Capítulo 19

Tae-ho poderia dizer facilmente que aquele primeiro mês que passou, agora casado com Jihoon, havia sido completamente caótico nas primeiras duas semanas. Ambos precisavam se acostumar com a presença do outro e a nova rotina exposta, mas felizmente para os dois, tudo havia sido bem mais fácil do que o esperado.

Tae era aquilo ao qual chamavam "esposo troféu", aquele que apenas ficava em casa, saía para compras e posava ao lado do marido quando necessário. Mas o ômega não podia dizer que estava ruim, não quando ele praticamente tinha tudo o que alguém em sua idade podia querer: uma casa, comida a vontade e dinheiro de sobra. Claro, tirando todo o tédio que significava não fazer nada.

Felizmente Alexander estava ali com ele, como ambos estavam em período de férias, os dois passavam muito tempo juntos andando e passeando de um lado para o outro. E curiosamente o que era um duo, acabou se tornando um trio. Bom, contando com a filha do secretário de Jihoon, Baek, que repentinamente o ruivo havia trago com sigo em uma de suas saídas.

Tae não fez questão de questionar muito o amigo por conta disso, na verdade ele não precisou: estava mais do que óbvio de que Alexander estava dormindo com Min-Suk, assim como era fácil de perceber que ele definitivamente não queria falar sobre aquele assunto.

O que de certa forma era frustante para o castanho que necessitava, de alguma forma, estar por dentro de tudo o que acontecia com o amigo, já que ele detestava qualquer tipo de relacionamento sério, mas — estranhamente — aparentava recentemente estar em um.

Alexander tinha o que parecia um bloqueio quanto ao tema namoro e compromisso, o que de certa forma fazia Tae-ho se preocupar já que o ruivo não falava o que ele estava pensando ou sentindo sobre o que acontecia entre ele e o Sr. Baek.

Aquilo poderia ser problemático para o americano de alguma forma, mas ainda assim, o ômega não pressionava seu amigo por *este* tipo de informações. Mas esperava pacientemente que o beta se sentisse confortável o suficiente para falar sobre isso.

Embora muito provavelmente tenha que dialogar sobre outros temas para explicar o porque de... tudo aquilo? Tae não saberia dizer.

Na verdade, recentemente ele estava muito mais confortável na presença do mais velho.

Depois do evento de sócios que ocorreu algumas semanas atrás, Jihoon simplesmente decidiu permitir que seus feromônios percorresem mais a casa no intuito de fazer Tae-ho se acostumar mais rápido com a pressão que provavelmente, o mesmo poderia oferecer a ele. O que definitivamente, de alguma forma, deu certo.

É como dizem, a persistência é a alma do negócio.

Inicialmente o mais velho liberou seu aroma em poucas quantidades para não assustar o menor, mas aos poucos foi aumentando deliberadamente a sua intensidade, até notar que seu *esposo* havia se incomodado a partir de certa quantidade, estabelecendo assim, um limite até onde ele poderia libera-las.

E quase como se isto tivesse sido a chave de seus problemas, Jihoon passou a notar que o mais novo não sentia tanto asco ou tanto incômodo quando acabava o tocando, acidentalmente ou por intuito próprio.

Obviamente cenas parecidas com a que ocorreu na casa dos pais de Hyun se repetiram uma e outra vez. Mas infelizmente nestes momentos, Tae-ho não conseguia ficar próximo por um período muito longo. Embora com cada tentativa este mesmo tempo se estendia cada vez mais.

Tae-ho finalmente se sentia relaxado ao lado de Jihoon. E o moreno definitivamente se sentia aliviado por isso.

— Vai comer antes de ir? - o castanho diz alto o suficiente para que o mais velho o escutasse do andar de cima da casa enquanto agora, preparava um pouco de café da manhã para ele. E ao escutar Jihoon concordar, ele logo acrescenta mais algumas coisas para a comida ser suficiente para os dois.

Tae cantarolava uma música junto ao som suave que ecoava pela cozinha através de seu celular enquanto simplesmente ia de um lado para o outro, acostumado a preparar refeições que agora, pareciam terem se tornado a sua rotina.

O café da manhã e o jantar era ele que fazia.

Ele escuta som de passos provirem da escada, e ao erguer o olhar ele não pode se impedir de fixa-lo em Jihoon.

Tae-ho já havia pensado naquilo antes, mas a cada dia que passava ele tinha mais certeza do que achava: Jihoon definitivamente era belíssimo.

Seus cabelos negros penteados para trás. Seus olhos escuros e afiados, sua postura impecável e as peças do terno que sempre marcavam seu corpo nos lugares certos. De fato, Tae podia entender muito bem o porque ele chamava tanta atenção.

Ao chegar na cozinha e avistar Tae-ho, Jihoon não tarda em se aproximar, pegando o café que ele lhe estendia antes de se apoiar contra a bancada e observa-lo.

