Estávamos de volta na mesma mansão em que eu conheci Katrina, a mansão que era do meu irmão, o lugar que eu não queria pisar. Por estar aqui, onde ele passou por tantos momentos juntos com a esposa, onde ele construiu uma linda história, me parte o coração. Em ter que ver, que tudo que ele construiu, ficou para trás, e pior que isso, deixou um vazio no coração de todos.
Estamos todos reunidos aqui, meu pai está no quarto descansando. Passou mal algumas horas atrás, mas o médico da família, deu-lhe um tranquilizante, e ele está dormindo.
Estou sentado sobre uma espreguiçadeira, na sacada do escritório, que era do meu irmão. Novamente me lembrando da mulher doce, que tem uma natureza generosa e quieta, e suas qualidades me atraem bastante, como uma flor que atrai uma abelha. Eu esperava vê-la pouco por aqui, isso me ajudaria a diminuir a tentação de concluir o que sempre começamos, mas não conseguimos prosseguir adiante.
Fechei meus olhos por alguns segundos, me recordando de todas aquelas curvas, que eu adoraria me perder algum dia, daqueles belos seios, nos quais apertei com os dedos, por cima do tecido fino de sua blusa. Só o gosto maravilhoso de seus beijos, já me fez ficar de quatro por ela. Imagine eu me perdendo em todo seu corpo. Tenho certeza que entraria em uma viagem sem volta.
Tentei mais uma vez, fazer minha mente entender, que Katrina, não é para mim, que eu terei que esquecê-la, custe o que custar. Tenho que tirá-la dos meus pensamentos e da minha vida, do meu corpo. Porque sempre sinto que ela está me abraçando, que está em meus braços, eu preciso parar, eu preciso esquecer o quanto ela beija tão suave e tão gostosa.
Vou acabar ficando louco!
Porém, parece que tudo era impossível, seguindo esse plano. Agora, terei que cuidar de Arthur, já que sou parte de sua família, e inconsequentemente, Katrina terá que estar sempre conosco, porque Arthur a venera e gosta muito da mulher. Mas farei um teste, já que ele está mais afeiçoado a mim, procurarei uma substituta o quanto antes, para cuidar de Arthur.
— Senhor Armstrong. — um dos seguranças, adentrou o escritório. — Lá fora está repleto de jornalistas e paparazzis, querendo alguma notícia. O que posso fazer?
— Vou até eles, acalmar essa gente, é o certo a se fazer Carl, não deixe ninguém sair para fora. Por favor!
— Sim senhor.
Ajeitei meu paletó, e caminhei até o imenso portão de saída, pelas grandes grades, havia vários repórteres me fazendo muitas perguntas, e outros me cobrindo de flash, tirando fotos. Atendi alguns membros da mídia.
— Senhor Armstrong, como se sente com a morte trágica do seu irmão Andrei Armstrong e sua cunhada Adriana Armstrong? — perguntou a mulher loira.
— Estamos todos tristes, por essa perda, é claro. Mas juntos, estamos lutando e unindo forças, para nos consolar nesse momento de grande dor. — falei sem entrar em detalhes.
Ao fim das perguntas, me afastei de todos, e como sempre, houve várias avalanches de perguntas, que deixei para o secretário da imprensa. Adentrei novamente a mansão, e me encontrei com Katrina e Arthur que brincavam de montar alguns quebra-cabeças no tapete da sala.
O perfume de flores novamente me inundou, quando Katrina moveu-se de seu lugar, vindo até mim.
— Junte-se a nós. — ela me olha com aqueles belos olhos brilhantes. Eu iria aceitar, mas imediatamente minha mente lembrou-me que eu não deveria aceitar, já que eu estava fazendo de tudo, para me afastar dela. Então, eu não poderia me dar ao luxo de aproveitar-me novamente de seu conforto suave.
— Obrigado Katrina, mas não. — falei, vendo seus olhos darem lugar à tristeza.
— Olha, tio Daniel. — Arthur apontou para a janela, por ver o reflexo de um carro chegando. — Deve ser minha mamãe e meu papai.
Katrina me olhou. Os olhos de Katrina, se encheram de lágrimas, por ver a alegria de Arthur, pensando que eram os pais retornando da viagem, que nunca aconteceu.
— Ho, meu amor da Katrina. — Katrina se abaixou ficando à altura de Arthur, e acariciou os cabelos loiros. — Mamãe e papai não vieram ainda, mas eu, titio Daniel e vovô, vamos falar uma coisa para você, assim que ele acordar, porque está descansando, chegou muito cansado da viagem. — disse ela abraçando-lhe com todo amor e cuidado.
— Tá bom Katina. — disse passando os dedos pequenos, nas lágrimas que caíam dos olhos de Katrina, eu fiquei observando cada detalhe daquele cuidado, que ambos têm, um pelo outro.
— Vovô vai me dar presentes? — perguntou Arthur inocentemente.
— Aposto que sim. — falei ajudando Katrina. — E sabe o que é? — perguntei vendo ele abanar a cabeça em negativo. — Um carro, cheio de bois e cavalos. — completei, vendo ele sorrir.
— E o senhor vai brincar comigo? — perguntou me olhando.
— Vou brincar com você, quantas vezes quiser campeão. — respondi.
Katrina nos olhava, a tristeza ainda estava estampada em seus lindos olhos, mas nunca deixava o sorriso tão lindo morrer. Ela sorria juntamente conosco.
Depois de algum tempo, Katrina ficou conversando com Arthur, falando sobre seus brinquedos favoritos. Enquanto eu estava voando longe, lembrando do papai, espero que ele esteja bem, para que possamos contar para Arthur, o que aconteceu com os país. Nesse momento, temos que ser bastante fortes, para ajudar o pequeno, que vai precisar muito.
Senti as mãos macias cobrirem as minhas, olhei para as mãos e depois dei atenção à pessoa que estava ao meu lado.
— Katrina... — falei em um sussurro. Me sinto afetado, todas as vezes que ela me toca, pode ser qualquer tipo de toque.
— Não diz nada, só me deixe te ajudar, nesse momento tão doloroso. — ela me olha, enxugando minhas lágrimas com o dedo polegar. — Não tou te exigindo nada Daniel, não tou te obrigando a nada, só quero te ajudar. — disse.
O problema não é ela, o problema sou eu, com meus sentimentos frustrados. Com esse lance do irmão, de não poder me envolver, de querer ela, mas não poder tê-la, de querer me afastar, mas ela sempre chega com esse jeitinho doce e gentil.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Maria Sena
Ah não, já tô ficando com ranço desse rapaz indeciso, não sabe o que quer e quem vai sair machucada dessa história é a Katrina. O Daniel tá parecendo culhão de velho, fica no estica e encolhe. Já tô torcendo que a Katrina vá embora e deixa esse idiota sozinho com os dilemas e incertezas dele.
2025-03-17
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Fatima Souza
pra mim ta um pouco confuso quer mas nos pode mas ao mesmo tempo não fica longe difícil só por conta de se conhecerem desde criança e ser sócio do irmão q realmente tem por trás dessa rejeição falha ...
2025-03-15
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Simone Luna
Bipolar e bundão tem tanto medo do irmão dela ela nem sabe do irmão e nem ele ... rico e socio drle se quisesse achar a irmã já teria achado ela não trocou o nome.
2025-03-28
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