Rua?

Aquela noite Luana não conseguiu dormir, estava preocupada, o seu corpo estava tenso parecia que se formava uma tempestade dentro daquela casa, mas a jovem não queria sucumbir no seu frio.

Deitada em posição fetal a mesma sonhou com banco da praça é como ele era frio é as pessoas que passavam a apontavam o dedo é riam dela, a jovem caiu da cama é acordou com o coração acelerado, nem o sol havia levantado.

" Por que não estou a conseguir controlar, esses sentimentos ruins que me invadem? "

" Não quero viver ao léu!"

Luana aproximou-se da janela é observou em silêncio o tempo fechado, a neblina não permitia ver um palmo a sua frente é involuntariamente Luana relembrou o dia que Bárbara, a confinou no internato logo após a morte de sua mãe. Ela era apenas uma criança.

Era um inverno rigoroso cuja o sol mal podia ser visto pela manhã, a seis anos atrás na porta do Internato a chuva encobria as lágrimas da pequena Luana, que soluçando, observava a tia ir embora sem amenos a dar um abraço, a única coisa que ela disse foi — Boas moças não opõem-se, obedecem! — A mulher falava com uma expressão fria como sempre.

— Pelo menos ela não me casou... — sussurrou a jovem vendo o próprio reflexo embaçado na vidraça da janela.

A preceptora sabia que em sua idade poucas moça ainda permaneciam solteiras, e se Bárbara quisesse a teria casado quando tivesse a maior idade aos quatorze anos, como a maioria das colegas do internato.

" Pelo luar! espero que não aconteça o mesmo com Clotilde."

...♡♡♡♡...

Horas depois quando Luana ouviu a porta do quarto de Ana abrir ela a seguiu de mansinho até a cozinha.

— Bom dia senhora Ana!

— Bom dia, senhorita Luana, acordou com galo hoje?

— Só estou mais disposta.

As duas ficaram em silêncio, mas quando o olhar das duas se cruzaram Luana percebeu um certo desconforto na mulher.

— Está tudo bem, senhora Ana?

— Bem, bem estou bem...— a mulher gaguejou.

Passos foram ouvidos é as duas trataram de se calar, ao chegar na porta da cozinha era Raul.

— Bom dia, senhorita Luana o senhor Antônio a espera no escritório dele. — falou o homem sem olhar para Luana, segurando a própria mão.

— Obrigada, estou indo. — Luana falou baixo, com o coração apertado.

Quando Luana deu as costas os dois empregados olharam-se.

— O senhor Antônio, vai mandá-la embora? — perguntou Ana

— Não sei... ontem a noite eu revirei tudo, mas não havia nenhum intruso

— Eu não acredito que a senhorita tem feito tal coisa — afirmou Ana.

— Nem eu, mas o patrão...

...●○●○...

Antônio estava no escritório batucando os dedos sob o a mesinha de madeira, sem perceber estava invadido pelas lembranças da noite passada, na hora que ele ouviu o barulho da janela abrindo ele teve a certeza que era Luana.

" Essa jovem não tem juízo, onde já se viu? encontra-se com um homem no jardim no meio da madrugada? Mesmo que Raul não tenha encontrado ninguém, eu ainda não acredito na inocência dela..."

Alguém bateu na porta de forma cautelosa.

— Com licença, mandou me chamar?

— Sim, sente-se. — Antônio respondeu é apontou para cadeira a sua frente — Senhorita Luana vou direto ao ponto, na minha casa eu não tolero esse tipo de comportamento de nenhum de meus funcionários, a senhorita sabia das regras não é? — Sibilou Antônio arqueando a sobrancelha.

A jovem apenas balançou a cabeça.

— Melhor assim, então me diga o que ai fazer no jardim aquela hora? — disparou o homem.

— Tomar... um ar — falou em um tom baixo a jovem.

— Tomar um ar? — perguntou com um sorrisinho cínico Antônio.

— Sim senhor...

— Senhorita Oliveira, eu prometi a sua tia que tentaria a manter nesse trabalho... — o homem olhou para Luana com uma carranca.

A jovem jurou que aquele olhar tinha mais repreensão que o da professora Cecília, é logo ela olhou para o chão.

— Desculpe, não irá repetir-se.

— Espero que sim, porque se houver próxima a senhorita estará demitida!

— Entendido senhor — Luana respondeu é mordeu o lábio inferior encarando os próprios sapatos.

— Senhorita Oliveira, não estrague sua reputação é nem a da minha casa.

— Com licença...— Luana abaixo a cabeça é saiu pensativa.

" Ele sabe! céus foi uma armadilha? o senhor Antônio estava me testando? ou ele realmente acha que eu estava a tentar me encontrar com algum rapaz? É não teve nadinha haver? "

Já Antônio falou olhando para a porta.

— Parece que essa tem menos juízo que a tia!

...●○●○...

Na hora das aulas com Maria, Luana percebeu que a garota estava chateada é não queria colaborar com a aula.

— Maria qual o problema? — Luana perguntou em um tom calmo, enquanto escrevia algo em sua mesa.

A garota levantou é foi em direção da preceptora é colocou as duas mãos sobre a mesa é olhou para Luana com raiva. — A senhorita é problema, porque não vai embora de uma vez! — a garota rosnou é bateu no vidro de tinta o derrubando em cima de Luana é correndo em seguida.

— Ai Maria! — Luana exclamou — Estragou meu vestido...— sussurrou a jovem.

A preceptora ficou um tempo em silêncio olhando para aquela enorme mancha no vestido.

"Está tentando me fazer desistir, não é? mas desde quando?"

— O que essa garota fez ontem?

Luana levantou-se com o semblante sério é foi atrás da garota, a procurou em toda a casa, mas não a achou, quando Luana chegou na cozinha os outros empregados estavam sentados cochichando, mas quando ela chegou eles pararam.

— Aconteceu algo? — perguntou Luana, cobrindo a mancha da tinta com as mãos.

— Não! — os três responderam em conjunto.

— Alguém viu Maria?

— Eu não vi, achei que estivesse com você. — respondeu Leonor.

— Estava, mas fez birra é saiu correndo que garotinha...

Derepente uma voz grossa falou atrás de Luana fazendo o seu coração para por um instante.

— O que? senhorita Luana?

Atrás do homem estava Maria sorrindo é contando vitória.

— Senhorita Luana? — reforçou Antônio impaciente.

Luana tentou respirar fundo, mas ao invés disso serrou os punhos é virou-se de frente para o patrão, que serrou os olhos.

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