cap 13

Bianca,

Estou com tanta raiva, com tanto ódio desses dois, que eu me perco na surra que estou dando nela, e a cada vez mais eu esfrego o seu rosto no asfalto, só mudando de um lado para o outro.

Minha satisfação está grande ao vê-la desse jeito. Só faltou tirar uma foto e postar nas redes.

— Para com isso... para, Bianca... para — ela grita, e grita cada vez mais alto, e algumas pessoas começam a olhar e outras a tirar fotos.

— Daqui a pouco eu paro, pode ficar tranquila.

Ela tenta se levantar, mas eu subo em cima dela, a fazendo de égua, deixando sua barriga para baixo, e começo a bater a cabeça dela no chão.

— Sua maluca, vai me matar ahhhhh me ajudem.

— Eu não tenho essa sorte, se eu pudesse te mataria, e nunca mais ouviria a sua voz imunda.

Ela tenta empurrar seu corpo com as mãos, mas eu forço tanto que consigo atingi-la, embora não com a força que eu queria.

Vou pegar uma de cada vez. Primeiro vou acabar com essa que era minha amiga e depois subo e jogo água quente no rosto e nas partes íntimas do traidor.

Ela se debate toda, tentando a todo custo sair do meu aperto.

Mas, de repente, um carro preto para bem perto de nós, quase atropelando os curiosos ali.

Quando eu olho, lá vem um cara encapuzado em nossa direção, me arranca de cima da Ingrid e me joga lá dentro.

Empurro ele com os pés, mas ele me dá um soco na cara e eu perco a consciência.

(...)

Abro os meus olhos e vejo que estou no galpão, no mesmo galpão do sonho, porém ele está diferente, é como se isso aqui não fosse a realidade.

Olho para o meu corpo e vejo que ainda não há marcas da tortura, então eles ainda não começaram.

Escuto o barulho da porta, e meus olhos viram na direção, e lá vem o meu cunhado, Caleb, com uma pequena serra na mão.

— Sabe, Bianca, eu nunca gostei de você. Fingia simpatia pelo meu irmão, mas sempre o alertei de que você não era uma boa moça. Mas, como você é rica, tivemos que colocar tudo em prática para ter direito ao seu patrimônio.

— Trabalhar também era uma opção, não era?

— Sim, era, mas duraria anos até chegarmos ao patamar da sua família. Então, você foi mais fácil.

A Ingrid entra bem na hora em que eu ia dar a resposta para ele, e já quero saber logo tudo.

— E você, Ingrid, muito impressionante, te trouxe para o meu lado para não sofrer na escola e na vida, e olha como você pagou.

Ela gargalha por um tempo, fazendo o Caleb acompanhá-la. E quando ela se recupera, começa a falar.

— Eu sofria na escola por sua culpa, Bianca, sua e das suas amiguinhas patricinhas. Porque todo mundo elogiava vocês, quem não fazia parte do seu círculo sofria nas mãos dos outros.

— E eu tinha culpa disso? Você vai me culpar por uma coisa dessas?

Ela sorri e vem chegando perto, com uma adaga na mão, e o primeiro corte é feito na minha perna.

Sinto a ardência e olho para baixo, vendo ela puxar o corte do pé até a ponta do meu joelho. Não é fundo, é apenas para deixar a marca na minha carne.

Tento mexer a minha perna e grito para que ela pare com isso, pois as lembranças do meu pesadelo começam a vir à minha mente a todo vapor.

O Caleb vem e dá um tapa na minha cara, dizendo para ela calar a boca ou ele vai urinar dentro dela.

Engulo o choro, tento não demonstrar o quanto estou com medo, medo de tudo aquilo se tornar real.

Fecho meus olhos, apertando forte. Isso não pode ser realidade. Devo estar sonhando novamente com isso.

— Quem mandou vocês fazerem isso comigo?

Eles se olham e ficam calados por um tempo.

— Se eu vou morrer, deveria saber quem vai me matar, não é? Anda, me fala quem quer me matar, Go Go Go.

— Você sempre com essa gracinha de Go Go Go. Agora o seu Go Go Go vai ser lá no inferno, maldita.

E levo um soco no estômago.

E a tortura começa, exatamente como sonhei. Cada parte do meu corpo sendo cortada, cada gota do meu sangue escorrendo para a beirada da cama. Vejo os dois ali, se divertindo com cada parte minha que eles destroem.

Vejo tudo até a hora de eu apagar, depois do banho de vinagre.

E como no meu sonho, mais uma vez, juro pela minha vida que um dia, um deles, eles vão me pagar, por cada gota de sangue derramado.

Todos, absolutamente todos que me traíram, terão seu dia de acerto de contas, e a artista serei eu.

Mais uma vez, sinto o meu corpo ceder às pancadas, mas antes de apagar completamente, escuto uma voz no meu ouvido.

— Acorde, docinho. Já está na hora de acordar."

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