Seus cabelos castanhos estavam bagunçados, rebeldes. E seus olhos mel o fitavam vezes ou outra acompanhado de um sorriso a medida que ele terminava de fazer o restante dos lanches.

O menor estava com uma camisa bege, e usufruía de um short que ia até o meio de suas coxas. E Jihoon obviamente não tardou em descer suavemente seu olhar por suas pernas nuas, antes de pegar o prato que ele lhe estendia e se sentar de frente para ele.

Certo... ele deveria manter aqueles pensamentos apenas para si mesmo.

— Irá sair com Alexander novamente? - Jihoon pergunta, antes de experimentar a panqueca que lhe foi estendida. Tae se senta em sua frente, não tardando em comer também. Ele nega suavemente com a cabeça.

— Não. Ele precisa resolver algumas coisas com os pais, não entendi direito. - ele levanta o olhar agora curioso para Jihoon. Realmente, não parecia nenhum pouco com o rapaz que chegou todo perdido, insultado e magoado de algumas semanas atrás. Aparentemente ele finalmente havia aceitado toda aquela situação de... braços abertos. — Você chegará tarde hoje? - o mais velho suspira.

— Espero que não. - ele sorri para o menor, o olhando com doçura antes de descer o olhar para a aliança que ele portava e instintivamente, se sentir satisfeito com aquela visão. — Embora provavelmente não poderei almoçar com você hoje. - ele pensa por um momento, observando Tae concordar levemente a cabeça enquanto murmurava que talvez iria ver sua mãe novamente. — Você nunca foi na empresa, não é? - Jihoon pergunta.

— Não, porque? - curiosidade esbanjava seus olhos, antes dele abrir um sorriso e falar de maneira animada. — Mas eu ficaria absurdamente feliz se um dia você desejasse compartilhar suas ações comigo! - Tae-ho brinca, fazendo Jihoon soltar uma leve e curta risada.

— Levando em consideração que você está casado comigo, elas já são suas. - ele devolve com um sorriso de canto. A palavra "casado" saindo de sua boca com uma estranha leveza e carinho. Sim, os instintos de Jihoon que por vezes imploraram por um companheiro, naquele momento se sentia internamente satisfeito por agora ter Tae-ho para sí. — Gostaria de ir? - o moreno pergunta, fitando com veemência os olhos do menor que ao contrário dele, já havia terminado de se alimentar.

Tae pensa por um momento. Ele já havia aceitado que estava casado com Jihoon e estaria junto a ele pelo próximo ano, mas ainda assim, ouvir estas palavras provindo da boca de quem quer que seja, ainda lhe causavam desconforto.

“Depois de tudo estamos casados.”

Não tinha o porque ele negar por conta disso. Reportagens, páginas jornalísticas assim como as de fofocas fizeram questão de espalhar para toda a Coréia sobre o repentino esposo de Jihoon Hyun. E isso significava que agora, ele era tão conhecido quanto o alfa em sua frente.

Ele seria apenas seu *esposo* indo para a empresa com ele, somente isso. Não tinha porque ele ficar apreensivo ou incômodo com isso... mas ainda assim ele estava.

Embora a sua vontade de sair daquele apartamento e a curiosidade de conhecer a tão famosa empresa dos Hyun's falou categoricamente mais alto.

Jihoon observa quando Tae simplesmente se levanta e coloca o seu prato, copo e talheres sobre a pia antes de simplesmente, sorrir para ele e ir quase correndo para seu quarto enquanto dizia que iria se trocar.

Hyun apenas observa com um sorriso pequeno e suave nos lábios, Tae-ho subir as escadas com destreza. Seu coração batia levemente contra seu peito enquanto um suspirar profundo escapou de si.

Ele se sentia tranquilo e calmo ao redor do menor, e infelizmente para ele, ele não só começava — aos poucos — a gostar da companhia do ômega, como também passou a desejar chegar em casa todas as noites a tempo de ao menos, ser capaz de jantar com ele.

E isso de certa forma o assustava.

Depois de tudo, havia um prazo a ser cumprido.

Jihoon respira fundo, aproveitando que havia terminado de comer para lavar a pouca louça que agora tinha, enquanto Tae, no andar de cima, passava a se arrumar para ir para a empresa junto com ele...

“Já se foi um mês... falta apenas mais onze.”

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Comments

Cleidiane Rocha

Cleidiane Rocha

está sofrendo por antecipação 😭

2024-02-22

6

Cleide Almeida

Cleide Almeida

eles estão aos poucos se aproximando e cm os sentimentos sinxetis será um parte do outro🤩🥰

2023-10-01

5

Tania Maria Rufino

Tania Maria Rufino

Aguardando atualização

2023-05-24

1

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