cap 15 Henry

HENRY

Me chamo Henry Aguiar, sou chefe da máfia boliviana, tenho 32 anos, sou viúvo e pai de uma princesa de 12 anos chamada Isadora. Ela é a minha vida, e se ainda me mantenho em pé e vivo, e por ela, pois não posso deixa-la sozinha, principalmente com tudo que está acontecendo hoje em dia aqui na Bolívia.

Meu pai era boliviano, e minha mãe italiana. Puxei todos os traços dela, exceto a cor dos meus cabelos, que é do meu pai, já que minha mãe era loira.

Foi em uma viagem de passeio da minha mãe aqui na Bolívia, que os dois se apaixonaram, e depois ele descobriu que ela não era uma mulher comum, minha mãe era daquelas mulheres que parecem ser mansinha, mas, quando mexia com ela, ficava pior que o meu pai, que era o verdadeiro Mafioso.

Hoje, tenho minha filha, meu irmão e minha sobrinha. Ela e minha filha não se desgrudam. Já falei para o meu irmão que vou adotar a Aline, já que ela vive mais aqui na minha casa do que na casa dela.

Meu irmão também é pai solteiro. A mãe de Aline foi embora e a deixou com o pai para conhecer o mundo.

Descobrimos que ela o traiu e a eliminamos.

Traidores aqui não têm vez e nunca terão.

Há cerca de 3 anos, um acidente de carro matou minha esposa. Investiguei e descobri que foi intencional. Foi uma espécie de vingança pelo que meu pai fez no passado.

Anos atrás, meu pai estava indo encontrar um novo aliado no Brasil para montar uma máfia lá. Ele resolveu ir de carro, mas o tempo estava chuvoso e nebuloso. A visibilidade ficou péssima. Ele deveria ter parado, mas continuou e bateu em um carro que já havia colidido com um caminhão. O carro do meu pai foi esmagado e afundou sob o caminhão, matando o motorista instantaneamente.

Outro carro bateu na traseira do carro do meu pai, e o caminhão capotou em cima dos dois carros.

O marido da motorista descobriu que sou filho daquele homem e planejou me matar como vingança. No entanto, minha esposa estava com pressa para uma consulta médica, então ela estava na frente com seguranças. Infelizmente, todos os carros pegaram fogo e todos morreram.

Tenho todos os documentos da família Silva comigo. Pelo que vejo, a filha vai se casar em alguns dias. O rapaz só quer o dinheiro dela e a chantageou para se casar com ele. Coitada, já está nessa situação logo após o casamento.

A empresa de advocacia era da mãe dela, que já havia estabelecido o império quando o pai se aproximou.

Decido buscá-la e trazê-la para cá para assustar o pai. Não vou machucá-la, não desejo vingança contra um inocente. Quero o pai dela; ela será apenas a isca para atraí-lo.

Preparo tudo e agendo minha viagem para daqui a 5 dias. Esperarei que ela se case antes de trazê-la.

"Pai..." Minha princesinha bate na porta.

"Pai, a Aline vai dormir aqui comigo, está bem?"

"E quando não está? Ela nem mora na casa dela, mora aqui com você."

"Somos amigas, pai, por isso ela dorme aqui. Somos inseparáveis."

Concordo balançando a cabeça, e ela me abraça, quase me sufocando.

Isadora é a única que ainda consegue me fazer sorrir de verdade. Raramente sorrio genuinamente para alguém, a menos que seja um sorriso falso, cínico ou malévolo.

Guardo minhas coisas na pasta, a coloco no cofre e vou jantar com minhas meninas. Após o jantar, vamos dormir. Mas o sono não vem e fico olhando para o teto. Espero que essa mulher não me dê problemas. Caso contrário, vou ter que mantê-la em cativeiro até que seu pai venha buscá-la.

Ouço falar da sua promoção, o que complica um pouco minha abordagem.

Embora pudesse sequestrá-lo, não costumo fazer isso com meus inimigos. Prefiro jogos e adoro a caça. Lanço a isca, e o peixe vem até mim.

Agoniado, me levanto, tomo um banho e começo a planejar como trazer a filha de Silva para mim.

Termino o banho, vou até a cozinha, pego algo para comer e vou para o escritório. Não como na mesa quando estou sozinho. Sempre compartilhei as refeições com alguém.

No escritório, pego a pasta com os documentos novamente. Olho bem para a foto da senhorita Silva. Ela é bonita e, se for também sedutora, qualquer um se renderá aos seus encantos.

(...)

Os dias passam e estou pronto para trazer uma noiva para minha casa. Espero que ele não demore a vir atrás dela, pois preciso resolver essa questão antes de perder a paciência.

Pego tudo que preciso e viajo para São Paulo em busca da minha isca. Ela ficará comigo o tempo que for necessário. Não a tocarei, contanto que ela se comporte e não traga problemas. Não quero perder o controle.

Chego em São Paulo e me instalo em um hotel. Aguardo o momento certo para pegar minha presa.

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