Frederico
Acordei à tarde, como sempre e fui ver como estão os preparativos. Recebi um chamado dos guardas e usei minha moto para ir até o local do chamado. Parei a distância e fui andando até eles.
— Sim, o que houve?
— Eles montaram armadilhas boca de lobo, por uma boa parte da floresta. Nos desarmando todas.
— E?
— Tem duas que são grandes e diferentes, estão mais para dentro.
— Me mostra.
Fomos andando, adentrando mais a floresta e mal dava para ver a imensa gaiola, que cabe um lobisomem tranquilamente, erguida no ato das arvores, amarrada com uma corda. Haviam preparado um local, que serviria de chamariz, provavelmente, trariam um pedaço de carne e ficariam vigiando.
— Tem outra dessa?
— Sim, o que faremos?
— Desarmem esse monstro, não quero nenhum animal, de quatro ou duas patas, se machucando aqui.
— Esyamos mantendo a guarda,as tem um deles, que se afastou dos outros e murmura o tempo todo, dizendo coisas como: ela é minha, vô ferrar com ele, ninguém vai tirar ela de mim, parece até um lobo.
Caímos na risada.
— Vou dar um pulo na casa deles, avisar sobre nossa gesta e que esse território tem dono.
— Tomara que lhe ouçam.
— Não esqueçam de avisar para a outra equipe.
— Com certeza, Alfa.
Peguei minha moto, saindo da floresta e pegando a rota da casa alugada por eles. Estacionei e prestei atenção no que conversavam dentro da casa. Pareciam bem animados com o trabalho que fizeram e karl estava calado, ou não estava lá, pois não ouvia nem os ditos murmúrios dele.
Bati palmas e alguém veio atender, era uma mulher loira, de uns 30 anos e parecia casada.
— Boa tarde!
— Boa, posso falar com o responsável de vocês?
— Responsável? Como assim?
— O chefe dos caçadores. — Expliquei melhor, para ela não continuar a se fazer de desentendida.
— Vou chamar.
Que gente mal educada, se fosse lá em casa, eu me apresentaria a pessoa diria quem é e eu convidaria para entrar e conversaríamos na sala de visitas. Um homem grande e truculento saiu e atrás dele veio Karl. Eram parecidos, deduzi serem pai e filho.
— Pois não?
— É ele, pai, o talzinho que se engraçou com a Lari na boate.
— Quieto, Karl.
— Olá, senhor, meu nome é Frederico Black e sou o dono da boate local, mas também sou o dono das terras onde vocês espalharam armadilhas.
— Nós? O senhor esta insinuando que invadimos suas terras e colocamos armadilhas?
Senti a represália do homem como um mau pressentimento, isso não será fácil de resolver.
— Senhor, eu vim avisar que teremos uma festa na clareira da floresta, com famílias inteiras e crianças correndo. Tenho guardas vigiando minhas terras e as armadilhas, mesmo se não forem vocês que colocaram, já estão todas desarmadas.
— Seu… — Karl estava pronto para me atacar, mas seu pai o impediu.
Larissa apareceu com seu pai na porta e sorri para eles.
— É só isso senhor, com licença e tenha uma boa noite. — A tarde terminou e já está escurecendo.
Me virei e saí, sentindo que era fuzilado pelos olhares nas minhas costas. Montei na moto, coloquei o capacete e dei a volta e fui embora sem olhar para trás.
*
Larissa
— O que eles queriam? — perguntou meu pai.
— Avisar que desarmaram nossas armadilhas, que são donos daquelas terras e terá uma festa esta noite, com crianças, ou seja, não é noite de caçada. — contou Rubem.
Entramos e fomos para a sala, enquanto ele falava.
— Não gostei dele, desde a primeira vez que o vi.
— Sei bem porquê não gostou. — disse Rubem. — a questão é, já recebemos metade da grana do serviço, mas ninguém disse que as terras não eram do governo e liberadas para a caça.
— E as armadilhas? — perguntou um dos rapazes.
— Ele desarmou, mas não disse o que fizeram.
— Então a gente vai e arma de novo.
— Você tá louco, Joel. Vai ter crianças por lá. — falei.
— Duvido que os pais vão deixar as crianças soltas em um local com animais selvagens. — disse a Janice, a mãe das duas crianças.
— De qualquer forma, essa história está muito mal contada. — disse meu pai.
— Vai ver eles são lobisomens mesmo. Festa na floresta, em noite de lua cheia e eles nem nos convidaram.
Fiquei quieta ou fermentaria mais a história de Joel.
— O pior é quê falaram que era lobisomens e nós é que não acreditamos. Vocês viram as pegadas lá fora. E rssa mordida no ombro de Lari? — disse Karl, sem juizo na cabeça.
— Que mordida, Lari, ele te marcou como companheira? — continuou Joel.
— Isso é que dá ficar vendo seriado de libisomens. — acusou meu pai.
— Quero ver a mordida. — foi mais uma ordem, do que um pedido e quando Rubem ordenava, tinha que obedecer.
Fiquei tão aborrecida com Karl, que tirei a blusa pela cabeça, ficando só de top. Ainda não tinha posto minha roupa de caça. Rubem se aproximou e procurou a marca e quase não tinha nada, graças a pomada e um pouco de maquiagem.
— Foi um São Bernardo brincalhão, passei uma pomada e ficou bom. Não chegou a rasgar a pele, o cão estava só brincando. — disse meu pai.
Rubem olhou para mim com um pedido de desculpas no olhar e se virando, deu um tapa na cara de Karl, que saiu da sala com raiva.
— Não quero mais ouvir sobre essa história estapafúrdia, ouviram bem?
— Posso ver, Lari? — tinha que ser o Joel.
— Quer um tapa também? — perguntou Rubem e o rapaz se afastou de cabeça baixa e com isso, ainda não estava decidido o que faríamos.
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Atualizado até capítulo 61
Comments
Maria Medeiros
que menino idiota este Kalil não adianta não ela não vai ficar com você idiota 🙏❤️🌼🌺💮🌸🍓💐❤️🌼🌺💮🌸🍓💐❤️🌼🌺💮🌸🍓💐🐺🐺🐺🐺🐺🎉🐺🐺🐺🐺🐺🐺🙏
2024-05-01
2
Joselia Freitas
O pai e o filho estão aprontando 😂👏👏👏❤️💋🌹🌺💕
2024-04-20
1
Andressa Silva
kkkkkkk ainda bem que ela envenenou uma mentira kkkkkkk
2024-03-04
5