Marcos
Vou até a minha sala, e agora sinto o gosto da vitória, mesmo que a Laila volte, não terá espaço para ela, já que esse lugar está ocupado.
Eu deixei alguns investigadores de olho nela, se ela pisar aqui em Nova York, eu vou saber, e não a deixarei chegar perto do meu irmão.
Guardo tudo que tenho dela em um cofre secreto, para que nem em sonho o Marcelo encontre. Se ele achar isso, ele vai correndo para os braços dela.
Chega a hora de irmos embora, vou até a sala do meu irmão, para irmos juntos. Quero só ver a cara de surpresa que ela vai fazer, ao ver nós dois juntos.
Não sei como ele irá se comportar diante dela, mas do jeito que ela é toda delicadinha, ele vai cair em seu encanto.
Eu quase caí, quase fiz besteira com a mulher do meu irmão, mas, agora que eles estão casados, dormiram no mesmo quarto, eu não vou precisar mais ir dar recado nenhum para ela, o Marcelo fará como um bom marido.
Saímos da empresa e cada um vai no seu carro, e logo chegamos em casa. Ele não diz nada, fica mudo o tempo todo, e ele sempre faz isso quando está com raiva, fecha a cara e a boca.
Eu, com raiva, me estouro, grito para o país inteiro saber que estou irritado, já ele, fica em seu canto, sem falar nada, ignora no nível hard.
Assim que entramos em casa, a Dadá está com ela na sala, ela está de costas.
— Vai lá, irmãozinho, vai conhecer a sua esposa, espero que goste, pois não tem devolução.
— Você é um escroto, vou te odiar pelo resto da minha vida.
— Já passamos por isso uma vez, e você me perdoou, tenho certeza que não será diferente, já que ela é do seu estilo.
— Foi você quem escolheu ela, então me parece que ela faz o seu tipo. Eu não vou ficar nesse casamento, eu vou pedir o divórcio agora mesmo. Seu plano falhou, irmão.
Eu fico pensando nas suas palavras. Mas eu não escolhi ela para mim, e sim para ele, pois sei dos seus gostos.
— Irmão, ela estava sendo escravizada pela família, os pais dela morreram, morava com os tios que a faziam de empregada, me venderam ela por cinco milhões, isso porque eu ofereci esse valor, se eu tivesse botado só mil dólares, acho que vendia também. Vai mandar ela de volta para aquela vida sofrida?
Ele não diz nada, mas parece pensar. Só eu sei mexer com o psicológico dele, é tão bobinho. Então ele dá um passo, e outro, indo vagarosamente até ela. E assim que se aproxima, ela leva um susto, e derruba a bandeja que estava em sua mão com suco bem em cima dele.
— Desculpa... desculpa... Por favor me perdoe, eu não...
— Calma, tá tudo bem!
— Não me bate, por favor, eu juro que foi sem querer... — ela começa a chorar, e me deixa intrigado com essa história de "bater".
— Ei, eu não vou te bater, eu vou trocar de roupa e já volto, me espera na mesa de jantar, ok? Marcos, venha comigo.
— Não sabe se trocar sozinho, irmão?
Nessa hora ela se vira e me vê, seus olhos se arregalam, e ela fica perdida no tempo. Passo direto sem falar nada com um sorriso de canto, mas observo pelo canto dos seus olhos, ela dividindo entre olhar para mim e olhar para ele.
Subo junto com ele para o quarto, e ele já vai tirando a camiseta.
— Tá gostosinho, irmão, se eu fosse mulher, já teria pulado em seu pescoço.
— Para de brincadeira. Essa menina é atormentada, o que ela deve ter sofrido na vida dela? Viu como ficou por derramar suco em mim?
— Então, se não quiser que ela volte a sofrer com a família, mantenha o casamento.
— Eu não posso fazer isso, eu amo a Laila, e já cansei de falar isso para você. Se ela se apaixonar, vai ser uma mulher iludida, e só vai sofrer mais.
— Então lhe dê o divórcio, e mande ela para casa dela, para mim, o que você escolher eu apoio. — Falo cruzando os braços, e ele revira os olhos para mim.
Ele entra no banheiro, vai ter muito o que pensar, se fica casado ou se separa. Ela foi a escolha perfeita para ele, assim, ele vai se apaixonar pela pobre gata borralheira.
— Não se esqueça, Marcelo, ela não pode saber que eu te substituí no casamento, seja o cara que foi buscar ela na casa dos tios e o noivo que casou com ela. Você deveria me agradecer, já que agora você tem com quem dormir.
— Ela não vai dormir comigo, ela vai ter o quarto dela, não quero ela aqui, esse quarto é da Laila.
— Seu pinto vai cair de tanta punheta que você bate pensando nela, pensa que agora você tem com quem brincar, ela é virgem, pensa como vai ser gostoso.
— SAI DO MEU QUARTO, NÃO QUERO TE VER POR UM BOM TEMPO.
— Não se estresse, eu já estou indo.
Saio do quarto dele, e a encontro subindo as escadas, ela paralisa, e eu me aproximo.
— É um prazer te conhecer, cunhada, como você se chama?
— Emilly... — Ela fala me analisando bem, seus olhos travam nos meus, procurando algum vestígio de mim em seu marido.
— Prazer, sou o Marcos, bom, o meu irmão mandou você ir ao quarto dele, disse que precisa da sua ajuda, já que você sujou ele, nada mais justo, não é?
Ela abaixa a cabeça e concorda, e vagarosamente vai subindo os degraus da escada. Vou acompanhando daqui de baixo ela indo, será que é uma boa ideia mandar ela ir para o quarto dele, onde ele vai estar pelado?
Balanço a minha cabeça, é claro que está certo, eles são marido e mulher, e eu sou apenas o cunhado dela.
Vou para o escritório, e fico imaginando os dois ali sozinhos, pego o uísque e coloco uma dose no copo, e viro de uma vez.
Que merda de agonia é essa que estou sentindo?
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Atualizado até capítulo 100
Comments
norma Braga
ele já está vendo a encrenca que se meteu.
2024-12-11
0
Laura Boloko
eu também fico desse jeito quando estou zangada
2024-11-30
0
Vania Lucia
Você está sentindo ciúme seu babaca
2025-01-03
0