cap 11

BIANCA

Não estou acreditando nisso, meu próprio pai contra mim, para ficar ao lado de um homem que é um estranho?

— Ele disse que não te traiu, estava falando com um cliente dele, e você pensou besteira, o que trouxe até o casal aqui para você conhecer.

— Como ele mesmo me falou ontem, você tem rabo preso com ele, não é pai?

Meu pai olha para ele, e ele balança a cabeça negando.

— Não tenho rabo preso com ninguém, ele está mentindo.

— Ah! Então, nesse caso, ele está mentindo? Pois ele me falou que o senhor estava nas mãos dele, e agora eu acredito, senão o senhor não me tiraria da presidência.

Meu pai se aproxima de mim, e me olha nos meus olhos.

— Não tenho que te dar explicações de nada, só cumpra a sua parte nesse casamento, está tudo certo, espero que você não me decepcione.

— Está bem, pai, só espero que um dia você pague essa dívida com ele, antes de perder até as cuecas para o Heitor, e espero que você não se arrependa do que está fazendo comigo, porque o passado não volta para consertarmos.

Viro as costas para sair dali, meu pai grita me chamando, e a Ingrid vem segurar o meu braço.

— Me solta!!!

— Calma, vou te levar para casa, está tudo bem.

— Não vou para casa, vou para outro lugar bem longe deles.

— Tudo bem, vamos para o meu apartamento, e você fica lá uns dias, até se acalmar.

Concordo com ela, e vamos embora da empresa.

Na saída, Caleb aparece, ele sorri para mim e pisca para a Ingrid, e seguimos para fora da empresa, e ele entra.

No caminho, meu pai me liga várias vezes, e eu não atendo, decido então bloquear o número dele, foi ele quem escolheu o traidor.

Chegamos no apartamento dela e subimos direto.

No apartamento dela tem dois quartos, ela disse que eu poderia ficar aqui o quanto tempo eu precisasse, desde que eu não ligasse para os gemidos à noite, já que de vez em quando, ela traz homens para cá.

Eu não ligo, alguém tem que ser feliz nessa vida, não é mesmo?

Ela sugeriu uma noite de mulheres, eu concordo, quero extravasar.

Então, nos arrumamos e saímos para uma casa de show, um pouco distante dali, onde ninguém nos conheça.

Ela chama um táxi, porque diz que também vai beber e não quer nenhum acidente.

O táxi chega, e seguimos para a nossa noite das garotas.

— Quero que você se divirta bastante, Bia, esqueça todos os seus problemas, desconte tudo na bebida.

— E vou, vou sair dali com mais álcool no corpo do que o tanque desse táxi.

Nós rimos, e o taxista também ri, e me olha pelo retrovisor, e eu reparo bem para ver se é o mesmo homem do outro dia, que todas as vezes, eu me esqueço de perguntar o seu nome.

Eu fico tão nervosa do lado dele, que nem me lembro de perguntar.

Chegamos na casa de show, eu pago o táxi, e saímos em direção à entrada.

Vamos direto para o bar, como foi combinado, vamos beber e nos divertir a noite toda.

— Isso está muito bom, está delicioso.

— Concordo, dá vontade até de madrugar, não é?

— Sim, vamos dançar?

E começamos a dançar sozinhas ali, e só paramos quando a bebida acaba do copo.

Digo a ela que vou ao banheiro, e quando eu voltar, nós continuaremos a dançar.

Vou às pressas, porque o xixi já está quase escapando.

Terminando, me enxugo e saio às pressas, pois não quero perder nada dessa noite.

Volto próximo da Ingrid, e a minha bebida já está no balcão.

E começo a beber, isso é muito gostoso, como nunca provei isso antes?

— Bia, tem dois gatinhos ali que não tiram os olhos da gente. O que você acha?

— Não quero, Ingrid, hoje não quero saber de homem nenhum, a não ser beber.

Ela sorri, e vamos dançar.

Mas, no meio da dança, os dois homens se aproximam da gente, e começam a dançar perto de nós, e aos poucos vão se aproximando cada vez mais, até chegar perto de nós.

Termino a minha bebida, e vou para o bar. Ela continua lá dançando, e eu sinto a minha cabeça começar a girar.

Paro de andar, e coloco a mão na cabeça, o meu estômago até embrulha com isso.

Vou até o balcão e me sento, fecho meus olhos, e espero a sensação passar.

Mas não passa, parece que só piora, e meu corpo começa a esquentar, e eu vou ficando suada e com falta de ar.

O homem se aproxima de mim, e se senta do meu lado.

— Oi, linda, não quer mais dançar?

— Não, eu não estou bem.

— Essa bebida pega muito rápido mesmo, tem que beber uma bebida mais leve para não ficar bêbada rápido. Quer ir lá para fora respirar um pouco?

Concordo com ele, ele pega na minha mão, e me leva para fora. A brisa tocando meu rosto me dá uma sensação de alívio.

Mas o meu corpo começa a esquentar, e eu nem sei como fazer isso parar.

— Parece que alguma coisa está te incomodando, posso te ajudar?

Balanço minha cabeça negando.

— Vem, linda, meu carro tem ar condicionado.

— Não, obrigada, aqui estou bem, só esperar mais um pouco, que logo isso passa.

— Pelo jeito, não vai passar, você precisa de muito vento para acalmar seu corpo, que está quente.

Ele pega na minha mão, e vai me levando até o carro, e ele já vai ligando o ar condicionado.

Ele me oferece um comprimido, eu nego. Não sei o que é isso.

Ele se aproxima de mim, e me beija, sem eu nem esperar, e enfia uma coisa na minha boca com a sua língua.

Tento sair do beijo, para cuspir aquilo, mas ele me prende pela nuca, apertando e afundando mais o beijo, e eu acabo engolindo aquilo.

Tento abrir a porta do carro, e ele travou, começo a sentir meu corpo mole, minha visão embaçar, e acabo apagando...

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