A noite chegava depois de um longo dia de inquietação e ansiedade, o momento estava próximo, logo depois que os pássaros cessaram o cantar e tudo que se ouvia era o doce silêncio do caos das ruas de Nova York, tudo já estava preparando para o lançamento, e à revisão da minha nave fora concluída, e só esperávamos os últimos tripulantes aparecerem.
— Comandante o senhor acha que a Emilly vem? — John pergunta.
Ficha técnica
...Nome: Igor Jones 24 anos...
...Branco, baixo, magro, olhos pretos, cabelo na altura das orelhas ondulado....
...Cargo: Comandante e técnico de inteligência artificial da TellStar....
..."Viciado na palavra incrível"...
John é o vice comandante, meu braço direto aqui na Esiliun 1, mas não se deixe enganar pela cara de mal humorado dele, apesar de ser mais velho, quando se trata de contar piadas sem graça John é o melhor.
Ficha técnica
...Nome: John Pepermen, 35 anos...
...Alto, negro, atlético, olhos castanhos, e cabelo preto cortado....
...Cargo: Vice Comandante e engenheiro químico...
... "Adora contar piadas sem graça"...
Após uns minutos esperando, Emilly e Vivian chegaram.
— Que bom que veio Emilly! — Digo me virando para ela.
— Sem conversa fiada Jones! Quer dizer, Comandante Jones.
Ela diz se dirigindo a seu lugar na nave.
Ficha técnica
...Nome: Emilly Willians, 29 anos...
...Baixa, branca, cabelo preto e azul longo e liso e olhos azuis....
...Cargo: Piloto 1 e Cientista chefe da TellStar....
..."Rebelde anti governo"...
— Não liga para ela Comandante! —Vivian tenta se desculpar.
Ficha técnica
...Nome: Vivian Scott, 28 anos...
...Morena, alta, ruiva, cabelo cacheado, olhos verdes....
...Cargo: Piloto 2 e segurança da TellStar nível S "Mais durona do que parece"...
Emilly faz o estilo bad girl revoltada com o governo, e apesar de tentarem disfarçar, todos sabem que elas se pegam nos intervalos de serviço.
E o(a) último(a) a chegar
...Nome: Seu nome, idade...
...Cargo: Segurança nível S da Tellstar...
..."Sempre atrasada(o)"...
Com todos prontos, e nossas pilotos já preparadas, o lançamento clandestino não tão escondido assim, fora iniciado sem maiores problemas, depois de um tempo, já havíamos atingido a estratosfera a 50km, logo viriam a mesosfera, e por fim a termosfera onde era nosso limite, levaram cerca de oitenta e cinco minutos para chegarmos lá.
O espaço estava exatamente do mesmo jeito, exuberante e silencioso, permanecemos numa altitude de 450km, cerca de 50 km acima da SpaceZill-9. As complicações viriam agora, não tínhamos a menor ideia de onde começar a procurar, e nem quanto tempo essa expedição duraria.
Mesmo com a velocidade do som, não há como saber a distância percorrida por esse sinal, antes de ser captado pela estação espacial. Por isso a uma grande chance dessa missão ser inútil, mas ainda sim, não vamos desistir, pois desmascarar o governo fora o único motivo da maioria dessa tripulação ter aceitado a missão.
Indiretas à parte, seguimos reto analisando, todo o espaço a nosso redor, o Lis-56 não capitava nada além de ruídos, e chegamos a pensar que de fato ele não funcionava.
— É Emilly parece que a sua geringonsa não funciona! — Brincou John
— Doutora Emilly para você mestrado!
E assim seguiu a viagem, por um longo tempo, minha tripulação discutia quem tinha o maior nível intelectual, sem prestarem atenção ao redor. Até o radar começar a apitar.
— Comandante foi detectada a presença de um corpo celeste vindo em alta velocidade em nossa direção. — Grita Emilly.
— Comandante vamos bater! —Vivian se assusta.
— Mantenham a calma! Deve ser algum detrito! Virar 10˚graus à Oeste.
— Comandante...
Não houve tempo de concluir a manobra evasiva, o cometa colidiu com nossa nave bem nas cabines reservas de oxigênio.
BIII BIIII BIII BII BII BIII BIII BIII
FALHA NO MOTOR UM...
CABINE DE OXIGÊNIO COMPROMETIDA...
ENERGIA EM 40%
É ACONSELHÁVEL REDIRECIONAR ENERGIA DESLIGADO PARTES OBSOLETAS DA NAVE.
— Comandante, a nave foi gravemente danificada, estamos perdendo energia. — Emilly relata
— Nível do oxigênio reserva em 60% e caindo. — Viviam sobrepõe
— O que vamos fazer comandante? Não temos energia nem combustível para voltarmos. — John grita
Eu entrei em choque, Lil a inteligência artificial da nave não parava de dar avisos, e todos estavam falando ao mesmo tempo, minha primeira missão como comandante se mostrou um fracasso, o que eu faço? O que eu faço?
