Mel!

Antônio fechou a porta do quarto devagar é correu para o banheiro seu rosto estava pegando fogo, não só rosto as pontas dos dedos é as mãos onde haviam encostado em Luana o cheiro dela estava ao seu redor.

— O que eu fiz... se Maria não tivesse me chamado, o que eu teria feito? meu senhor... estou enlouquecendo!

Antônio tirou a roupa apressado é entrou na banheira fechou os olhos é tentou esquecer, mais toda vez que ela fechava os olhos via os lábios de Luana.

— Não, não eu me recuso a... desejar a preceptora... Eu sei como é difícil encontrar uma... eu sei como é difícil! não vai acabar bem eu tenho que me afastar...

Naquela noite Antônio não consegui dormir bem, mas quando caiu no sono teve lindos sonhos.

...♡♡♡...

Luana acordou com alguém a sacudindo, então ela falou baixo com os olhos entreabertos.

— O que aconteceu?

— Luana já está tarde daqui a pouco Maria desce para a aula — retrucou Leonor.

— Verdade? — perguntou Luana é fechou os olhos novamente.

— Luana... quer ser mandada embora? — rosnou a babá sacudindo a jovem.

Luana arregalou os olhos é pulou da cama.

— Céus, não, não eu perdi a hora dormi tarde demais ontem.

— Qual o motivo?

— Ah...— Luana lembrou do motivo, eram belos olhos negros que a deixaram alerta. — Foi só...

— Não se preocupe Luana eu sei...

— Sabe? — o coração da jovem parou.

— Sei que está triste por causa da sua amiga

— Sim, também

— Também?

— Leonor obrigada por me chamar, mas agora preciso me arrumar. — Luana comentou empurrando a amiga para fora do quarto.

— Tá certo

Quando Leonor saiu, a preceptora suspirou alto com a mão no peito, como se quase tivesse sido pega fazendo algo errado.

— Eu não fiz nada errado! fiz?

Luana apressou-se estava de vestido vermelho é cabelos presos num coque baixo, então ela correu em direção ao jardim, mas escorregou antes de chegar lá, no meio da cozinha é caiu no chão.

Ai! — exclamou Luana. — Pelo luar! — rosnou Luana ainda no chão

Antônio aproximou-se com um olhar preocupado. — Senhorita está... — Antes que ele pudesse terminar a frase deslizou é levou um tombo caindo de frente para Luana. A jovem tentou segurar o riso, mas não conseguiu.

— Hahaha

— A senhorita... acha engraçado? — perguntou Antônio sentando-se.

Luana imediatamente calou-se é abaixo a cabeça.

— Desculpe-me senhor eu...

Antônio riu do constrangimento da preceptora, falando em seguida olhando para o chão. — isso é mel?

— Sim é mel... mas como veio parar aqui? — Luana constatou cheirando as mãos coberta do mesmo.

Antônio tentou levantar-se enquanto falava.

— Boa pergunta eu vou... Ai — mas caiu novamente, tirando risos de Luana.

— Cuidado senhor... hahaha

— Meu Deus! senhorita — exclamou Antônio com um sorrisinho.

— Desculpe... —Luana falou tentando fazer o mesmo é o fim foi igual é ela caiu de joelhos. De vez foi Antônio que riu alto fazendo Luana rir também.

— Hahaha

— Ai!... Senhor Antônio não é engraçado meu joelho!

— Eu a ajudo... — Antônio estendeu a mão para a mulher.

Luana a segurou é os dois tentaram levantar um pé aqui é outro acolá, mas um apoio o outro é deu certo os dois ficaram de pé.

Rápido Antônio tentou afastar-se da preceptora quando percebeu que estavam de mãos dadas, mas quando ele deu um passo para trás o mesmo deslizou, sem pensar bem Luana segurou a mão do patrão com toda a força é o puxou para si, assim ele veio com tudo escorregando na direção dela a levando para o chão junto com ele. Luana sentiu o coração palpitar quando o corpo do patrão caiu por cima do seu não era a primeira vez, mas agora era diferente ela conseguia sentir o constrangimento de Antônio ver os pequenos pelos do pescoço dele arrepiarem, assim como o seus, é o seu hálito quente tão próximo, aqueles olhos que encaravam o seus é derepente mudaram de direção agora encaravam sua boca, como se quiser devorá-la. Luana tentou falar, mas só consegui se perguntar em silêncio.

" O que ele está fazendo? porque não sai de cima de mim? porque está me olhando assim... o que ele quer...não, não!"

Então ela sentiu medo.

— Antônio! – Exclamou Luana empurrando Antônio de cima de si o fazendo deslizar para o lado com o rosto vermelho.

Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa Ana entrou na cozinha confusa.

– Por nossa senhora! O que aconteceu aqui?

— Cuidado senhora Ana, tem mel por toda a parte. — Luana falou alto, quase gritando, culpa dos acontecimentos recentes.

— Mel? quem derramou?

— Isso que eu queria saber! Ana chame Raul para nos ajudar a sair daqui. — Sibilou Antônio com uma carranca.

Foi rápido Raul jogou uma corda é arrastou primeiro Luana depois Antônio, assim que Luana conseguiu sair tirou os sapatos é apressou-se para o quarto sem olhar para trás. Seu coração batia tão alto que a mesma não podia escutar o barulho ao redor, quando ela entrou no quarto é trancou a porta sentou-se no chão sentindo-se como se houvesse várias borboletas bailando na sua barriga.

" Meu Deus o que está acontecendo comigo? "

A preceptora se encolheu é abraçou as pernas.

" Se ele estiver irritado? pode me mandar embora... tia Bárbara disse para não aproximar-se dele... como isso foi acontecer, até parece que ter o corpo dele sobre o meu é rotina... meu Deus o que eu estou falando? O que eu estou pensando? É se eu tivesse apenas esperado? ele teria mesmo encostado os lábios nos meus? não, não, eu não posso pensar nisso porque... se eu deixar que ele se aproxime mais vou sair daqui enxotada é com a reputação manchada!"

Luana tentou deixar de lado os pensamentos é correu para a banheira para tirar aquele mel do corpo, é quando acabou foi para o jardim atrás de Maria. Quando a preceptora se aproximou a garota a recebeu com um sorrisinho cínico.

— Bom dia senhorita Luana, porque demorou tanto?

— Bom dia tive um problema, vamos começar?

— Sim, claro o que vamos apreender hoje?

Uma voz impaciente falou atrás das duas.

— Educação! a mocinha está passando dos limites...

Quando Luana virou-se, viu um par de olhos negros que a fez arrepiar dos pés a cabeça.

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