Capítulo 14

...*Eros*...

Fodidä, desgraçäda, filha de uma putä, estelionatária do Cassetë essa maldita Leandra.

Pela primeira vez na vida me vi sem saída e com uma raiva obrigatoriamente suprimida.

Eu sabia que era questão de tempo para eu acabar explodindo, porrä eu sempre fui insano, nem mesmo meus amigos se aproximavam quando eu estava assim, Cate nunca me viu desse forma porque eu sempre dava um jeito de sumir quando estava no limite, eu sabia, sabia que era só questão de tempo para eu acabar fazendo uma merdä grande, mas uma cria? Porrä a Leandra conseguiu me quebrar.

Confesso que foi uma fase de escolhas ruins da minha parte, preferi ser fraco pelo bem da maioria e quem me dera ter sido imprudente como sempre fui, acho que teria sido melhor.

Comi na mão da Leandra como um cordeirinho e apesar de não afetar a minha questão financeira, ela me deixou alguns milhões mais podre, mas estaria feliz se esse fosse o único problema.

Eu não perdoei ou esqueci, mas fingi que nada aconteceu, não voltamos a nos relacionar obviamente, mas a deixei fazer o que queria, Leandra se desculpou, virou uma pessoa "exemplar" e o mundo inteiro ficou sabendo sobre a gravidez e sobre um futuro casamento que nunca aconteceria.

Eu precisava de tempo, tempo para ter certeza que aquilo não era uma jogada insanas, mas ela não se prestaria a tanto, não é? Uma falsa gravidez?

Foi inevitável, eu nada pude fazer além de deixar acontecer e ganhar tempo, o que eu sabia é que ela não precisava de mim, Leandra era famosa, tinha um pai rico, uma ótima carreira, por que diabos ela mentiria?

E se fosse verdade? Eu seria pai e isso parecia muito pior, não pela criança, mas a mãe que ela teria.

E eu seria pai...O exame era real e a barriga estava lá para provar isso, apesar de eu ter certeza que sempre me cuidei muito bem todas às vezes que estive com ela, qualquer suposição sobre uma possivel traição também foi descartada pelos meus homens de confiança, aquela merdä estava realmente acontecendo.

Leandra voltou para minha casa após algumas semanas como se nada tivesse acontecido, com roupinhas e diversos utensílios de bebê, ela estava totalmente feliz e disposta ao teste de DNA, o que só comprovava estar grávida de um filho meu, realmente.

A verdade é que ela nunca me deu motivos para desconfiar dela além do seu temperamento tenebroso, então não generalizar as suas atitudes era mais que a minha obrigação, falha de caráter e péssima personalidade são coisas diferentes, então me vi sem alternativa a não ser aceitar a situação.

Eu só não consegui reagir perante tantos fatos, não me senti apegado de forma alguma a gravidez ou a ideia de ser pai, menos ainda a ela depois de tudo, eu fazia questão de ir para o meu segundo apartamento todas as vezes que ela vinha para o meu, mas eu sabia das minhas responsabilidades e estava esgotado de mais para tentar resolver qualquer coisa, se dinheiro e status a mantinha satisfeita assim deixei que fosse.

Recebi uma ligação do obstetra dela e estive no consultório, lá fui atropelado por informações de como Leandra estava sensível, aparentemente a gravidez era de risco, ela não podia ter nenhum tipo de incômodo, ainda fui obrigado a escutar como a discussão dela com minha mãe, Cate e minha irmã tinham feito com que ela tivesse um sangramento colocando a vida dela e do bebê em risco.

Leandra tinha um prato cheio contra a família Arvenitis, ela tinha a opinião pública ao seu favor e antes que eu pudesse se quer pensar em confrontar ela sobre o que aconteceu naquele dia, uma foto nossa apareceu na internet com a notícia da gravidez e sua situação de risco.

Leandra em poucos dias era uma coitadinha, seus fãs faziam correntes de oração por nosso bebê, então sim eu sei e deixei ela ir para o meu apartamento.

Era tudo de mais, seja lá o que ela vinha tramando estava dando certo, minha vida estava desmoronando, mas agora eu tinha um filho e entendia que independente dela ou de mim, esse bebê não deveria ser afetado com nossas escolhas.

Joguei os planos do PHD para o alto, não é como se eu precisasse de um realmente, era algo pessoal, uma meta que eu almejei, mas agora parecia superficial.

Minha família se afastou, todos eles.

Sei que descobrir da gravidez por sites de fofocas não ajudou na nossa relação, o que só piorou quando perceberam que eu não rompi o noivado ou sequer pedi um tempo e também, eu estava esgotado de mais para me explicar.

Eu só não queria ter esse bebê longe de mim, sendo criado pelas instabilidades emocionais recém anunciadas de Leandra, ela queria ir para França como coitada, ela mandava algumas indiretas ou melhor, ameaças veladas como a agressão do meu irmão, a briga com minha irmã, como meu pai as separou pelos cabelos, tudo por conta de Caterina.

Ela tinha um prato cheio para fodër com todos de uma só vez e Cate era seu maior alvo, pelo menos para algo essa merdä toda me serviu, quando Leandra voltou, mostrou as garras definitivamente e o que eu pensei serem só crises de personalidade e humor, logo se transformaram num forte desvio de caráter e conduta, com o tempo seus traços narcisistas ficaram evidentes e toda aquela porpurina que ela fingia ser, deu espaço a sua podridão, mas ainda sim ali tinha um bebê, um bebê que era meu, um bebê que eu tinha certeza que precisaria muito de mim, ainda mais com uma mãe como ela.