Claro que eu sabia que contratempos aconteceriam, mas nunca imaginei que morreria assim. Quando nosso oxigênio acabar, morreremos em quinze segundos ou menos. Não há o que fazer.
— Me desculpem! Não há mais o que fazer, poupem oxigênio e redirecionem energia...
Todos se olharam, sentei em minha cadeira, e fiquei encarando a imensidão, nada vinha a minha cabeça, eu não deixaria nada para trás, ninguém se lembraria de mim, quando se está morrendo, a emoção toma conta, e as lágrimas são inevitáveis.
Um silêncio estarrecedor pairava pela nave, Emilly e Vivian se despediram, você e John encaravam a fotografia da suas famílias a cinco minutos, e eu, bom, não havia nada para eu fazer, a não ser me recriminar por ter tantado, eu nunca deveria ter feito o teste para comandante, deveria ter escutado Emilly, sou apenas um técnico, não comandante.
— Comandante! — Emilly chama atenção — Eu quero me desculpar! Por não ter te apoiado quando fizemos o exame para comandante. Me desculpa, eu fiquei com inveja, porquê eu deveria ter sido comandante. Mas você foi o melhor da turma e não existe ninguém mais preparado que você. Não foi culpa sua.
Sabe aquele alívio de ter tirado um elefante das suas costas, pois era exatamente essa sensação que me tomava agora, as coisas com Emilly tem sido tão estranhas desde o exame. Não consigo conter minha felicidade, e lágrimas escorrem mais uma vez.
— Não se preocupe com isso! Já passou.
Ah! Pai, você trabalhou sua vida toda até o último segundo, para que eu pudesse realizar meu sonho de entrar na TellStar, e agora eu sou comandante. Pai você está orgulhoso de mim?
— Me desculpa pai, eu te desapontei! — Digo a fechar os olhos — Logo estaremos juntos!
— Comandante! Foi um prazer voar com o senhor. — Todos dizem juntos.
Todos fecham os olhos em sincronia.
Meu corpo estava leve, como se estivesse anestesiado, e depois nada.
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Meus olhos entreabriam, se deparavam com uma sala branca, com luzes azuis e fria, minha visão turva tentava focar em qualquer ponto, o excesso de iluminação doía. Ao virar minha cabeça com certa dificuldade, consigo ver uma criatura, e isso me fez levantar com brutalidade.
— Ei! Ei! Ei! Calma. Você está seguro, procure descansar agora — A criatura diz.
— V-v-você, você fala, f-ala, minha língua! — Digo assustado.
— Agora eu falo, escaniei essa coisa rosa engraçada que você tem dentro da cabeça
— V-você o que? — Me exaltei.
— Calma! Eu não tirei nada importante, apenas escaniei seus conhecimentos e os coloquei em mim. Por isso nós estamos conversando.
— E-e-e isso é seguro?
— Totalmente seguro, você estava sedado para poupar suas funções corporais. Se estivesse acordado sentiria uma dor agonizante — Ele sorri
— Seguro... Você já fez isso antes?
— Milhares de vezes. Não se preocupe, apenas descanse.
Ele passava à maior confiança, à criatura estranha de aparência pálida, com pele que parecia elástica e seus olhos brancos que não possuem íris alguma, como se fossem cegos, mas não era o caso, tinha orelhas pontudas, e antenas interligadas que se iluminavam conforme eles falavam, e uma coisa, que percorria seus braços, peitoral, costas, se ligava no pescoço e terminava na nuca. Eram como fios de led azuis, mas feitos de um material que eu não conhecia. Logo se dirigiu a porta com intenção de sair dali mas.
— Espera! Minha tripulação, onde eles estão? — Interrompo
— Seus amigos humanos estão na outra sala. Me diga, quantas variedades de humanos com cores diferente existem na terra? E vocês são todos moles? Ou a textura muda de acordo com as raças?
Ele me faz várias perguntas engraçadas, mas totalmente compreensíveis, era algo novo para ambos os lados. Me levantei em busca da minha tripulação e me deparo com uma situação engraçada.
— Da para acreditar nisso comandante, alienígenas pálidos. — John diz totalmente deslumbrado.
Haviam cerca de dez alienígenas em torno dele, como se fosse um tipo de atração, tocando em seu corpo e falando em uma língua estranha.
— Ainda não houve tempo, mas logo seus conhecimentos serão compartilhados com toda nação. — Ele diz aparecendo novamente.
— Qual... qual é o seu nome?
— Me perdoe, me chamo Gleorio. Sou cientista e médico daqui.
