Quem vai se responsabilizar?

— Júlia, você está loucona. Me solta. Só assim para sentir minha falta. — Henrique disse tentando se afastar.

— Não, não. Eu sempre vou sentir sua falta. — Júlia ficou em pé na cama, Henrique tentou segurar ela, com medo dela desequilibrar.

— Júlia, se aquieta, você vai se machucar. Estou te avisando. — Henrique chamou atenção dela.

— Você disse que eu nunca iria me ferir enquanto estivesse em seu braços. Me prometeu! Jurou para mim. Era só mentira e mais mentiras. Foi você que mais me feriu. Ninguém iria conseguir me machucar tanto. E agora tem medo que eu me machuque. Que piada. — Júlia gritou. Janaína entrou na mesma hora preocupada no quarto. — Não se meta, Nana. Não se mete. Isso é entre nós dois. Ele tem que saber quanto me feriu. Eu tenho que falar.

— Henrique? — Janaína estava totalmente confusa com o que estava acontecendo.

— Janaína, saia! — Júlia gritou.

— Está tudo bem. Vou ficar aqui com ela até passar. Quem sabe eu descubra o que diabos ela está tentando dizer. — Henrique estava curioso, se havia sido confundido com alguém ou tinha realmente machucado ela.

— Vou ficar no meu quarto. Qualquer coisa me chama. Tenha cuidado com ela. Dinamite a treinou. É muito boa em se defender e atacar também.— Janaína alertou. — Não caia nessa que ela é uma menina indefesa.

— Vai embora! — Júlia gritou.

— Tô indo. Tô indo. Qualquer coisa grita. — Janaína disse fechando a porta.

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— Vamos conversar sentada? Prometo que vou ouvir todas suas reclamações caladinho se você sentar, mas se continuar em pé, vou embora. — Henrique estava com medo de Júlia acabar machucada.

— Vem cá — Júlia sentou puxando Henrique para sentar ao seu lado. — Eu senti sua falta, você não sentiu a minha?

— Júlia... — Henrique não fazia ideia de como agir. Ele havia bebido o suficiente para dificultar um pouco seu raciocínio.

— Tanto faz. Vou aproveitar antes que você saia novamente. — Júlia disse sentando no colo de Henrique.

— Hey! O que você... — Henrique estava falando mais foi interrompido por Júlia o beijando.

O beijo começou tímido, Henrique tentou empurrar ela algumas vezes, mas ela continuava pressionando. Estava com medo de exagerar na força e machucar ela. O beijo foi aos poucos se intensificando, nublado ainda mais o pensamento de Henrique.

Júlia empurrou aos poucos Henrique, deitando ele na cama, sem largar sua boca, desceu aos poucos, umas de suas mãos até a sua calça, acariciando o membro dele por cima da roupa. Fazendo Henrique sair do torpor rapidamente.

— Júlia! Temos que parar. Vamos ter problemas. — Henrique alertou.

— Está dizendo que não quer dormir comigo? Que mentira. Seu amiguinho aqui em baixo está mais animado do que nunca. — Júlia falou rebola no colo de Henrique.

— Não, eu não estou dizendo que não quero, mas talvez estejamos sendo impulsivos. E eu não quero criar problemas. — Henrique não conseguia pensar, estava arrependido de cada cerveja que bebeu naquela noite.

— E se eu disser que preciso de você. Agora. Dentro de mim. Você vai me deixar à vontade? Sabe que ninguém me dispensaria, né? Ainda mais quando estou sentada no colo. E você deveria se responsabilizar por me deixar desse jeito. Acabar com minha vontade. Não te disseram? Eu sou terrivelmente mimada.— Júlia sussurrou no colo dele.

— Concordo em me responsabilizar em matar sua vontade, com muito prazer, mas e você, vai se responsabilizar por qualquer consequência futura? — Henrique perguntou passando a mão no rosto de Júlia devagar. Fazendo ela se arrepiar completamente.

— O certo não seria o homem se responsabilizar por tudo? — Júlia disse rindo.

— Não, as coisas mudaram um pouco. E vamos admitir, os homens se responsabilizaram no passado por ter mais poder que as mulheres, mas você, Júlia, tem mais poder que qualquer um. — Henrique explicou. Se alguém poderia evitar que ele fosse morto por Dinamite, era Júlia.

— Então, se eu assumir qualquer consequência futura, posso fazer o que quiser com seu corpo? — Júlia sorriu. Era exatamente isso que ela queria.

— Tomarei minha responsabilidade, se você aceitar a sua. Prometo acabar direitinho com sua vontade. — Henrique respondeu. Não estava mais conseguindo resistir a Júlia. Cada vez que ela rebolava em cima do seu membro já duro, o pensamento dele desaparecia. Ele apenas conseguia pensar em tirar a sua roupa.

— Está combinado. Eu terei seu corpo e me responsabilizarei por cada consequência futura. Estamos combinando? — Júlia concordou. Na mesma hora, Henrique se virou, colocando Júlia por baixo dele. Não tinha como impedir mais aquilo. Sua mente só pensava em uma coisa. Decidiu apenas relaxar e se deixar levar.

— Então farei com que essa noite seja a melhor da sua vida. — Henrique disse antes de beijar Júlia.

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