O obstetra dela falou com todas as letras que ela quase perdeu nosso bebê por eu deixar minha amante fazer o que queria e por minha família ter preconceito com ela e com isso chegamos no lugar que ela queria, o de vítima.

Céus, eu estava ferrado.

Mesmo sabendo a verdade, eu não acho que os tabloides iriam ficar preocupados em saber o nosso lado, afinal foi a terrível família Arvenitis que quase fez com que ela perdesse no nosso bebê, se essa droga de médico inventasse de abrir a boca estaríamos com problemas sérios, a opinião pública é tudo no nosso mundo, mas o problema nem era minha família.

Cate agora tinha um nome, algo que ela se sacrificou muito para possuir e ao contrário da minha família, ela não tinha dinheiro para sustentar suas próximas dez gerações sem fazer nada, o nome e a credibilidade dela era tudo e eu jamais colocaria isso em jogo por uma loucura da Leandra.

Eu juro que não sabia o que era verdade ou não, tudo parecia muito real, contratei pessoas para me confirmarem isso, mas eu sempre tive aquela dúvida se o bebê era meu ou não, se existia de fato riscos na gravidez, e nesse processo eu só me culpei, me culpei por tudo, afinal meu irmão a sufocou, ela realmente se machucou na briga com minha irmã, não é como se só ela tivesse perdido a linha e ela podia provar.

E eu deveria ter resolvido desde o início, deveria ter colocado limites nela, terminado muito antes e tudo aconteceu por que eu protelei de mais.

A situação depois de tudo isso, me fez aceitar e me calar, isso era o melhor para todos.

Independente de qualquer coisa, esse bebê não tinha culpa de nada e eu a suportar seria a única forma de mantê-lo comigo, assim como não confrontá-la nessa situação delicada.

Uma separação pública deixou de ser uma possibilidade e então eu me vi mais enredado ainda fingindo estar com alguém que felizmente eu mal via.

Mas bastou apenas mais algumas semanas, um quarto decorado e compras espalhadas pela minha sala e eu fui inebriado pela ideia de ser pai, quanto mais eu pensava sobre o assunto mais a ideia me parecia linda, apesar das circunstâncias e da mãe maluca, só a ideia de ter um filho me dominou de tal forma, que me vi disposto a tudo por esse bebê.

Leandra me forçou a ser presente na gestação e por fim eu queria aquilo mais que tudo, não ela, não nossa relação, mas o bebê.

Aturar Leandra era algo que eu estava disposto a fazer, tentar ajeitar a nossa relação para uma boa amizade com o tempo me pareceu menos impossível, eu estava disposto a realmente esquecer, tentar fazer dar certo e foi o que eu fiz.

O preço de proteger todos que eu amava e de ter o meu bebê comigo foi perder minha família e também Caterina.

Caterina nunca mais foi a mesma apesar de nunca ter me julgado.

Cate me parabenizou, ficou emocionada comigo por saber que eu teria um bebê, ela me abraçou e disse entender as minhas escolhas, disse que eu seria muito feliz, me desejou as melhores coisas, disse que eu deveria dar uma chance a minha relação, apesar de eu saber que jamais me envolveria com Leandra novamente, Cate disse que esse bebê nos deixaria mais unidos, mais fortes, em um só dia Cate me deu todo gás que eu tinha perdido com toda aquela situação, ela me apoiou pra caramba, disse para eu ser calmo e paciente com Leandra, ela até jogou a culpa dos surtos da minha "noiva" para os hormônios da gravidez, Cate disse que se orgulhava das minhas escolhas, mas no fim perdê-la foi inevitável.

Meus lanches da felicidade de todas segundas ainda vinham, mas aquela folhinha de bloco de notas cor de rosa, com estrelinhas desenhadas a mão com canetinha azul, sempre dizendo a mesma coisa, nunca mais veio.

Minha dose de felicidade para começar os dias foram reler os diversos bilhetinhos que ainda estavam guardados na minha gaveta.

Eu tentei mantê-la perto, ainda ia para sala de reuniões todos os dias, descascar as tangerinas e separar todos os gomos, mas ela simplesmente parou de usar a sala para suas reuniões e quando eu mandei as tangerinas para sua sala, ela só as negou dizendo que já havia comido, meus bilhetes também voltaram intocados.

Aquela era a minha melhor amiga, a mulher que eu mais admiro, minha Alma......Ela nunca decepciona.

Cate preferia ficar longe para minha felicidade, ela não me faria escolher, ter meu filho e ter ela não parecia possível, Cate me amava de mais para me deixar entre a crus e a espada, ela escolheu por nós e isso doeu, apesar de eu entender e ser grato.

Ela nunca mais foi a mesma, era senhor Arvenitis e nada mais, bom dia e boa tarde, relatórios por e-mail e as minhas reuniões eram só com os seus representantes, as raras vezes que tínhamos contato ela me evitava o máximo.

Eu tinha perdido a minha melhor amiga mais uma vez e cassëte, nem a felicidade de descobrir que eu teria uma menininha foi capaz de me fazer sentir vivo novamente.

Leandra virou visita depois de um tempo, ela vivia mais na França a trabalho e eu não fazia questão da sua presença desde que eu estivesse a par de todos os passos da gravidez.

Essa se tornou a minha vida.

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Comments

MAURICÉA DA CRUZ MUNIZ

MAURICÉA DA CRUZ MUNIZ

Tb não estou gostando do rumo do enredo, fome muito a interação do casal principal, nunca houve nem um beijo

2024-12-03

0

Cida Cardoso

Cida Cardoso

sem nexo sem atitude muito enrolação

2024-02-18

2

Socorrinha Lima

Socorrinha Lima

E o homem mas idiota q ja vi

2023-12-20

2

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