Ela foi até o filho e lhe deu um beijo na bochecha
— Senta, Catleia, vamos comer. — chamou June — Eu também passei muitos anos sem ter muito o que comer, então vamos aproveitar.
— Vou te ensinar tudo que sei, tá bom?
— Sobre o quê?
— Alcateias, Lunas e luta. Vamos treinar.
— Já treinei durante bastante tempo, mas vou adorar.
Rude se encostou no balcão da pia com os braços cruzados e ficou observando, desgostoso, a interação das duas fêmeas. Só precisou de uma noite, para as duas ficarem amigas, ele, até agora, não conseguiu nada mesmo ela sendo sua companheira. Talvez, se tivesse ido atrás dela, ao invés de deixar sua mãe ir, poderia estar com essa intimidade…ou não.
— Tá boa a panqueca? — perguntou ele tentando se fazer notar.
Sua mãe entendeu a indireta do filho e sorriu, mas ele estava colhendo o que plantou, embora aquela fêmea estivesse tão fechada para uma relação, que ele poderia ser o macho mais forte e lindo, que não adiantaria.
— As minhas estão ótimas e as suas, June? — procurou cooperar com o filho.
— Estou surpresa em ver um macho cozinhar tão bem, as minhas estão muito boas, também.
— Obrigada, foi ela quem me ensinou. — disse Rude, piscando um olho pra sua mãe.
— Você sempre foi um filho muito prendado e carinhoso, que bom que não mudou.
Ele entendeu a indireta da mãe e foi até June, que por estar sentada em um banco alto, ficou a altura do peito dele, que a abraçou pela cintura, por trás. O cheiro dela era muito bom, mesmo não tendo tomado banho, pois era específico para ele. Era cheiro de maçã caramelada, que ele adora, pois lembra sua infância.
Porém, ele sentiu que ela se encolheu um pouco e não apertou o abraço, ficou só envolvendo e acariciando, para que se acostumasse com ele.
— Amo seu cheiro de maçã caramelada
Ela arregalou os olhos, não sabia que cheiro era esse, nunca viu, cheirou ou comeu, uma maçã caramelada
— Não faço ideia de como é.
Ele se espantou, assim como a mãe, mas logo se recompôs e disfarçou.
— Então, terei que levar você para conhecer, sabe onde tem?
Ela se virou dentro dos braços dele, para poder ver seu rosto.
— Onde?
— No parque de diversões, onde tem varios brinquedos e barracas de jogos, que se você ganha, recebe um prêmio de boneco de pelúcia.
— Isso eu sei o que é, mas nunca tive.
Ele deu um beijinho no canto de sua boca, a surpreendendo e prometeu:
— Vou te levar ao parque e vou te mostrar tudo que não conhece, será uma experiência para guardarmos para contar aos nossos filhotes.
Ela relaxou, encostando nele e Catleia percebeu que o filho estava acertando na estratégia e o melhor, estava gostando de ter que conquistá-la.
— E o meu cheiro, qual é? — perguntou ele.
— É de eucalipto e almíscar.
— Cheiro de macho, gostei. — disse ele, todo orgulhoso.
Ela sorriu e ele admirou seu sorriso e a apertou nos braços, fungando em seu pescoço com prazer. Ela não reclamou e nem se afastou, gostou do carinho do Alfa, misturado ao cheiro dele que causava coisas estranhas nela. Catleia ficou feliz em ver que estavam começando a se entender e saiu de fininho.
— O que você quer fazer, depois de se refrescar, conhecer a Alcateia?
— Seria bom, gostei das estruturas diferentes das casas e quero saber porquê.
— Isso é fácil de explicar. — beijou o rosto dela continuando seus carinhos.
— Então, explica. — O que ela sentia era tão bom, que não se incomodou, preferiu continuar sentindo.
— Eu me tornei Alfa de diferentes Alcateias, cada uma com seus hábitos e ficou essa mistura peculiar.
