Bianca
Acordo, o dia já está claro. Estou em uma casa que eu nem sei de quem é.
Vou me levantando vagarosamente, com muita dor em todo o meu corpo. Parece que fui atropelada por um carro.
As lembranças de ontem sumiram. A última coisa que me lembro foi o beijo forçado daquele nojento, e ele colocando algo na minha boca, foi isso que me apagou.
Caminho até a saída dessa casa. Olho para fora e não faço a menor ideia de onde seja esse lugar.
Mas eu preciso ir embora daqui.
Quando chego na rua, vejo um carro se aproximando e parando ao meu lado. Não olho, continuo andando com mais pressa.
Até que escuto aquela voz que me fez arrepiar.
— Oi, docinho.
Olho para o carro, ele para ao meu lado, e eu espero ele vir até mim, o que ele faz.
Ele sai do carro e vem caminhando até ficar bem perto.
— Onde você estava ontem? Você me disse que sempre estaria aqui quando eu precisasse.
— Muitas vezes, você responderá por suas atitudes. Quando algo acontece por acaso, eu estarei lá. Mas se você fizer por conta própria, eu não vou interferir.
— O que aconteceu ontem?
— Se você não se lembra, é melhor assim. Sua mente talvez esteja te poupando de uma decepção. Mas você não me ouviu, disse para você não confiar nas pessoas, e você continua agindo do mesmo jeito.
Ele sorri e pega na minha mão, me levando até o carro. Eu vou seguindo ele.
Ele abre a porta do passageiro, eu me sento, e ele me leva de volta para a casa de onde acabei de sair.
Pergunto se a casa é dele. Ele diz que é alugada e que só ficará alguns dias, esperando por algo.
Chegamos à casa, ele me dá um prato com algumas frutas para comer.
— Precisa se alimentar com comidas mais saudáveis, pois seu corpo precisa disso para se manter forte.
Como tudo e, assim que termino, ele pega na minha mão e me leva novamente para o carro.
Ele diz que me levará para casa, mas digo que não quero ir, que vou para a casa da Ingrid.
Vejo ele apertando o volante com força, os nós dos dedos dele ficam brancos. Fico curiosa para saber por que ele está assim, mas tenho medo de perguntar.
Poucos segundos depois, ele relaxa e seguimos para a casa da Ingrid.
Chegando lá, agradeço por tudo que ele fez. Desço do carro e, ao fechar a porta, ele me chama.
— Cuidado com as suas escolhas, Bianca. Não confie em qualquer pessoa, mesmo as antigas. Elas podem estar te usando e logo te farão sofrer.
Ele sai sem me deixar perguntar nada.
Fico olhando ele se afastar, suas palavras ecoam na minha mente.
Como já disse ao porteiro, vou morar aqui com a Ingrid. Ele simplesmente abre o portão para mim e eu entro.
Assim que passo pela porta do quarto dela, ouço gemidos.
Sim, ela ainda está feliz rsrs.
Quando toco a maçaneta do meu quarto, ouço ela gemer um nome que me paralisa.
— Ahhh Heitor... Estou gozando.
O quê? Eles não...
O sangue sobe à minha cabeça na mesma hora. Não vejo mais nada e vou rapidamente até o quarto dela, que está entreaberto.
Abro a porta de uma vez. Ela está em cima dele, e ele deitado.
Vou até ela e a puxo pelo cabelo, afastando-a dele.
— Por que você está fazendo isso comigo?
— Porque ele é gostoso, e você não merece ele.
— Que amiga você é? Fura-olho?
— Sempre dividimos tudo, Bia. Por que não dividiríamos o Heitor também?
Olho para ela, decepcionada. Viro as costas e antes de sair, ela fala.
— Isso, bunda mole. Vai embora chorar, é só isso que você sabe fazer mesmo.
Fico cega, não vejo mais nada.
Volto até ela e pego novamente em seu cabelo. Ela tenta se esquivar, mas fiz algumas aulas de defesa pessoal e sei bem o que vou fazer.
Saio arrastando ela até o elevador, as pessoas começam a sair de suas portas ao ouvir os gritos dela pedindo socorro.
Engraçado, quando estava em cima do meu marido, não estava pedindo socorro.
Entro no elevador e ela se debate, gritando para eu soltá-la e me ameaçando.
Nunca pensei que brigaria por causa de um homem, mas enquanto eu estava lá presa naquele carro, ela nem se deu ao trabalho de ir atrás de mim ou querer saber onde eu estava.
Mas é claro, ela estava tão bem acompanhada que não precisaria se preocupar comigo.
Chego no andar de baixo e sempre tive o desejo de esfregar a cara de alguém no asfalto. Vamos ver como é que é.
Vou até a beirada da rua. Os carros que passam desviam da gente e estamos chamando muita atenção. A Ingrid está pelada e sendo arrastada pelos cabelos como uma verdadeira prostituta.
— Eu te dei a minha amizade, eu te dei tudo o que podia. E mesmo assim, você me traiu com o Heitor. Agora vai pagar caro por isso.
— Me solta, sua louca! Você está me machucando, para com isso, Bianca.
— Não se preocupe, Ingrid. Vou parar, mas só quando a sua cara estiver desenhada nesse asfalto e o asfalto desenhado na tua cara.
A cada grito dela, sinto mais vontade de continuar.
Pego pelos cabelos e a arrasto para frente e para trás, deixando-a totalmente raspada.
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Atualizado até capítulo 101
Comments
Imaculada Nova Messias
o estranho só quer te ajudar bianca mas não pode escolher por você????🤔 esta escolha tem que partir de você tipo isto aqui ou está amizade não mim acrescenta nada então prefiro mim afastar entendeu 😒 você só você pode mudar e ninguém mais 🤦🏽♀️
2025-02-21
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Imaculada Nova Messias
exato estranho a bianca é impulsiva manipulável e si deixa levar por qualquer um até parece que ela não tem vontade própria 😡 não mede as consequências 😳 sabe si lá o que fizeram com ela enquanto esteve fora de órbita 🤦🏽♀️ quero nem imaginar 🤢
2025-02-21
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Imaculada Nova Messias
ate aqui tô adorando a sua atitude bianca mesmo que chore depois mas agora é o momento de extravasar toda sua raiva e decepção deixa sair põe tudo pra fora e toma cuidado com a retaliação 🤢😡😤
2025-02-22
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