A Caçadora E O Lobisomem
Larissa
As imagens surgem desenfreadas em mais nha mente, corro pela floresta e não sou a cacadora, sou um animal selvagem e grande e ao avistar a minha presa, pulo e arranco sua jugular, olho para o caçador morto no chão e passo a língua, lambendo o sangue e regozijando de prazer. Acordo assustada, havia dormido no carro e tive um pesadelo. Não é a primeira vez que me vejo do lado contrário ao que atuo e agora estamos indo para mais uma caçada.
Mais uma cidade com indícios de animais grandes e violentos. Meu pai dirige o carro para a casa alugada pelo nosso líder. Somos 12 pessoas e a casa é enorme, parece uma pousada. Tem oito quartos, pois temos casais e não precisamos mais do que isso. Eu sempre fico com o quarto de empregada, por ser menor e ficar próximo a cozinha.
Tenho um problema de queima de calorias e preciso estar me alimentando o tempo todo. Minha mãe morreu em uma das caçadas e fui criada por meu pai e pelas mulheres do grupo. Estudo a distância e estou terminando a faculdade. Tenho 21 anos, porte médio, magra, mas definida, pois treino muito.
Sempre uso meu uniforme especial, com facas por todo lado, meus cabelos são castanhos claros e muito cheios, por isso estão sempre trançados, ou fico parecendo uma leoa. Meus olhos são verdes e amendoados, nariz fino e boca normal, dizem que faço bico quando falo, mas nunca prestei atenção nisso.
— Essa casa é bem satisfatória, não acha filha? — perguntou meu pai, Dimas, um excelente caçador, mas também um ótimo professor e veterinário.
— Sim, parece melhor do que aquela última cabana que ficamos.
— Ah, não foi tão ruim assim?
— Não foi o senhor que teve que dormir com as crianças.
Ele riu, não sabe que Kimy vinha pra minha cama e mijava todas as noites. Descemos do carro e peguei minha mochila, correndo para ver se tinha dependência de empregada. Consegui chegar antes do Karl e adorei o quartinho, era um pouco maior que os últimos em que fiquei, o banheiro tinha box blindex e era tudo limpinho.
— Poxa, Mili, assim não vale, você sempre me faz dormir com Léo, ele ronca. — reclama Karl, da porta.
— Você sabe muito bem que sempre fico com esse quarto.
Ele é muito bonito e já até dei uns pegas, mas algo dentro de mim rejeita os homens, as vezes acho que sou frigida, pois não gosto de mulher, também.
Ele se aproximou, quase me tocando.
— Podemos dormir juntos, só depende de você. — insinuou ele, todo se chegando.
— Quer uma joelhada no saco ou prefere amanhecer morto?
— Cara, tu é muito grossa, parece homem, tá bom, tô indo, machuda.
— Pode me ofender à vontade, isso não me define.
Ele saiu e arrumei minhas coisas no pequeno guarda roupa embutido. Saí do quarto morta de fome e fui caçar o que comer, não tinha nada.
— VAMOS COMER? TÔ COM FOME. — gritei.
— Quando você não está, querida? — disse meu pai, me passando umas barrinhas de proteína. — Vamos, depois do almoço, iremos ao supermercado.
Sempre foi assim, cada um faz o que quer, não andamos em bando, só quando vamos a caça. Saímos só ele e eu e fomos a um restaurante pequeno, próximo, onde servem comida caseira e pude me alimentar decentemente.
Fomos ao mercado e enchemos dois carrinhos, sempre somos os que consumimos mais, por causa do meu problema. Como muita proteína, pois é o que mais me sacia, por isso sempre carregamos um freezer.
Voltamos para casa e mais uma vez admirei a fachada, é bonita mesmo.
Karl chamou para a reunião com nosso líder e depois de guardarmos as compras, sentamos no salão, para ouvir as ordens.
Somos caçadores profissionais, contratados para caçar animais que ameacem a cidade. Podem ser ursos, felinos, lobos e até jacarés nós já caçamos e somos bem pagos por isso.
Certa vez, fomos até o Alasca, quando os leões marinhos proliferaram muito e começaram a invadir as cidades costeiras.
A reunião começou e o líder explicou que o caso na cidade era mais sério do que pensavam, que os animais eram tratados como lobisomens e mesmo que nunca houvessem visto um, precisavam levar a sério os ataques violentos deles.
— Eles não só mordem, estraçalham as vítimas. — informou Karl, o filho e braço direito de nosso líder.
Fiquei pensando no que realmente significava aquilo, mas parei de escutar o blá blá blá, como sempre fazia quando não me interessava.
Depois, resolvemos dar um giro pela cidade e fomos nos arrumar, queria muito dançar e beber alguma coisa mais forte. Saímos juntos, três rapazes e duas moças. Assim nos sentimos seguras.
Rodamos um tempo e encontramos um bar. Um dos rapazes ligou para Karl, avisando onde estamos e que era um lugar legal, sendo bar com jogos na parte térrea e dança, na parte de cima. Então eles resolveram vir, adoram beber uma cerveja jogando bilhar.
Entramos e fomos para o segundo andar, onde a música já enchia o lugar e havia uma pista linda no centro, com postes para quem quisesse e soubesse dançar. Um bar seguia por toda a lateral do lado direito, em frente às escadas.
Fui para o bar e pedi um martine. Bebi, degustando, amo um bom martini doce. Depois de estar mais leve, fui para a pista e me soltei, passei duas horas me dividindo entre a pista e o bar e até no poli dance, dancei.
Mas um homem bonito me abordou e perguntou se eu não queria ir com meus amigos, para a ala vip e não preciso dizer que todos adoraram a idéia. Eu gostei dele de imediato, como uma conexão de almas, acho que foi paixão imediata.
A noite estava terminando e senti que ele se aproximou, cheirou o meu pescoço e me beijou profundamente. Foi o beijo mais gostoso que já experimentei, senti, finalmente, que não sou frigida. Depois disso, foi uma confusão, pois Karl apareceu e puxou o homem de sobre mim e me tirou dali.
Nota: Esses dois primeiros capítulos, é uma apresentação dos personagen principais. Não colocarei foto em todo o livro, só quando se fizer necessário.
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Atualizado até capítulo 61
Comments
Maria Nice Grudgen
Comecei agora e já estou amando a história 😍
2024-10-29
0
Maria Helena Macedo e Silva
📖👀 hum, tudo indica que o sonho se tornará real🤔😉
2024-10-27
1
Stela Bergo
iniciando hj, estou achando que promete. 😉
2024-09-07
2