Mesmo eu sendo julgado por ser um homem frio, e por ter poucos amigos, eu sou um homem normal como qualquer outro, tenho necessidades como todos os homens deste mundo. E em meus negócios, sempre tenho que manter discrição, sou um CEO bem-sucedido na vida, e isso não é segredo para aqueles que me conhecem, talvez por isso me julgam em dizer que sou um homem "frio e calculista", porque não confio em todos e não ando com todo mundo.
Fui ensinado de uma forma totalmente diferente, aprendi desde garoto, que não posso confiar em todo mundo, e muito menos colocar a mão no ombro e dizer que é amigo, só posso confiar em mim mesmo, isso é o certo a se fazer.
Sempre fui discreto em tudo, principalmente em zelar minha reputação, porque qualquer coisa, minha empresa se enche de paparazzis fofoqueiros, que amam minha vida e adoram aumentar notícias com mentiras, para chamar a atenção do povo e fazer com que eles tirem conclusões e especulações erradas sobre minha vida.
Falo com convicção, porque uma vez fui participar de uma festa beneficente de um colega da empresa, e sempre estou acompanhado por belíssimas mulheres, mas sempre deixei claro, que era apenas uma companhia noturna, e nada além disso, e quando mal o dia amanhecia, já havia várias notícias nos jornais e na TV.
O meu nome envolvido em notícias falsas, e tudo isso chegava a me irritar.
Estou andando pra lá e cá, tentando me acalmar por Katrina não ter aparecido ainda, Arthur está nas pernas de Laura, ela tenta acalmá-lo, mas sem sucesso. Katrina está mexendo comigo, de uma forma nada agradável, minha mente está cheia de imagens dela, da sua beleza estonteante, e tudo isso me ajudava a ficar mais irritado com toda essa situação.
Eu já estava louco, puto da vida por não conseguir tirá-la da minha cabeça, e ela ainda adentra o quarto vestida com a camisola de seda rosa, da mesma cor de suas unhas, a roupa contava com um belo decote em V, que deixava o vão dos seios visíveis. Percebendo meu olhar nela, Katrina fechou o roupão que estava por cima da camisola e o amarrou ao meio.
— Arthur está bem? — perguntou ela com a voz rouca de sono. — Você já ligou para o Doutor? — perguntou franzindo o cenho com preocupação.
— Ele está bem, não está doente. — falei seco. — O problema é que você o acostumou mal, só dorme se for com você, fica complicado, ele não vai querer que outra pessoa cuide dele. — Continuei.
Reparei na forma na qual Katrina conversa com Arthur, ela era formada por paciência e tinha uma calmaria, que jamais achei que ela possuía. A mulher de estatura pequena não tem mais que 1.60 m, na minha frente, ela é bem minúscula, já que tenho 1.89 m.
— Vamos meu amor, você tem que descansar. — disse ela para Arthur. — Porque acordou? teve pesadelos ou sonho ruim? — Katrina aninhou Arthur em seus braços, tirando ele das pernas de Laura.
— Laura, pode se retirar. — falei olhando pra mulher à minha frente, que sacudia Arthur levemente, pra lá e pra cá.
Laura saiu do quarto, e eu nem sequer havia percebido o momento, só observando Katrina e seu jeito descontraído. Arthur estava com os olhinhos fechados, e sua cabeça estava repousada no ombro da Babá.
— Cadê seus sapatos? — perguntei puxando assunto.
— Os deixei no quarto, saí tão apressada que não me lembrei de calça-los. — disse ela me olhando. — Quer que eu me troque? — perguntou franzindo o cenho.
— Não, tudo bem, não se preocupe. — falei, mas somente para acalmá-la, já que havia levado uma pancada na cabeça, e vê-la vestida daquela forma, não estava me ajudando, é algo muito íntimo pra mim, ver alguém vestido daquela forma. — Vamos para o meu quarto. — falei me levantando do lugar.
Katrina vinha em meu encalço, e assim que saiu fora, vi Lana parada do lado de fora.
— O que houve Lana? — perguntei fechando a porta do quarto.
— Estou cuidando da senhorita Katrina, recomendações médicas.
Soltei a respiração pesada, não descansei um só momento, e ainda tinha que aguentar Lana nos seguindo para lá e para cá a todo momento.
— Não tem necessidade Lana, pode ir, Katrina está comigo. — falei massageando a têmpora.
— Senhor, mas ...
— Mas nada Lana, agora vai, eu sei das recomendações e eu vou ficar com Katrina a noite toda. — falei entre dentes.
Lana fechou a cara, e saiu da minha frente, não entendo porque todos esses empregados do meu irmão são tão ousados.
Olhei nos olhos de Katrina, para checar se estava tudo bem, mas fui e quase não voltei, a mulher tem um olhar que te prende, e se você não souber o que está fazendo, você fica perdido. Pisquei por várias vezes e limpei a garganta.
— Vamos. — convidei.
Katrina passou em minha frente, caminhamos pelo corredor e chegamos no meu quarto, eu abri a porta e ela adentrou com Arthur em seus braços, colocou Arthur no berço ao lado da cama de casal e após se ajeitou. Katrina quase cai no chão, rapidamente caminhei até ela, e a peguei nos braços.
Procurei em seu rosto algum sinal de que ela pudesse finalmente ficar bem, mas seu rosto pálido só demonstrava o quanto ela estava exausta. Peguei-a em meus braços e a coloquei sobre a cama, ela estava tão frágil, que pensei em mandá-la de volta para seus aposentos, mas dessa forma na qual estava, não poderia ir sozinha.
— Katrina, você está melhor? — perguntei, vendo a mulher se ajeitar na cama.
— Estou melhor, é que quando coloquei Arthur no berço, minha cabeça começou a rodar e tudo ficou turvo. — disse me olhando.
— Porque ainda não está totalmente recuperada do impacto, durma e descanse um pouco, eu cuidarei de Arthur por essa noite. — Falei vendo ela deitar-se.
Me acomodei no sofá à frente da cama, e Katrina dormia calmamente sobre a cama, Arthur também estava dormindo. Tudo estava em uma perfeita calmaria, tanto que acabei cochilando um pouco."
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Neide Lima
Autora Eu vejo o Enredo o conteúdo da História 👏👏👏 Parabéns Amando
2023-11-01
14
Simone Ferreira
Que perfeição nos detalhes da história 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
2024-03-08
1
Geusiane Barros
autora só não entendir a necessidade dela dormir com a criança no quarto dele podia muito bem dormir no quarto da criança kkk
2025-04-02
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