Capítulo 18

Nada poderia ter preparado a garota para a vista de Atlantis. Embora milhões de rascunhos tenham sido feitos ao longo dos anos, nenhum conseguiu colocar no papel a grandiosidade da capital. Era algo de outro mundo, atemporal.

Ao redor da cidade havia grandes montanhas que dificultariam o trabalho de qualquer invasor. Na frente um grande edifício se erguia majestosamente, como aqueles construções em frente aos castelos britânicos, com grandes cascatas de água caindo no oceano. Uma ponte levava a entrada, que não tinha portão a mostra, pobres soldados, deviam ficar de guarda 24hrs por dia. De cada lado da ponte havia duas grandes estátuas de anjos, um segurava uma espada como um soldado pronto para a batalha, e o outro segurava um livro aberto.

— Bem vinda a Atlantis. — Anunciou uma voz atrás dela.

Anastasia se virou apenas para ver James, ele a observava com uma expressão contemplativa no rosto.

— A estrutura é tão linda. Quem projetou? — a garota perguntou.

— Grande parte foi Poseidon, mas devido aos acontecimentos que ocorreu, muita coisa desabou e o rei teve que reconstruir a sua própria maneira. — James respondeu.

Mais uma corneta soou, tirando a atenção de Anastasia do rapaz. Com essa corneta, o navio parou. Eles estavam em frente a grande ponte que ia em direção ao portão.

— Por que eles tocam essa corneta?

— A primeira foi porque um navio estava se aproximando do reino. Eles viram os símbolos reais no navio, então a segunda corneta foi uma homenagem a realeza que está no navio, no caso Cecily.

Quanto respeito esse povo tinha pela monarquia, ou seria tudo obrigação? As vezes essas duas linhas acabavam se entrelaçando.

Um monte de soldados ja tinham se aproximado do navio, e isso meio que fez o sangue de Anastasia gelar. Ela não havia feito nada de errado, mas eles pareciam assustadores nas armaduras de metais e o grande espadão preso nas costas. Mais um motivo para o medo da garota era o fato de que ela assistiu a séries medievais o suficiente para saber o quão brutais e sedentos de sangue eles costumavam ser, qualquer coisa era motivo para batalhas.

Anastasia notou que uma escada havia sido posta na borda do navio, e Cecily já estava descendo.

Quando a garota chegou ao solo, todos os soldados se abaixaram sicronizadamente em uma saudação majestosa, e foi algo realmente bonito de se ver. Não pareceu exagerado ou desajeitado como Anastasia, apenas bonito e respeitoso. Logo após Cecily, Atlas também desceu, basicamente saltando 3 degraus de vez.

— Vá, eu estarei logo atrás. — James a encorajou.

Com um suspiro, Anastasia desceu as escadas. Ele pode sentir o olhar dos soldados cravando buracos em sua pele, todos eles pareciam preparados para pular em sua garganta. Deus, isso era assustador pra caralho dava pra correr?

Não, Anastasia não correria apenas porque soldados estavam a encarando, ela precisava ser mais corajosa pelo amor de deus. Ao chegar no solo, ela realmente não sabia o que fazer. Não parecia correto comprimentar eles com um aceno de mão e tão pouco perguntar como o dia deles tinha sido, ela provavelmente não gostaria da resposta.

James aterrissou com um salto ao lado da garota, arrancando um olhar arregalado dela. Como diabos eles faziam isso?

— Quem é a garota, De Raaf? — Um dos soldados perguntou, ele tinha uma voz grossa e sua armadura era diferente da dos demais. Os outros tinham armaduras simples da cor prata com tecido azul a vista. A dele era tinha uma cor escura com desenhos dourados intrincados, o pano a vista era vermelho com detalhes dourados nas bordas. Ele provavelmente era o líder.

Era curioso ele estar questionando a James, e não Cecily. Afinal, ela era a princesa.

— Capitão da guarda real. — James fez um aceno com a cabeça em forma de respeito. — Essa é Sotiras. Anastasia, a garota da profecia.

O que diabos era Sotiras? Ela perguntaria isso a ele mais tarde. Anastasia esperava que o Capitão risse, ou até dissesse que era mentira, mas ele permaneceu com o rosto impassível. Atrás deles, alguns dos guardas estavam com caras céticas, outros encaravam a garota com expressões incrédulas. Bem, ela também estava incrédula.

— E o que comprava tal coisa? Impostores existem, De Raaf. — O rosto do guarda permanecia inexpressivo.

— Ela apareceu nas águas de Atlantis em um barco naufragado, com costumes e roupas de outra dimensão. — Atlas se intrometeu.

— E isso é a sua prova? Ela pode ser absolutamente qualquer uma.

Não ironicamente, o guarda estava certo. Nem mesmo Anastasia acreditaria no argumento de Atlas.

— A única forma de provar é levar ela até o rei. Veremos se ela consegue despertar sua Psychi. — Atlas respondeu.

— Psychi? — Ela não fazia ideia do que era Psychi, e seja lá o que fosse isso, Anastasia com certeza não tinha.

— Os deuses abençoaram a garota da profecia com a Psychi. Apenas outra palavra para psique. Dessa forma, você supostamente seria capaz de controlar a psique. — Disse Atlas.

— Se sua Psychi não se manifestar, o rei irá prendê-la no calabouço com apenas pão e água até que você morra aos poucos. — A voz do soldado era assustadora. Anastasia arregalou os olhos, ela não tinha nenhuma habilidade mágica capaz de controlar a psique. Se tivesse, já teria se manifestado a anos.

— Nao….

— Nos leve até a sala do trono, Dain. — Cecily cortou as palavras de Anastasia.

A garota lançou um olhar assassino a princesa e abriu a boca para negar novamente, mas o Guarda já havia se virado, um sorriso de cobra em seu rosto. Deuses, era esse o fim da garota.

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