Marcos
Minutos antes do jantar...
Assim que ela sai, subo as escadas para falar com o Marcelo, super irritado. Entro na sua sala com tudo, e ele me olha sem entender nada do que está acontecendo.
— Marcelo, diga-me que não foi você que bateu na Emilly? Não quero acreditar que tenho um irmão violento.
— Está doido, Marcos, do que você está falando?
— Da Emilly...
— O que aconteceu com ela? Você sabe que eu não gosto de violência, de onde você tirou essa ideia de eu ter batido nela?
Coloco as mãos na mesa e respiro aliviado. Sei que foi errado da minha parte pensar isso dele, nem sei por que veio isso na minha mente.
Ele se levanta e pergunta o que está acontecendo, digo a ele sobre as marcas nas costas dela, e ele fica tão revoltado quanto eu.
Ele sai da sala quase correndo, e é aí que eu percebo que ele está realmente gostando dela, sua preocupação é nítida.
Volto a trabalhar, deixo que ele fique com ela para que descubra o que aconteceu. O final do expediente chega, e eu praticamente vôo para casa, espero que pelo menos ele saiba de alguma coisa.
Assim que eu chego, vou direto em seu quarto, e entro com as mãos nos olhos, pois eles poderiam estar fazendo alguma coisa, mas, graças a Deus, ele está sozinho.
— Ela te contou o que aconteceu? — pergunto me sentando na cama, e ele continua se arrumando.
— Não, mas acho que tem a ver com a sua família, vou levá-la até a casa deles, e vou saber disso tudo. Sei que o Jonas é sócio da empresa, e se foi ele, vou mandar ele ir... Bem, sumir da empresa.
— É uma alternativa, mas na casa dele você não teria muito o que fazer, melhor em um restaurante, fora do ninho dele, ele não vai poder fazer nada.
— Vai com a gente?
— E segurar vela? Tô fora, vou ficar em casa e você me diz como foi.
Ele sai do quarto e eu o sigo, ficamos ali conversando por um tempo.
— Você está apaixonado por ela? — faço a pergunta, mas me arrependo logo em seguida.
— Como não ficar, olha isso.
Me viro e a vejo descendo as escadas. Minha boca vai até o chão. Ela está perfeita no vestido, seu rosto que já era lindo, está... Merda, o que foi que eu fiz?
Meu irmão diz que ama o azul, ele sempre odiou essa cor, por que a Laila não gostava, e eu sim amo azul, até parece que ela se vestiu para mim.
Peço para que me esperem, eu vou com eles custe o que custar, não vou dar espaço para que ele a leve para outro lugar depois do jantar.
Eu não sei se ele faz as coisas só para me provocar, principalmente querendo me fazer de chofer dos dois.
Chamo o motorista, e me sento ao seu lado, que a todo custo, tenta não ficar tão próxima de mim.
Ele desce e ela o segue, e seguimos para a mesa que já está com os parentes mortos de fome dela.
A conversa flui, até o Marcelo vim com a piada do ano, a que eu vou me casar. De onde ele tirou isso, eu também quero saber.
— Fala, Marcelo, vou me casar com quem? Quando? Aonde?
— Hora, Marcos, sei que o amor entre eu e a Emilly, vai te contagiar, e você vai querer uma esposa para você também.
— Morro solteiro, velho, sem filhos, mas satisfeito. — quem vira a taça de bebidas de uma vez agora sou eu.
— Bem, não estamos aqui para falar da vida sentimental falida do meu irmão, vim aqui para dizer ao senhor Jonas, que a partir de hoje, não é mais um dos sócios da empresa, já liguei para o meu advogado, e ele fará todos os trâmites perante a lei.
— O que foi que eu fiz senhor, eu trabalho certinho na empresa e...
O Marcelo levanta a mão, e depois desce, colocando na cintura da Emilly. Reviro os olhos e viro para o outro lado, não preciso ver essa ceninha desagradável.
— O seu trabalho não é bom, não sei por que o mantemos tanto tempo na empresa, acho que foi porque no começo você entrou com uma boa quantia, mas isso já não é mais o suficiente. E hoje, eu descobri uma coisa muito boa, ao qual me sinto no direito de falar o quanto o senhor é um lixo humano.
Ele arregala os olhos para o Marcelo, e todos ficam mudos na mesa, só escutando as suas palavras. Olho para a Emilly que abaixa a sua cabeça.
— Por que está falando comigo desse jeito?
— O que uma pessoa leva, se não limpar a casa do seu cachorro? — ele arregala mais os olhos, e olha para a Emilly com uma certa raiva no olhar. — Não quero homens violentos na minha empresa, as marcas que você deixou no corpo da minha esposa, ficarão guardadas na sua mente, pois por causa delas, você será um homem falido. Espero que o dinheiro que eu paguei por ela renda bastante, pois assim que ele acabar, eu vou ver você na merda.
Foi ele que bateu nela, sua cara de culpa e ódio está estampada. O Marcelo não para de ofendê-lo com todos os tipos de palavras, ele pede licença, e segue para o banheiro.
Eu peço licença também, e o sigo. Assim que entro, ele está falando sozinho no mictório, de costas para a porta.
De vagar, sem chamar a sua atenção, eu tranco a porta do banheiro, e retiro o meu cinto. Faço um estralo com ele dobrado, e ele pula com o susto, olhando para trás.
— Quer dizer que gosta de bater em mulheres?
— Não fui eu não, senhor, foi ela brincando com as primas...
— Não minta para mim, eu vi as marcas, se fosse brincadeira, não teria ficado daquele jeito.
Ele passa por mim, tentado sair às pressas do banheiro. Eu coloco o pé na frente, e ele cai no chão.
— Que nojo, não se mija e sai do banheiro sem lavar as mãos, vou te dar uma lição para você aprender a ser mais higiênico.
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Atualizado até capítulo 100
Comments
Janayna Santana
Agora cai a ficha ne kkkkkkkk eu acho e pouco
2025-02-20
0
Cristiane F silva
Provando do próprio veneno senhor Jonas.
2024-12-14
0
norma Braga
isso mesmo, faça ele provar do seu veneno.
2024-12-11
0