Capítulo 15. Instinto

Larissa 

Olhei para o homem à minha frente e a atração que senti por ele no clube e depois, voltou com força total. Enxerguei o meu Fred e não o lobisomem. Lembrei que tudo que queria, era ficar com ele e agora, aquele desejo voltou com carga total. Sorri para ele e falei:

— Não sei se é por causa de tudo o que contou, mas meu coração palpita por você e não consigo evitar de querer estar ao seu lado. Acho que não consigo te deixar.

Ele me olhou com paixão e me derreti por ele.

— Então, minha fêmea linda, que tal vir aqui e me dar um abraço?

— Você já gosta, né?

Fui até ele e apoiei minhas duas mãos em seu peito, ele estava apoiado na mesa, me envolveu com seus braços e eu o beijei. De início foi um encostar de lábios, mas depois, fomos nos saboreando e o beijo se intensificou. Sentir a lingua dele na minha, exigente por resposta e dominando o espaço dentro de minha boca, fez eu me entregar toda.

Encostei mais meu corpo no dele e sua perna dobrada ficou entre as minhas e ele segurou meus glúteos, fazendo minha intimidade roçar em sua perna. Estou quente, como se meu sangue fervesse e não conseguisse mais raciocinar, só ficar ali, saboreando ele. Mas alguém, tinha que atrapalhar.

— Por que não vão fazer isso no quarto. — Era Joel, o impertinente.

— Porque podemos fazer onde eu quiser, a casa é minha, esqueceu?

Frederico foi direto e Jpel ficou todo envergonhado e nos rimos dele, pois estava sempre fazendo esse tipo de piada com todo mundo, sem freio.

— Só se situa Joel, logo você arruma alguém pra você. — falei,  para ele não ficar triste.

— Valeu, Lari, mas estou preocupado com nosso futuro. Eu também posso virar lobisomem?

— Você quer? — perguntou Fred.

— Claro!

— Para quê?

— Ah, sei lá! Gosto da vida de lobisomens, que todos são unidos, fortes, não levam desaforo pra casa. Veja nós, invadimos sua Alcateia e nos demos mal.

— Tudo porque alguém usou de má fé conosco.

— Por falar nisso, ele já sabe das intenções do Karl?

— Ele sou eu? Se for, sei sim, eu ouvi os ataques dele a Lari e vi ele tentar matar Dimas.

— Foi ele? E agora, será que ele vai tentar nos atacar?

— Ele não é nem doido e está sozinho.

— Sei não, o pai dele tinha muitos contatos. Ele pode tentar continuar com o contrato e chamar mais gente.

— Não terão chances contra nós, não se preocupe, de qualquer forma, estamos vigiando. Agora, vou continuar meu namoro em outro lugar. Tchau.

*

Karl

Fiquei na floresta, escondido durante todo o dia e não vi ninguém na casa, vou aproveitar e entrar. Corri até a porta dos fundos e abri a porta, fui direto para o quarto, tomei um bom banho e me vesti, depois arrumei as minhas coisas e fui à cozinha. Comi o que tonha de comida pronta, na geladeira e depois catei tudo da despensa e que não estragasse rápido, enchendo dias caixas, que coloquei na SUV que estava na garagem.

Depois de carregar tudo que precisava e colocar no veículo, desliguei tudo e fui embora, subindo a rua, tentaria encontrar um local que pudesse ficar, enquanto refazia meus contatos, ou melhor, os que eram do meu pai. Encontrei, depois de rodar tres quilômetros, um galpão abandonado.

Verifiquei que haviam correntes e cadeados mas portas e rodeei o imovel, encontrei um janelão lateral, voltei ao SUV e peguei uma marreta e quebrei a janela, com portais e tudo. Entrei e vi que estava bem conservado, peguei o veículo e estacionei ali do lado, retirei o que precisava e procurei o escritório, colocando minhas coisas lá. 

Busquei os disjuntores e testei, estavam funcionando e fui testando, para ligar só a luz do escritório. Não quero chamar a atenção. Consegui ligar o computador e coloquei para carregar, junto com o celular e enquanto isso, ajeitei uma cama improvisada em um canto, deitei para dormir, finalmente vou descansar.

Mas não consegui dormir de imediato, pensando naqueles monstros e em minha Lari. Será que conseguiu sobreviver? Eu vou me vingar de todos assim que organizar uma nova equipe. Entrarei em contato com o contratante, informando que já estou ciente das dificuldades, mas vou continuar e completar o serviço.

Ouvi uivos a distancia, um após o outro, agora sei o que são e parecem estar se comunicando, será que me viram ou pior, que me encontraram. Prestei atenção nos sons, mas cessaram. Estou ficando paranóico, fechei os olhos e coloquei o travesseiro tapando o ouvido e finalmente dormi. 

Narrador:

Os guardas de Frederico, realmente localizaram karl e seu veículo, se comunicaram entre si e receberam ordens de ficar vigiando, queriam saber, ao certo, quem era o mandante e acabar com a ameaça totalmente, ou ficariam a mercê de novos ataques. Então ficaram só vigiando, sem aparecerem mais. Estavam felizes, tinham uma Luna que era linda e especial e valia a pena defendê-la e a Alcateia, tudo seria melhor, agora.

Só havia uma que não estava satisfeita, Tina, e fazia parte da guarda e embora não soubesse como, daria um jeito de se aproximar daquele humano.

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