— Prazer! Eu sou Igor. Onde nós estamos?
— Estamos em Gnoria-397.
— E onde fica isso? — Pergunto ainda mais confuso.
— Na Galáxia GDAIN-15.
— Misericórdia!
— Calma, não tente entender tudo de uma vez. Venha Igor, eu vou te apresentar aos outros.
Nós seguimos um corredor até sairmos daquele local, minha primeira impressão ao ver o exterior, à paisagem, tudo era extremamente diferente, o planeta era composto de grandes construções super desenvolvidas, e não haviam ruas, nem asfalto, seu meio de locomoção eram eixos hexagonais flutuantes, que acendiam com o toque se movendo até o eixo mais proximo, distribuídos com todo o local, abaixo deles não se via nada, era coberto com uma névoa densa.
— Cuidado! Não vai querer saber o que tem lá embaixo — Ele alerta.
Isso foi assustador, era preciso um certo equilíbrio para andar nos eixos, e seguimos reto até um tipo de Praça, onde todos estavam reunidos. Seus arredores eram cobertos por plantações gigantescas, uma mais estranha que a outra, e todo o planeta era monocromático, tudo girava em torno do azul, as mais diversas tonalidades.
Assim que chegamos, toda a atenção foi voltada para mim, Emilly e Vivian já estavam lá, e John vinha logo atrás
— Dejak malak tumak, Gnoria dak detak tak huak ak puak — Diz a criatura anciã.
A língua Gnoriana soava engraçada, com Ak no final de todas as palavras e não havia traduções, somente eles entendiam. Eles continuaram falando, e todos estavam alvoroçados com nossa presença.
— Então Gleorio, do que estão falando? — John aparece bem atrás.
— Estão comemorando o fato de termos visitantes de tão longe assim.
E rapidamente todos se alegraram, num frenesi repentino que para nós não havia sentido algum, uma espécie de ruído começou a tocar, mas mal conseguíamos ouvir, talvez fosse uma frequência alta ou baixa de mais para os ouvidos humanos, então Gleorio surge com uma espécie de aparelho auditivo hiper potente, e em questão de segundos, tudo foi ouvido. A tecnologia super avançada deles dava uma surra na nossa.
— Esse é o Grivak-876, vai expandir seus sentidos auditivos — Ele diz entregando o aparelho.
E ao colocar, o som se estabeleceu, era música, uma música estranha e muito alta, idêntica ao sinal que foi escutado pela estação espacial, mas dessa vez fora mais limpo, mais audível, e era incrível, tudo aqui era incrível.
— Comandante é isso! O sinal, é isso — Você grita animada(o)
— Nós encontramos — Sigo com um sorriso.
A felicidade e sensação de missão comprida fora maior que tudo no momento, e todos nós nos abraçamos comemorando em coletivo.
Tudo havia valido a pena, e nos permitimos festejar com os Gnorianos, e por alguns minutos foi perfeito, eu sentia uma paz que nunca havia sentido antes, com a música alta, os alienígenas comemorando conosco e minha tripulação a salvo e feliz, tudo estava indo muito bem até o momento presente, como se estivéssemos realmente em casa.
Mas logo a atenção foi roubada, e gritos estéricos começaram, mas não de medo, de felicidade, uma outra nave adentrara o planeta, uma nave grande e maravilhosa, toda espelhada, como se pudesse se camuflar no ambiente, haviam três propulsores, e era simplesmente magnífica, não havia outra palavra para destaca-lá.
A nave pousou distante de onde estávamos, e logo atrás, vinha guinchada nossa navezinha destruída.
De lá surgiu um Gnoriano, nada diferente dos outros aparentemente, mas sua atmosfera era diferente, ele tinha um caminhar rígido, e era incrivelmente bonito, tudo nele combinava, como se ele tivesse sido perfeitamente esculpido por um Deus.
Ele veio em nossa direção, e meu coração disparou, minhas mãos tremiam, e o ar me faltava. Parou bem à frente do Gleorio e falou.
— Oak niak friak eak priorak eak grak lak dyoak, eliak nuak vriak treuak goak ceak aryak.
Sua voz era grossa e suave, combinava perfeitamente com sua fisionomia perfeita. E apesar de ser a primeira vez que o vejo, senti algo estranho, uma familiaridade, sua voz me causou arrepios, como se já fosse conhecida a muito; mesmo sem conhecê-lo. E mesmos não fazendo ideia sobre o que estavam conversando, eu adorei ouvir.
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Atualizado até capítulo 23
Comments
Fujoshi_raiz
todos moles kkkkkkkkkk
2023-04-03
1
Fujoshi_raiz
Onde eu tô?
2023-04-03
1
Fujoshi_raiz
AAAAAAAA A GENTE VAI MORRER kkkkkkk
2023-04-03
1