe o quanto ele me ama, e eu vim disposta a ser a mulher dele. Agora, vim para aceitar o seu pedido de casamento.
Começo a gargalhar me levantando. Ela fica sem entender e se levanta também.
— Está desinformada, Laila. O Marcelo já não te ama mais, e agora está tranquilo com a sua nova esposa em nossa casa.
— Mentira, nosso amor é eterno.
— Que pena. — Pego o meu celular e abro as câmeras de segurança da casa, e mostro ao vivo ele e a Emilly na área da piscina, brincando como dois adolescentes.
Ela pega o celular da minha mão, sem acreditar no que está vendo.
— Isso não é verdade, isso é montagem. O Marcelo sempre me amou.
— Sim, ele amou, até perceber a biscateira golpista que era você. E ao entrar uma pessoa boa como ela, ele se apaixonou logo.
— Ela é uma mulher morta...
(Laila Albuquerque, 25 anos.)
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Atualizado até capítulo 100
Comments
Ivanilde T. Serra
Essa vadia ainda se acha no direito de ameaçar a Emily
2025-01-06
2
Ivanilde T. Serra
kkkkkkkk será?
2025-01-06
0
Maria Isabel
Eu nem comento nada pois já a terceira vez que eu leio essa história de tanto que gostei fora as outras dessa maravilhosa Autora
2024-12-13
2