Capítulo 3

Confusa, Anastasia se virou, só então percebendo a figura pequena de Evie se aproximando. A garota estava com uma carranca ranzinza no rosto, o que significava que provavelmente estava a procura de Anastasia a mais tempo do que gostaria. Pobre garota, tendo que aceitar as ordens da mãe de Annie e correr pra lá e pra cá realizando seus caprichos, Anastasia até se sentia um pouco mal por aumentar seu trabalho.

— Oi, Eveline. — Anastasia abriu um grande sorriso. — Eu estava conversando com… — A garota se virou para acenar em direção ao rapaz, mas ele havia desaparecido.

Confusa, Anastasia olhou ao redor, procurando por James, como diabos ele saiu tão rápido?

— Ah, cale a boca.

Oh? Certo.

— Evie...

— Veja bem, — Eveline cortou suas palavras. — Eu falarei apenas uma vez e você irá ouvir.

Anastasia apenas acenou com a cabeça, ela não tinha outra escolha e nem estava com vontade de discutir, não quando sua cabeça estava tentando compreender como James saiu sem que ela morasse em questão de segundos.

— Eu sou apenas uma estagiária, estou seguindo sua mãe pra lá e pra cá porque tenho sonhos. É para realizar esses sonhos, ela é a minha maior ajuda. A mulher é uma pessoa insuportável? De fato, mas devo ignorar quem ela é como pessoa e me concentrar em seu lado no trabalho, que é incrível. Sonho em um dia ter tanto talento quanto aquela desgraçada. — Anastasia riu com a escolha de palavras, recebendo uma carranca de Evie. — Não dificulte minha vida, Cecily. Me fazendo correr atrás de você e ouvir sermões de sua mãe, como se cuidar de uma garota de 21 anos fosse me ajudar em memorizar nomes de plantas!

— Não sei como você ainda está disposta a ser aprendiz dela, outras pessoas te ajudariam.

Evie parecia derrotada.

— Eles não tem o nome dela.

— Você sempre pode recorrer a história, o curso não inclui uma Anastasia pra você correr atrás.

Ela riu.

— Vou considerar, agora venha. Sua mãe está a procurando, o jantar vai começar.

— Se ela me forçar a sentar ao lado de Henry, não serei capaz de colocar um grão de comida na boca.

— Ah, eu confio em você.

Ela se sentou ao lado de Henry. E honestamente? a garota deveria ganhar um nobel, ela aturou todo o papo insuportável do garoto, com tentativas broxante de flerte e não vomitou a comida em cima dele! Henry era um cara bonito, seu cabelo loiro caído no rosto com olhos verdes penetrantes eram realmente algo. Ele também tinha uma boa pegada, Anastasia havia ficado com ele uma vez aos 17 anos e ainda não tinha esquecido a forma como ele fez seu corpo inteiro ficar em chamas, mas era só ele abrir a boca... Ambos discordavam em tudo. E tinha toda a bagagem que vinha com ele, seu pai insuportável e toda a família com opniões que oprimiam inúmeras minoria. No fundo, Anastasia sabia que só o rejeitava com tanto afinco pelo fato de sua mãe o apoiar. Ela queria escolher alguém por conta própria, e não alguém que sua mãe queria, a garota não conseguiria viver com o pensamento de só ter feito aquela escolha para agradar a mãe em algo, já que a decepcionava em tudo que se propunha a fazer.

— Ei. — Evie murmurou, na cama ao lado. O jantar tinha acabado a alguns minutos e ambas se encontravam na cabine que dividiam.

— Ei. Cansada? — Anastasia perguntou.

— Muito, correr atrás da filha da chefe costuma ser cansativo, sabe?

Anastasia arremessou um travesseiro na garota, a fazendo rir.

— Idiota.

Evie jogou o travesseiro novamente em Anastasia.

— E você? Porque ainda não dormiu?

— Henry.

— Bom Deus! Você vai sair com ele? Marcaram um encontro clandestino?

— Nem se a própria Afrodite mandasse. Estou pensando em formas de o assassinar. Será que ele me agradeceria se eu o jogasse na água? Ele parece gostar tanto. — O tom de Anastasia era cinico.

— Garota, teu mal é sono.

Isso fez com que Anastasia risse.

— Ei, Evie.

— Sim?

— Você conhece um garoto chamado James?

— James? Depende.

— Um James que está nesse navio.

— Você deve ter se confundido, não tem nenhum James nesse navio.

— E como você saberia com tanta certeza?

— Sua mãe me fez decorar uma lista com o nome de todos e seus gostos, para que eu tivesse o que falar com eles.

— Ou para bajular eles.

— Mais precisamente, sim. — A garota fez um muxoxo, provavelmente amaldiçoando a mãe de Anastasia em várias línguas. — Mas porque a pergunta?

— Nada. Você acha que pode ter entrado alguém de fora da lista?

— É possível. Mas espero que não, sua mãe surtaria por não estar tudo como deve estar, é isso me faria surtar.

Anastasia ficou um silêncio, um sentimento estranho em sua barriga. Talvez fosse o jantar de hoje mais cedo, ou o fato de algo não ter acontecido conforme os planos de sua mãe. A garota sabia que nada passava despercebido por Nadine, e o fato de ter uma rapaz que não estava na lista a assustava. Mas quem sabe a mãe mudou de ideia e o convidou de última hora? Ou um de seus convidados decidiu trazer um filho. Anastasia estava lendo muitos livros de mistério, apenas isso.

— Boa noite, Anastasia.

— Boa noite, minha carcereira.

Anastasia ouviu a risada de Evie antes de cair no sono.

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