Anastasia acenou.
— Voltando as regras de sobrevivência. — Cecily voltou a se sentar na poltrona. Era engraçado como cada movimento dela deixava claro que ela era uma princesa, seus passos eram charmosos e elegante, a sua postura na poltrona fazia com que ela parecesse uma rainha em um trono. — Nao sei se você já chegou a isso em seu cérebro, mas as pessoas de Atlantis não são pessoas normais como as da sua realidade.
— Isso eu claramente percebi. — Eles eram loucos, e Anastasia nem precisava de um QI avançado para perceber isso. Mas ela não falaria isso em voz alta.
Cecily parecia astuta demais para não perceber a ironia de Anastasia, a garota provavelmente não levou como algo digno de seu tempo e decidiu ignorar.
— Algumas pessoas em Atlantis tem poderes. A causa pode variar, geralmente é uma maldição carregada na família por séculos. Também pode ser uma benção, onde os mais fortes nascem com poderes adormecidos que podem ser despertados e controlados com uma runa de alma. E, muito raramente, pode ocorrer uma mudança na genética, quando isso acontece as pessoas já nascem com os poderes despertados e podem controlá-los como bem quiser.
Novamente, Anastasia acenou com a cabeça. Ela sequer tinha palavras para isso tudo.
— Não vá se meter em brigas pensando que o máximo que você pode ganhar é um olho roxo ou um corpo dolorido. — Cecília advertiu. — Essas pessoas podem causar um estrago real, como por exemplo danificar sua alma para sempre.
— Isso é bem convidativo da sua parte. — Anastasia murmurou. Ela fez uma anotação mental para de forma alguma causar intrigas com qualquer morador de Atlantis. — Você tem poderes? James? Gustav? O loirinho?
O corpo de Cecily visivelmente se retesou por alguns segundos, algo tão rápido
— Não, não tenho. E nem James ou Atlas. James é o espadachim, considerado o melhor guerreiro do reino, ele derrotou sem esforço homens bem mais velhos ou poderosos que ele, O Conquistador do Rei. E Atlas compensa com todo o seu conhecimento e engenhocas.
Então James era um guerreiro? Um soldado que lutava batalhas sangrentas? Isso é algo que sequer se passou pela cabeça da garota. Mas fazia sentido, ele parecia cavalheiresco como os soldados que ela lia em contos de fadas.
—Você não citou Gustav. — Anastasia não conseguiu evitar a curiosidade em relação ao homem extremamente assustador e de alguma forma dramático.
— Ele tem poderes. Alguns consideram uma benção e outros uma maldição. Seu poder é como ele, ninguém é capaz de entender e extremamente letal.
Ah, que legal, ele ficava mais assustador a cada segundo. Já não bastava ter uma personalidade terrível e um aparente desejo pelo sangue dos outros, ele tinha que ter um poder tão assustador quanto sua personalidade.
— Qual é o poder dele?
— Controle das trevas. Ele é capaz de criar e manipular escuridão, até mesmo se transformar nelas. Ninguém sabe a extensão de seus poderes ou tudo que ele é capaz de fazer, nunca foi visto antes, não por um bom tempo. Os registros que existem foram perdidos ou são extremamente vagos.
Quão azarados, os Deuses realmente os abandonaram se deixaram um poder desses na mão de Gustav.
Uma leve batida na porta chamou a atenção das garotas, ambas viraram o rosto para ver Atlas entrando no quarto com um grande pergaminho na mão. Ele mal prestou atenção nas garotas, apenas caminhou até a cama e abriu o pergaminho, o estendendo sobre a colcha branca. O rosto de Cecily se retorceu, ela claramente ignorava suas ações mas decidiu ficar calada.
Depois de largar o pergaminho na cama, ele se virou para Cecily e Anastasia, as mãos no bolso. O garoto havia retirado o casaco que usará mais cedo, agora ele estava com um colete simples que tinha alguns furos no peito.
— Anastasia, você parece bem, como alguém do século quinze. — O garoto disse.
A garota acenou a cabeça em agradecimento, não sabendo muito como reagir a elogios.
— Você explicou a ela as coisas, sua alteza? — Altas perguntou a Cecily.
— Sim. — Cecily disse.
— Ótimo. Eu pensei que um mapa poderia ajudá-la a compreender melhor. Venha, Annie, se aproxime.
Anastasia ergueu as sobrancelhas para o apelido, mas não falou nada sobre. Ela se aproximou da cama, para ver o mapa. Era muito diferente do mapa da terra, como ela estava acostumada a ver. No planeta terra, existia 6 grandes continentes. Aqui, existia apenas 3. Ao redor dele, tinha várias pequenas ilhas, 12 ao total. Engraçado, era um número bem específico para a mitologia grega.
— Os 3 grandes e os 12 olimpianos?— Anastasia perguntou.
Atlas abriu um grande sorriso, a cabeça balançando em aprovação.
— Você é uma garota esperta. Temos 3 continentes, cada um representando um dos 3 grandes. E 12 ilhas que representam os 12 olimpianos.
— Atlantis obviamente representa Poseidon.
— Isso ai. Além de Atlantis, existe Olímpia. — Ele apontou para a região no mapa. Era um grande continente rodeado por montanhas. — Seu representante é Zeus, e a monarquia não funciona como aqui. Existe o herdeiro, filho do rei, mas ele precisa conquistar seu lugar no trono. Quando o antigo rei morre, generais e outras pessoas que estão bem acima na hierarquia podem duelar contra o herdeiro, eles irão lutar no coliseu até a morte, e o ganhador será o rei.
— Como os antigos sultões? — Anastasia perguntou.
— Visto que você está em 1416, não tão antigos assim. Mas sim, exatamente como eles. — Atlas respondeu. Dessa vez, ele apontou para outra região no mapa. — Aqui é Plutão. Uma rainha muito antiga e muito poderosa governa esse continente, ela não tem herdeiros, então todos imaginam que ela mesma escolherá alguém, por isso todos tentam ganhar a sua graça. Na minha opinião? Estão perdendo seu tempo tentando a conquistar, se ela nao morreu até agora não morre mais.
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Atualizado até capítulo 37
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