MARCOS
Arregalo os meus olhos assustado com a situação, e vou me afastando para trás, e ela...ele sorrir.
— Calma, gato, eu sou gay mas não sou bicho não, e prometo que não mordo... Só se você quiser, mas trepo até melhor que muitas mulheres por aí.
Onde foi que eu me enfiei? Olho para a multidão, tentando achar um jeito de escapar dela...dele... Ahhh, desse ser.
Ele...ela se aproxima de mim, e eu coloco o banco entre nós dois. Não quero levar a fama de homofóbico, mas também não quero levá-lo para a cama.
Eu fiquei empolgado com a sua bunda de mulher, e o cara tem a mesma coisa que eu entre as pernas. Olho para cima, e vejo os olhos do Marcelo sobre mim.
Chamo o garçom, e mando que ele lhe sirva uma bebida que ele quiser, e saio de lá de fininho, enquanto ele se debruça para fazer seu pedido, empinando seu traseiro que me confundiu para cima.
Subo de volta para a área vip, e me sento na cadeira quase me deitando, para que eu possa me esconder das pessoas lá de baixo. E como a proteção é de vidro preto, consigo escapar dele.
— O que foi, Marcos? Pensei que estava se divertindo. Mas parece que viu um fantasma.
— É que... — Olho para ele querendo falar, mas sei que isso só vai fazer ele rir da minha cara pelo resto da minha vida. — Fiquei cansado, vamos para casa?
— Mas chegamos agora, por que já quer ir embora? Vamos ficar mais um pouquinho assim... — ela levanta a mão, fazendo o gesto de "um pouquinho" com os dedos, e fala embaralhando um pouco as palavras. Percebo que já está ficando bêbado.
Olho para a mesa, e vejo que a garrafa de gim está abaixo da metade.
— Você está embriagando ela, Marcelo?
— Eu não, é ela que não quer parar de beber, eu apenas estou acompanhando a minha esposa. — ele fala rindo, ou melhor, gargalhando.
Balanço a cabeça, revirando os olhos. Já está chamando ela de "minha esposa". Percebo que ele está tão alto quanto ela. Ergo o meu corpo para sairmos dali, mas vejo que aquele maluco está me procurando, olhando de um lado para o outro.
Me sento de volta às pressas, e já vi que vai ser uma noite longa. Só espero que ele não possa subir aqui em cima, ou a vergonha será multiplicada.
Eu só pago bebida para o meu irmão, outro homem que quiser beber, tem que se bancar. Pago também para as mulheres, mais porque meu pagamento sempre sai no final da noite.
Merdä, o bicho tem uma bunda de mulher, um corpo de mulher, como pode me enganar desse jeito? Eles deveriam vir com uma placa de aviso. Mas se ele não tivesse falado seu nome, eu só ia descobrir a linguiça, depois de ter levado ele para um hotel.
Começo a beber junto com os dois para esquecer dessa cena trágica, e rapidinho uma garrafa de gim se foi. Peço outra para o garçom, e só nós três acabamos com três litros, com limão e gelo.
Os três bêbados, não se sabe quem está levando quem, mas eu ainda estou mais firme que o Marcelo, pois tenho mais costume de beber do que ele.
Seguimos para o carro, eu olhando toda hora para não encontrar o tal do Rony, mas não o vejo. O Marcelo entra, e a Emilly também, praticamente brigando com o carro, e antes de eu entrar, só escuto ele me chamar.
— Ei, gato, volta aqui...
Entro rápido, e mando o motorista acelerar. Olho para trás, e o infeliz ainda tenta correr atrás do carro.
Olho para Marcelo que parece nem estar entendendo nada, e dou graças por isso, pois se ele só suspeitar que eu dei em cima de um homem, ele vai fazer a minha fama de pegador ir para os ares.
Ela está sentada no meio novamente, Marcelo coloca a cabeça no ombro dela, e ela em cima da cabeça dele. Mas, com o balanço do carro, ela acaba colocando a cabeça dela em cima do meu ombro. Me ajeito para que fique melhor e mais confortável para ela dormir.
Chegamos em casa, eles estão totalmente apagados, balanço o Marcelo que desperta assustado, mas desce do carro deixando a sua esposa para trás.
Acompanho ele indo para dentro balançando igual árvore em dia de ventania, mas não caio, mas aposto que vai descer a escada rolando.
— Tom, vai com ele para que ele não caia da escada, não precisamos que ele tenha uma fratura logo hoje.
— Sim, mestre. — ele sai e vai correndo para dentro da casa.
Chamo a Emilly para que acorde, mais ela está igual pedra, não acorda por nada. Então resolvo pegar ela no colo, e a levo para o seu quarto. Coloco ela na cama, e antes de sair, ela segura na minha mão.
— Dorme aqui... — eu pensando que ela estava dormindo, ela apenas não queria andar. Bela jogada.
— Acho melhor não, você não vai querer me ver pela manhã.
Não sei se ela acha que é o Marcelo, ou eu, e espero que ela não idealize ele em mim, seria muito frustrante.
— Por favor, eu não quero quero dormir sozinha, estou com medo de morrer dentro dessa caixa fechada.
Ah, ela está sonhando. Ela preta minha mão, como se realmente quisesse isso. E eu como não sou bobo, não deixo ela pedir de novo, retiro os meus sapatos, e a minha camisa, e me deito atrás dela. Ela pega na minha mão, e coloca na sua cintura.
Ter ela assim é tão bom, me sinto bem. Me ajeito mais para perto, e coloco meu rosto perto do seu belo cabelo negro. Inalo o seu perfume relaxante, que me mantém em uma calmaria extraordinária.
Mas eu não vou nem dormir, vou sair daqui antes que ela desperte, e acabe com a minha vida por estar tocando nela desse jeito.
Isso é só efeito do álcool, amanhã ela não vai nem lembrar que me pediu isso. Fico acordado até onde dá, tento me levantar, mas aqui está tão bom que eu fico me dando mais cinco minutos, e nessa o sono vem e eu acabo dormindo...
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Atualizado até capítulo 100
Comments
Nevinha Soares
esse Marcos é engraçado demais eu tô rindo muito /Facepalm//Facepalm//Facepalm/
2025-01-18
0
Ivanilde T. Serra
corre Marcos ele vai te alcançar! me acabando de sorrir
2025-01-06
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Ivanilde T. Serra
kkkkkkk volta aqui Marcos gatão, pagava pra ver tua cara.
2025-01-06
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