Capítilo 19

Benjamin

Passei o resto do dia pensando no beijo que dei na Maya, não sinto nada parecido quando beijo a minha namorada. Decidi que preciso ter uma conversa com a Sabrina, todas as pessoas que eu amo me dizem o tempo inteiro que estamos indo rápido demais e, cheguei a conclusão que estão certos, se não estivessem, eu não estaria tão confuso com relação aos meus sentimentos. Mas não é uma conversa para se ter por telefone, e nem quero esperar até que volte, pode ser tarde demais para que eu resolva as coisas com a Maya, e tê-la de volta em minha vida, é tudo que mais quero.

Liguei para a Sabrina pedindo o endereço de onde está, mas ele preferiu mandar seu motorista vir me buscar. Assim que amanheceu, ele já estava na porta da minha casa, e quatro horas depois, aqui estou eu, em uma casa gigantesca com praia privativa, piscina de borda infinita e todo o luxo e mordomias que a minha namorada está acostumada.

— Benzinho! — Ela me recebe animada, se jogando em meus braços. Aceno para seus amigos que estão na piscina e, percebo que a única que conheço é a Karen.

— Vamos lá dentro, vou lhe mostrar nosso quarto para você se trocar e aproveitar a piscina comigo. — Sabrina, me puxando para dentro pela mão.

— Nosso quarto? — Pergunto surpreso.

— Por que a surpresa?

Somos namorados, não somos? — Pergunta enquanto subimos as escadas, e quando chegamos ao segunda andar da casa, abre a porta de um imenso quarto, com paredes de vidro e uma vista fantástica do mar.

 — Sua mala ficou no carro? — Pergunta ao perceber que carrego apenas minha mochila quase vazia, que trouxe apenas uma troca de roupa para qualquer eventualidade.

— Sabrina, eu não vou ficar, só estou aqui porque precisamos ter uma conversa séria. — Digo e ela me encara mordendo o lábio inferior.

— Como assim, você não vai ficar?— Abro a boca para começar a falar, mas ela me cala com seu dedo indicador.

— Não quero saber agora, tenho certeza que vai mudar de ideia após algumas horas nesse paraíso. Mais tarde conversamos, Benzinho, agora nós vamos aproveitar o sol.

Me deixa te ajudar com isso. — Diz tirando a mochila do meu ombro e jogando na cama.

Com isso também! — Segurando a barra da minha camiseta e deslizando-a para cima, e eu a ajudo a passar por meus braços, antes de sentir seus lábios em meu peitoral e suas mãos no botão da minha bermuda. Fecho meus olhos ao sentir sua mão me tocando e, ela sabe como me fazer esquecer até onde estou.

— Te espero na piscina! — Sussurra em meu ouvido, antes de me deixar zonzo e sozinho no quarto. Onde me jogo de costas na cama e fico até estar em condições de ir até a piscina e esperar até o momento certo para conversarmos.

 *****

Tirando as conversas esnobes e entediantes sobre viagens, grifes, carros e dezenas de selfies e vídeos curtos... foi um dia agradável, e recebi toda atenção e carinho possível, da Sabrina. Não desgrudou nem por um minuto, mas toda vez que tento ficar a sós com ela, ela inventa alguma coisa, parece que está pressentindo a seriedade da nossa conversa. Disse que conversaremos no quarto, no fim do dia, mas acho que lá não é a melhor opção.

Pedi que me encontrasse a beira da piscina, quando seus amigos se recolhessem. Está uma noite fresca, aproveitei para sentar em uma espreguiçadeira e fechar meus olhos, ouvindo apenas o som das ondas na imensa escuridão do mar e tentar imaginar o que a Maya deve estar fazendo ou pensando nesse momento.

— Enfim, sós! — Me surpreende sentando em meu colo, com uma perna de casa lado do meu corpo.

— Todos já se recolheram, Já podemos conversar? — Pergunto e coloco uma mecha de seu cabelo para trás de sua orelha.

— Já estão todos em seus aposentos!— Brinca e aproxima seus lábios da minha orelha.

— Benzinho, olha essa noite, olha esse céu estrelado, esse lugar... eu estou aqui, toda linda, cheirosa, sentada no seu colo, e sem nada por baixo desse vestido, e você querendo conversar... — Sussurra em meu ouvido, antes de morder de leve a minha orelha, e ondas de calor percorrerem todo o meu corpo. Não vou mentir, está difícil me concentrar com a informação de que está nua em meu colo.

— Sabrina, desculpe, mas o que tenho a dizer é sério. — Digo e meu corpo se contrai quando sua mão invade meu short.

— Vamos namorar um pouquinho, depois falamos sobre o que você quiser. Faz tempo que quero ser sua, e sei que você também quer! — Diz com a voz manhosa, sorrindo ao perceber meu estado.  Antes de cobrir meus lábios com os seus, em um beijo urgente, enquanto aperta sua virilha em meu quadril e se move de um jeito que me faz soltar um gemido em seus lábios.

— Eu quero você, Benzinho, quero sentir você dentro de mim! — Sussurra enquanto seguro firme seu traseiro. Usando sua mão livre, abaixa o cós do meu short, e nossas peles nuas se encontram. Solto um gemido rouco e para de beijá-la.

— Sabrina, não podemos fazer isso.— Tento afastá-la.

— Podemos sim!— Diz e move seu corpo, encaixando sua entrada em meu membro rígido. Fecho meus olhos com força quando seus movimentos pélvicos me apertam dentro de si, me fazendo gemer e esquecer que estamos totalmente expostos do lado de fora da casa.

— Sabrina... Precisamos de uma camisinha.— Digo ao perceber que não vou conseguir resistir.

— É a sua primeira vez, quero que aproveite cada sensação, e eu uso pílula, pode ficar tranquilo. — Diz e perco minha razão quando seus movimentos ficam cada vez mais intensos, e não consigo mais segurar, explodo dentro dela, com a cabeça enterrada em seu pescoço e o corpo inteiro em total frenesi.

— Isso foi bom, mas não foi certo... — Digo com ela ainda em meu colo, pois sei que errei em não ter usado camisinha e, por ter deixado acontecer. Mas, foi minha primeira vez e, ainda preciso aprender a controlar meus instintos.

— Eu disse que queria sentir você dentro de mim, e continuo sentindo! — Mordendo de leve o meu queixo.

— Você até pode ser inexperiente, mas é muito bom nisso!

Vamos entrar e tomar um banho, ainda temos a noite inteira pela frente, e eu tenho um monte de coisas para lhe mostrar! — Se levantando do meu colo e me estendendo a mão para que eu a acompanhe.

E agora ficou impossível de fazer o que vim fazer aqui. Não posso terminar com a garota que acabei de perder minha virgindade, seria cruel, e eu não sou assim.

Continua...

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