A Luna olhou para a bruxa com raiva, por ser chamada a atenção, gostava de mandar e humilhar e não o contrário.
— E o que preciso fazer?
— Vai dar trabalho e até que consiga tudo da lista, mantenha-se longe do Alfa, ou ele sentirá o cheiro do outro, através do filhote.
— Por quê não me disse isso antes?
— Você não perguntou.
— Velha idiota!
— Mas é essa velha idiota, que vai salvar a sua cabeça gananciosa.
— Tá, tá, desculpa. Me dê logo a lista.
A bruxa fez a lista e entregou a Luna.
— Tente encontrar o mais rápido possível.
— Claro, acaso tem como você descobrir algo sobre o Alfa Rude?
— Além dele ser o verdadeiro herdeiro do Alfa Ramón? Não, não tenho, agora vá embora, não quero que te vejam aqui. Há anos consigo me ocultar, não quero que você me delate com a sua presença.
— Tá bom, bruxa velha, já vou.
A bruxa só aturava a arrogância da Luna, por estarem ligados a um evento do passado, as duas foram entrelaçadas por uma bruxaria de sangue, em prol da vitória das duas. A Luna, para conseguir ser líder da alcateia flor de lótus e a bruxa, por vingança.
Maura saiu, vestida em sua capa com capuz, andando pelas sombras e foi em direção à floresta, chegando lá, se transformou na loba sem tirar a roupa e correu pela floresta em direção ao seu lar.
Não se conformava em ter visto a filha do Doutor, metida com Rude e principalmente, não entender como ela saiu do calabouço de sua casa, que era todo protegido com bruxaria de sangue. Precisava descobrir com urgência, quem é a mãe da diabinha e saber qual é a antecedência delas. Pois deveria ter uma bruxa no meio desta família.
A Luna chegou em casa, mas antes escolheu vários ervas na floresta e fez um chá concentrado, coou e despejou na banheira cheia d'água. Entrou para se banhar na água de cheiro estranho, sabendo que não era a fórmula ideal. Talvez não fizesse um efeito total, mas disfarçaria bastante o seu cheiro, desde que ela não se aproximasse muito do Alfa.
*
Na casa do doutor, já estavam todos de banho tomado e se alimentando. Rose estava muito feliz em ver sua casa repleta de jovens e crianças. Havia ligado para uma de suas amigas, que fazia parte da associação de proteção aos desamparados e conseguiu roupas para todos.
Rude levou uma cuia com sopa para June e a ajudava a comer.
— Posso comer sozinha, não estou ferida.
— Ihhh! Não seja teimosa, sou teu macho e estou cuidando de você. — disse Rude, sendo rude.
— Você é um grosso arrogante!
— E você, uma teimosa. Como causou aquele incêndio na casa?
— Se continuar metendo colheradas de comida na minha boca, não consigo responder! — disse ela, fugindo da colher.
— Está bem, só mais essa e deixo você responder.
Estavam no quarto que era destinado a ela, sentados na única cadeira que tinha junto à mesa no quarto. Ela estava sentada no colo dele, forçadamente.
— Será que você pode me dar um pouco de espaço? Não estou acostumada a ter ninguém grudado em mim.
— Ah, coopera…você é minha companheira, seu pai disse que te ensinou tudo sobre lobos, se eu deixar você, meu lobo vai me perturbar, pois é ele quem faz questão de todos esses cuidados.
— Então, você só está fazendo isso, porque o seu lobo tá mandando?
— Mas você é impossível, hein?! Dá uma trégua.
— Tá bom. Desde que eu fui atropelada pelo meu pai e ele cuidou de mim, que venho aprendendo. Primeiro me transformei em Loba e depois descobri que ele era meu pai e ele me instruiu em tudo que sei hoje. Treinei lutas também e estive com a feiticeira, que me ensinou tudo sobre ervas e poções, inclusive, foi com ela que descobri que a magia gosta de mim e me escolheram o fogo e a terra. Satisfeito?
— É muita coisa!
— Sim. Agora é sua vez: como me encontrou?
Ele enfiou mais uma colherada de sopa em sua boca e contou como foi que chegou até a casa do doutor e a viu pela primeira vez.
— Eu estive naquele lugar e fui aprisionada pelos alfas, no porão da casa deles. Mas a terra e o fogo me ajudaram e consegui sair de lá. Também resgatei uma mulher que estava muito mal, aprisionada lá dentro.
— O quê? Você a soltou e levou para onde?
— A feiticeira está cuidando dela, pois estava cercada de bruxaria de sangue.
— Termine logo, preciso ir ver a feiticeira. — disse ele querendo que ela engolisse rápido, para terminar logo com a sopa.
— Ah, seu chato! O que te prende aqui, vai logo!
— Não me tente, sem mim você não fica! Não vou sair daqui sem você, ou corro risco de nunca mais te ver.
— Você pensa que vou com você? Por quê? — disse ela, furiosa.
— Porque você é minha companheira e isso basta.
Malek percebeu a briga dos dois e entrou no quarto depois de uma batida na porta.
— O que há com vocês?
— Essa impertinente pensa que vou deixá-la aqui.
— Ele não pode me levar, ainda tenho que pegar os outros homens e cuidar de minha família.
— Pra começar, você não vai mais a lugar nenhum sem mim e principalmente, para pegar outro homem!
— Mas…
— Mas nada filha, ele está certo. Você esqueceu que foi trancada pelos Alfas, na masmorra para morrer? Sua vida corre risco e estando com Rude, você estará segura, pois na Alcateia dele o Alfa Ramón e a Luna Maura, não entram.
— Exatamente e quero ver a mulher que foi retirada de lá, pode ser minha mãe.
— Nossa, essa história está mais complicada do que a minha vida. Tudo bem, mas quem protegerá as crianças?
— Eu as protegerei, não se preocupe.
June terminou de comer e se levantou do colo de Rude, os dois colocaram capas e iam para a floresta, mas Malek não permitiu e lhes emprestou um jipe antigo, que era o seu xodó.
— Cuide bem dele, ou te dou umas palmadas. — disse Malek.
Rude riu alto pois nunca que Malek conseguiria lhe dar umas palmadas. Foram embora, então, pela estrada, evitando a floresta, levariam mais tempo, mas seria mais seguro.
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Atualizado até capítulo 61
Comments
꧁꧅ˢᶦᴴ꧅꧂
querida autora,estou amando a sua história. parabéns 👏/Rose//Heart/
2025-01-03
1
Rosemeire Menegardi
já li várias vezes e sempre me impressiona bastante, e gostaria de saber pq não consigo achar os livros que falam da Lisandra e tbm o reino perdido ou proibido , com os filhos dela
2024-11-10
1
Joelma Oliveira
o nome nunca teve tanto sentido ora uma pessoa kkk
2025-01-10
2