Eu havia acordado depois de um sonho que tive, e não! Não sonhei com um ex. "Ethan" foi o nome que eu inventei, só para ter uma desculpa para beijar Daniel, e me aproximar mais dele. E deve ter funcionado, porque ele correspondeu muito bem aos meus beijos. Concluí que melhor do que dormir nos braços de Armstrong, e acordar nos braços dele, era uma maravilha.
Seu perfume masculino subiu à cabeça, causando arrepios em todo meu corpo. Seus beijos eram tão ardentes e quentes, eram marcantes, viciantes. Não é exagero da minha parte. Subi em cima dele, o provocando enquanto me esfregava nele, e pude sentir seu membro duro contra minha intimidade por cima da calcinha. Sei que esse jogo de sedução foi bem longe, tão longe que eu estava querendo sair de seus braços, mas não pude. Eu não conseguia, eu só queria senti-lo além daquela roupa, eu queria ir adiante.
Mas além de termos sido surpreendidos por Lana que adentrou o quarto, minha mente me julgou. Nunca deixei um homem me tocar, e pior que isso, eu deixei que Daniel Armstrong, um CEO exibido, fizesse tal coisa, e agora minha consciência me condenava.
— Me perdoem, eu não sabia que vocês...— Lana iria falar, mas foi interrompida.
— Vocês nada, não aconteceu nada aqui Lana, e se eu pegar você falando o que não viu, eu juro que arranco a sua língua e jogo para os cachorros comerem.
Eu estreitei os olhos, olhando para Daniel, e depois para Lana que botou as mãos na boca e se mandou.
— Por que falou assim com ela? — perguntei. — Você a assustou. — repliquei.
Ele juntou as duas sobrancelhas, e me encarou.
— Agora o culpado sou eu? Você anda tendo sonhos de prazer com seu ex, me ataca, enfiando sua língua deliciosa na minha boca, e quer que eu fique calado? — perguntou, me encostando na parede, seus braços estavam apoiados na parede, em cada lado da minha cabeça. Engoli o nó que se formou em minha garganta, e o encarei.
— O que está tentando fazer? — perguntei.
— Nada, Katrina. Eu só quero que pare de brincar com fogo, não brinque comigo, entendeu? Porque se não, você vai se queimar, e não é pouco. — travou o maxilar.
— Me perdoe, eu não quis...— tentei explicar, mas ele me impediu.
— Pare de tagarelar. — ordenou. — Você já pediu desculpas, agora é minha vez.
Daniel me virou para a parede, agarrou meus cabelos com as mãos, fazendo um rabo de cavalo. Pude sentir sua respiração próxima ao meu ouvido:
— Não, por favor. — pedi sentindo um arrepio em minha pele.
— Quem é Ethan? — perguntou apertando mais meus cabelos em suas mãos, mas de uma forma que senti prazer e não dor.
— Ethan, foi um antigo namorado. Eu pensei que você era ele, só que o cheiro e o gosto dos seus beijos são bem diferentes. Em seus braços eu senti uma sensação boa. — expliquei.
— Está tagarelando mais do que o suficiente, mademoiselle. — sussurrou com exasperação. — Como se chama, quero seu nome completo.
— Katrina Vicente. — falei.
— Vicente? — Daniel me soltou, me virou para ele enquanto me olhava nos olhos. — Você é uma Vicente?
— Sim. — procurei em seus olhos confusos, por que ele havia ficado tão abalado por ter escutado meu sobrenome.
— Você é parente de Anthony Vicente? Meu sócio da empresa? — perguntou em um tom sério.
— Eu não sei, tive alguns irmãos pequenos, que foram tomados pelo conselho tutelar. — falei.
— Eu me lembro de alguns irmãos seus, que eram bem pequenos quando brincávamos em frente a sua casa, mas não sei o nome deles.
— Nenhum dos meus irmãos tem esse nome, não que eu me lembre. — expliquei.
— Talvez ele tenha mudado o nome, é possível. — disse ele, passando as mãos nos cabelos. Ele se afastou. — Preciso falar com ele, e pedir desculpas por me exceder tanto com você.
— Não aconteceu nada, Daniel, além disso, nem sabemos se esse Anthony é meu irmão, e mesmo que fosse, ele não teria direito de opinar em minha vida. Já sou bem grandinha para fazer o que eu quero.
— Você não entende, Katrina. Eu sou um homem responsável, corro pelo certo, gosto de uma vida organizada, longe de problemas, e eu jamais faria algo para colocar minha empresa em risco. — disse me encarando. — Enquanto esse caso de que ele pode ser seu irmão, eu posso saber com apenas uma ligação. — continuou.
— Por que isso agora? Nós nos beijamos, foi bom, tanto que você gostou e se aproveitou disso, mas tudo com respeito. Não fizemos nada a mais. — falei me aproximando dele.
— Com respeito? Eu enfiei a língua na sua boca, e você chama isso de respeito? Se Lana não tivesse chegado aqui, com toda certeza estávamos fazendo o que não devíamos, e isso é respeito para você? — Daniel estreitou os olhos sombriamente, enquanto expressava o que estava sentindo.
— Olha, esses dias foram bem difíceis para todos nós nesta casa, e encontramos um momento de conforto entre nós dois. Foi só isso que aconteceu, não precisa se estressar tanto com essa situação. — tentei acalmá-lo.
— É assim que você vê? — Daniel me perguntou, parecendo mais relaxado.
Daniel mostrou-me um sorriso, quase visível. — Venha aqui. — disse me aninhando em seus braços. — Vamos esquecer esse incidente. Bom! Pelo menos vamos tentar, já que pra mim é bem difícil.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Mari
Lana e Laura são as mesmas pessoas ou são diferentes?
2024-12-24
3
Gislaine Duarte
como esse homem é bipolar 🤣🤣🤣
2025-03-13
0
Luisa Nascimento
Daniel é piradinho!😂😂😂😂
2025-04-06
0