Malek ficou preocupado com June e manteve a ligação mental entre eles e Rude, aberta. Rude sentiu o empurrão em sua mente e abriu o canal para ver quem se intrometia em sua mente.
— " Quem ousa? "
— " Sou eu, Malek. Por favor, siga ela, mas não se intrometa e nem se transforme, apenas observe. "
— " Está bem, ela já foi, entrou em um veículo, com um homem."
— " Siga-a."
Rude foi até o ponto de táxi e mandou que seguisse o carro da frente:
— Sempre desejei que me dissessem isso. É uma perseguição perigosa?
— Não sei, preste atenção, não podemos perdê-los de vista.
— Está bem, já entendi, nada de conversa.
Rude viu o carro onde June estava, parar e eles descerem. Pagou o táxi e esperou ele ir para observar de perto, o que June iria fazer.
Ela foi até a porta da casa e bateu. Um senhor truculento, com aparência desleixada e barrigudo, atendeu, olhou para ela e franziu as sobrancelhas.
— Voltou, desgraçada?
— Sim e trouxe um cliente, não vai nos deixar entrar?
O homem abriu a porta e eles entraram e a porta foi fechada atrás deles. Rude foi até a janela e tentou olhar para dentro, mas o ângulo não permitia que visse os três que entraram. Ouviu o som de ossos quebrados e não entendeu nada.
— Agora é sua vez, "papaizinho querido". — disse June, depois de quebrar o pescoço do homem.
— Sua ordinária, vou te mostrar o que acontece com as fujonas.
Pegou ela pelo braço e arrastou até um quarto no corredor, entrou e fechou a porta e foi o suficiente, quando se virou para bater nela, encontrou as garras da loba, que cortaram seu rosto e depois seu ventre e por fim degolou-o. Deixou o corpo no chão e saiu, fechando a porta. Não foi ali para bater boca, mas para salvar sua família.
Foi ao banheiro do corredor e lavou as mãos e o rosto, que estavam sujos com o sangue dele. Depois, seguiu pelo corredor, abrindo as portas e mandando todos saírem.
— June, June, é você? — era uma de suas irmãs mais nova. — Veio nos salvar?
— Sim, sou eu, querida, precisam sair.
— Ele vai te matar e a nós também.
— Ele tá morto, meu bem, pode sair em segurança.
A menina se assustou e chamou os outros para saírem da casa, pela porta dos fundos.
— June, ela está no porão com os meninos.
June correu para abrir todas as portas, pediu que as mais velhas cuidassem das mais novas e fossem para fora e se escondessem no quintal. Desceu ao porão, pegou a argola com as chaves e entrou no recinto fétido e lúgubre. Com seu olhar lupino, conseguiu enxergar as algemas que prendiam as crianças a correntes fixadas na parede.
Soltou todos e pediu que saíssem e prosseguiu para a outra cela, em frente àquela e lá encontrou sua mãe. Ajudou-a a sair e pediu que todos ficassem muito quietos no quintal, que ela ainda tinha algo para fazer.
Entrou na casa, novamente e esperou e enquanto isso, Rude via a movimentação, sem entender nada. Contou a Malek o que estava acontecendo e disse que tinham muitas crianças pequenas, adolescentes e jovens, saindo da casa.
— " Ela está libertando a família, ajude-os, vou conseguir uma condução para pegá-los."
Enquanto Rudy falava com Malek, três carros estacionaram na rua e cinco homens entraram e bateram na porta. Rude viu quando June abriu a porta sorridente e os recebeu, de maneira sensual. Ele esperou que eles deixassem a sala e entrou também, ficando na sombra e viu quando ela indicou o quarto do fundo do corredor e eles seguiram para lá.
June conseguiu enganar os homens e levá-los para o quarto principal da casa, onde tinha uma decoração mais elaborada e sensual. Todos eles conheciam bem aquele quarto, aquela casa e também a ela, pois a tomaram para si desde criança e ela sofreu muito nas mãos deles e agora, seriam eles, a sofrerem nas mãos dela.
Seguiu atrás deles, tirando sua roupa e ficando totalmente nua. Rude não gostou de ver aquela cena e ficou imaginando mil coisas que ela faria com aqueles homens, depois que entrou no quarto e fechou a porta. Malek chamou-o e ele saiu para não ouvir os sons que vinham do quarto.
Mesmo que quisesse, Rudy não conseguiria ouvir nada, pois ele tinha nas paredes, uma camada protetora que impedia o som de passar e ali dentro, ficaram os gritos, os ossos quebrados e toda a violência que a loba de June praticou contra aqueles homens.
Depois que estraçalhou todos eles, dizendo o quanto eles eram nojentos, asquerosos e que não mereciam viver, ela foi até o banheiro anexo e lavou o sangue do corpo. Nem se secou, pois não confiava na limpeza daquele lugar. Saiu do quarto sem olhar para trás vestiu a roupa que estava no corredor e invocou:
— F O G O…
O fogo saiu de suas mãos e foi em direção dos corpos e incendiou tudo e conforme foi andando, o fogo foi seguindo-a, queimando e quando ela saiu pela porta da frente, já formava grandes labaredas. A imagem que Rude viu era estupenda, uma mulher jovem e linda, convicta e empoderada, caminhando firme e sem medo das labaredas, que vinham atrás dela, como se a seguissem.
Impressionante!
Ela foi até o portão, viu que um ônibus estava parado e Malek ajudava sua família a entrar nele, saiu pelo portão e a sua frente, parou um rapaz alto, forte e bem vestido.
— Satisfeita, vadia? — cuspiu no chão, ao lado dela.
— Não me atrapalhe!
— Como pôde fazer algo assim?
— Fiz, com muito prazer.
Ela não entendia o que aquele rapaz estava fazendo ali e porque a cobrança e resolveu não perder tempo com ele, se virou e saiu, no que fez isso, um sopro de ar trouxe o aroma dele até suas narinas e ela sentiu o cheiro mais delicioso de sua vida. Era o cheiro de eucalipto, com almíscar, refrescante e denso ao mesmo tempo. Olhou para ele e repetiu o que a loba disse em seu interior:
— M E U…
— Seu? Como posso aceitar uma companheira tão suja como você?
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Atualizado até capítulo 61
Comments
daddi
ixiiii. autoraaaaa porque não deixou nele ver tudo pra não pensar errado. agoraais sofrimento pra ela. a loba vai sofrer
2024-12-12
1
Joelma Oliveira
eita! vai apanhar dela e gostar
2024-11-10
1
Joelma Oliveira
kkkkkkk sempre quis dizer isso
2024-11-10
1