— Entendi.
Ele a virou no banco, ficando entre suas pernas. Colocou os braços dela ao redor de seu pescoço e puxando-a para si, beijou a sua boca. Começou só encostando seus lábios aos dela e continuou pressionando, provando e no seguimento, entrou com a ponta da lingua, penetrando sua boca.
June não entendia o que era aquilo, pois nunca tinha experimentado e era bom. Experimentou imitá-lo, saboreando sua boca e língua macia. Logo estavam se beijando profundamente e ela o agarrou com pernas e braços, correspondendo com prazer. Foi seu primeiro beijo e nem sabia o que era.
Rude percebeu e ficou agradecido por poder ensiná-la a sentir o prazer de um beijo. Quando ficou mais excitado e podia não resistir, parou, pois não queria ultrapassar os limites dela, queria que ela se entregasse por vontade própria, por confiar nele e saber que quando se entregasse seria bom. Desceu as pernas dela e se afastou. Ela olhou para ele, com carinho e agradeceu.
— Eu nunca senti algo assim antes, obrigada.
— Aos poucos, eu vou te mostrando como é bom.
— Tá bom, eu aceito.
Os dois riram. Ela estava surpreendendo ele com seu jeitinho doce e aberto para aprender e receber informações. O fato de querer conhecer melhor a Alcateia, mostrava que seria uma boa Luna. Ajudou-a a descer do banco, sem se afastar, fazendo ela perceber sua excitação, mas ela se esforçou para se manter afastada e ele percebeu, pela expressão em seu rosto, o medo dela.
— Você tem medo da penetração?
— Dói.
— Quando somos adultos formados e fazemos amor, não dói e nem é desagradável, mas prazeroso. É tão bom que podemos ficar por horas acasalando.
— Ohhh
Ele riu do espanto dela.
— Você verá que o meu volume, caberá direitinho em você. Somos companheiros e isso nos garante uma perfeita combinação.
— Entendi e acho que o problema está na minha cabeça. Mas vou me esforçar para dar tudo certo entre nós.
— Já é alguma coisa e você está sendo bem receptiva, obrigado. Vamos!
— Quero tomar banho, mas tem roupa para eu vestir?
— Sim, mas acho que a sua mala ainda está no carro.
— Então você pode pegar pra mim?
— Nem precisava pedir. Pode subir, é a primeira porta da esquerda, levarei a mala.
— Tá bom.
Depois que ela se arrumou, saíram para conhecer a Alcateia e a primeira pessoa que eles encontraram foi Lucinda, que foi logo se chegando ao Alfa, beijando seu rosto e segurando seu braço. June rosnou, mas a mulher não desgrudou.
— Eu estava com tanta saudade, Rudinho. Eu não tenho nada a ver com o que minha mãe fez, viu?!
June não aguentou, pegou a garota pelos cabelos e jogou longe. Lucinda gritou, com ódio, levantou-se de onde caiu, partindo para cima de June, que só fez sair da frente e a jovem caiu no chão novamente.
— Pare de dar em cima do macho que não é seu, ou se arrependerá.
— Sua, sua…
— Pare, Lucinda! — gritou com a jovem, seu pai. — Vamos para casa.
A jovem, muito a contragosto, se levantou e seguiu seu pai fazendo cara feia e só então June e Rude continuaram seu passeio.
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Atualizado até capítulo 61
Comments
Joelma Oliveira
doida pra virar cinzas tb essazinha aí . quero ver se ele nao vai fazer nada pra ela se afastar
2025-01-10
1
daddi
deveria ser esse Alfa idiota a por fim nas palhaçada dessa Lucinda não o pai ter que mandar ela parar. ainda não aprendeu né seu Alfa.
2024-12-12
1
Joelma Oliveira
ué! matou tantos alfas pra ser o líder de todos e nao bota essa oferecida n lugar dela...aaaaah vai se tratar cara! queria ver se fosse ao contrário
2025-01-10
2