Emilly
Olho para ele sem entender nada. E ele parece mais um cão raivoso, igual o Trovão, o Pitbull do meu tio.
— O que você está fazendo, o Marcelo está me esperando lá embaixo.
Ele me puxa, me encostando na parede de novo, mas dessa vez, ele levanta uma das minhas pernas e vem para me beijar.
Viro o rosto, fazendo ele beijar a minha bochecha.
— Me solta, ou eu vou gritar...
— Grita, eu não ligo, não tô nem aí se o Marcelo entrar aqui e te ver assim.
Ele me tira da parede e me joga na cama, tento me afastar, mas ele já vem para cima de mim, colocando as minhas mãos para cima da minha cabeça.
— Saaaaiii, me respeita, eu sou a mulher do seu irmão.
Ele fica parado em cima de mim, com a respiração ofegante, e parece que ele entendeu que não deve mexer comigo. Pois por um minuto de lucidez, ele se levanta, e fica andando de um lado para o outro, passando a mão nos cabelos.
Ele para, levanta a cabeça e fecha os olhos, e fica respirando rápido. Me sento na cama, e fico observando ele. Parece até um doido.
Alguém bate na porta, e ele vira o corpo para trás. Mando entrar, e é o Marcelo. Ele entra olhando para mim e para ele.
— Está tudo bem?
— TÁÁÁ! — ele praticamente grita com o irmão e sai do meu quarto quase correndo.
— O que ele fez?
Eu deveria contar a verdade para ele, mas não quero ser aquela mulher que faz dois irmãos brigarem, não sei se eles só têm um ao outro, e acabar com essa relação não seria legal.
— Nada, para onde você vai me levar?
— Surpresa, venha.
Ele me dá a mão, e eu seguro, vou seguindo ele até a mesa, para tomarmos café da manhã.
Poucos minutos depois o outro aparece, porém não se senta à mesa, passa direto indo para fora da casa.
— Ele é sempre assim?
— Não, às vezes é pior, mas acho que tem alguma coisa incomodando ele, por isso que ele está fazendo isso. Mas, não liga não, temos coisas a fazer hoje.
Ele solta um sorriso, e começa a comer, eu faço o que ele pede, e continuo tomando meu café.
Saímos de casa, e ele para em frente a uma escola, olho para ele, balançando a cabeça que não.
— Eu não posso estudar aí, vou me sentir a tiazinha numa sala cheia de adolescentes.
— Você vai terminar os estudos sim, vai fazer uma faculdade, e crescer na vida. Ignore a pivetada, e faça o seu. Se algum dia acontecer alguma coisa comigo, eu quero que você não dependa de ninguém, de ninguém mesmo, a não ser de você.
Suas palavras me tocam bastante, mas ao mesmo tempo dá um certo medo, já que ele fala como se algo fosse acontecer com ele, ou com a gente.
Penso que pode ser que o amor dele volte, aí ele vai me dar um belo pé na bunda.
Ele faz a minha matrícula, e eu irei estudar no período noturno, tudo certo para eu já começar na próxima segunda-feira, já que hoje já é quinta, me deram mais um dia em casa.
O celular dele começa a tocar, ele me chama para irmos embora, e atende no meio do caminho.
— Estou com a minha esposa, estamos resolvendo algumas coisas, o que você quer, Marcos?
Olho para ele que está com um sorriso na cara, e isso me deixa muito curiosa, para saber o que eles estão falando.
— Fica calmo, já estou chegando na empresa.
Entramos no carro e ele desliga o celular, seguimos para a empresa, o que me deixa muito encantada, pois do meu bairro, só dá para ver de longe pela janela.
— Vamos, vou te apresentar como a minha esposa.
— Não precisa fazer isso, como você mesmo disse, só seremos casados, mas não seremos um casal.
— Eu sei, mas querendo ou não, estamos casados, e eu vou te apresentar a todos.
Concordo com a cabeça e descemos. Ele pega na minha mão, e me sinto tão importante nesse momento, que percebo que ele é maravilhoso.
Entramos na empresa, e todos nós olham, e eu olho para todos ali. E sei que vou ser motivo de fofoca na boca de todos.
Ele aperta o botão do elevador, mas eu dou um passo para trás. Tenho pânico de lugares fechados, morro de medo de morrer asfixiada.
Ele entra, tentando me puxar, mas eu puxo meu corpo e me solto de sua mão.
— O que foi?
— Eu não... Eu...
— Tem medo de elevador?
Balanço a cabeça que sim, ele sorri e sai. Pega na minha mão novamente, e me leva para outro, onde as paredes são de vidro, mas não adianta muito, já que de qualquer forma, é todo fechado.
— Você tem claustrofobia? — Abaixo a minha cabeça sem responder. E ele me leva até uma salinha, diz para eu ficar aqui até ele voltar.
Me sento na cadeira, e ele vai... Sei lá para onde. Espero horas, até uma mulher aparecer.
— Você é a esposa do Marcelo, não é?
— Sim, sou eu. E você?
— Sou a secretária do senhor Marcos, ouvi uns boatos que a esposa do senhor Marcelo estaria aqui, e vim verificar.
Ela fala como uma pessoa esnobe, e eu reviro os olhos não dando atenção, pois é o mesmo estilo das minhas primas, que olham para nós, como se fossem superiores.
— Como é estar casada com alguém que ama outra pessoa? Porque eu sei que o senhor Garcia ainda ama a Laila, apesar de tudo que ela fez.
— E o que ela fez? — ela parece uma fofoqueira, e eu fiquei curiosa para saber por que eles não estão juntos.
— A Laila pegou todo o...
— Você vai pegar todas as suas coisas, vai passar no RH e pedir demissão se ficar falando da vida dos patrões, Júlia.
Ela olha para trás, e lá vem o Marcos, sei que é ele pelas roupas e pelo estilo de cabelo, que tem um penteado diferente do Marcelo.
— Desculpa, senhor, eu só...
— Volta para o seu lugar. — ela sai correndo e ele passa direto por mim, indo para a parte que tem café.
— O que essa mulher fez para o Marcelo?
— Pergunte para ele.
Reviro os olhos e balanço a cabeça, olhando para frente. Poucos minutos depois, sinto um suspiro no meu pescoço. Viro o meu corpo para trás, é ele que está bem perto, e travamos o olhar um do outro.
— Para onde você foi com o Marcelo?
— Por que você não pergunta para ele?
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Atualizado até capítulo 100
Comments
Jaildes Damasceno
kkkkkkk toma distraído.
2025-02-21
1
Janayna Santana
toma kkkkkkkkkkk
2025-02-20
0
Janayna Santana
xonei
2025-02-20
0