Capítulo 8

Respirando fundo enquanto apoiava as mãos na borda da pia em sua frente e encarava o espelho acima da mesma, Tae-ho observa seu reflexo constrangido através do objeto.

Era óbvio que os pais de Jihoon desejariam que ambos passassem a noite ali, assim como também lhes ofereceriam mudas de roupas pois eles não trouxeram nenhuma. Mas Tae apenas não esperava que a que lhe fosse oferecida seria tão... reveladora?

O castanho costumava dormir apenas de calça moletom em dias quentes, já que ele sempre prezou o conforto para que assim conseguisse dormir uma noite inteira sem problemas. Mas naquele momento, ele simplesmente podia dizer que tudo estava até "confortável" demais.

Suas pernas torneadas e definidas pelo esporte de natação que praticava, estavam completamente a mostra através do curto short branco que usava. Assim como seu torso, peito e braços contrastavam com a leveza do robe do mesmo tom — e transparente — que usava.

Uma risada constrangida e irritada escapa de seus lábios quando outra vez ele observa sua imagem através do espelho. Pelo menos agora ele entendia o porque do olhar levemente malicioso que a Srª. Sooha o lançou quando lhe entregou aquelas roupas.

Levando seu olhar para a porta do banheiro onde estava, Tae então passa a se preparar para sair. Tendo consciência que Jihoon Hyun, agora seu *esposo*, estava do outro lado da mesma — já que ambos compartilhariam aquela habitação —, o menor se encontrava levemente aflito, principalmente se ele considerasse o fato de que dormiria no mesmo ambiente que o homem.

Obviamente Tae-ho tinha consciência de sua estrutura corporal e de sua força, mas ainda assim, Jihoon era um alfa, e apenas sua presença era capaz de fazê-lo vacilar.

Diante dos pensamentos, Tae engole em seco, passando as mãos por seus fios castanhos molhados e os jogando pra trás, respirando fundo e por fim, saindo do banheiro em passos lentos e firmes. Obviamente ele se sentia envergonhado pelas vestes que portava e por seu corpo estar praticamente nú, mas não havia muito o que pudesse fazer, pelo menos não naquele momento.

O robe que usava estava aberto, revelando seu torso para quem quisesse observa-lo, e foi praticamente isto que Jihoon fez quando notou sua presença no quarto. E como se não fosse suficiente a vergonha anterior que sentia, o castanho novamente se constrangeu ao ter o olhar do moreno percorrendo nitidamente todo o seu corpo.

Com as costas contra a cabeceira da cama e sentado sobre a mesma com as pernas esticadas enquanto lia alguns documentos que seu pai lhe deixou, Hyun descansava esperando pacientemente o ômega sair do banheiro. E quando este o fez, o mais velho não tardou em olhar na direção do mesmo, visualizando o mais novo nitidamente parando onde estava e se negando a continuar o caminho até a cama.

Até onde ele estava.

Os olhos de Jihoon, que vizualizaram a face levemente constrangida do mesmo, passaram então a analisarar sem pudor nenhum, o corpo semi-nu do mais novo em sua frente.

Os cabelos molhados jogados para trás, os olhos castanhos observando seus movimentos com atenção. As gotas de água deslizando por seu torso estruturado, e escorregando e por entre suas pernas definidas e torneadas.

Tae-ho não tinha curvas como os ômegas costumavam ter, e tampouco a aparência frágil que eles portavam. Mas isto de alguma forma agradava ao mais velho, já que inconscientemente sua imagem parecia lhe dizer que não haveria problema se ele o abraçasse com mais firmeza, ou o segurasse com mais força.

Não havia nada em Tae-ho que fosse frágil. E de certa maneira, o mais velho duvidava que o castanho não desfrutasse disso.

Suspirando suave em satisfaçáo enquanto deixava os papéis que segurava sob a mesa de cabeceira ao seu lado, Jihoon simplesmente estende sua mão tranquilamente em direção ao castanho em sua frente, convidando-o a se aproximar de si.

— Venha. - a voz suave e baixa de Jihoon envia calafrios pela espinha de Tae-ho, e outra vez ele engole em seco diante da voz firme que o homem portava.

A presença do alfa para si era desconfortável, mas se tornava aos poucos repulsiva para si conforme ele se aproximava do mesmo, completamente ciente de que poderia rejeitar seu pedido, mas incapaz de fazê-lo.

E então, novamente aquele sentimento desconexo que fazia seu corpo ficar alerta e instintivamente repudiar o homem em sua frente, voltou a se instalar com força contra seu corpo quando segurou a mão do homem contra a sua

E quase com divertimento, Jihoon observou a mão pequena do menor se contrair contra a sua quando o tocou. Assim como também notou a respiração do mesmo ficando mais rápida conforme ele tratava de controlar as sensações angustiantes que seu próprio corpo o impunha.

Hyun não o tomaria naquela noite, mas ainda assim planejava fazer o menor se acostumar — mesmo sendo um pouco — com seu corpo e sua presença antes de fazê-lo. O sexo não só deveria ser bom para Tae-ho, como ele também deveria estar relaxado e tranquilo o suficiente para aceita-lo.

Jihoon poderia ser um tremendo filha da puta, mas ele não era desgraçado o suficiente para se impor sobre alguém sexualmente se este não desejasse. O que significava que se Tae-ho dissesse não, ele não teria outra alternativa senão obedecer suas palavras.

Então o que lhe restava naquele momento, era apenas fazê-lo deseja-lo para que ele não viesse a nega-lo. Felizmente para o alfa, ele ainda tinha bastante tempo para conseguir tal feito, embora duvidasse fielmente que um dia conseguiria tal coisa.

Ainda de pé ao lado do homem, Tae-ho esperou pacientemente as próximas palavras do mais velho que simplesmente, e de forma suave, passou a acariciar o torso de sua mão com uma estranha leveza. A sensação de repulsa e leve angústia ainda estava ali, mas ao menos para o castanho, o maior não parecia ter intenção de ataca-lo ou algo assim. Ao menos, não naquele momento.

Um aperto mais firme e repentino contra sua mão o assustou, fazendo seus instintos novamente ficarem em alerta enquanto sua mente gritava para que ele saísse dali o mais rápido possível.

Mas ao invés de fazer o que cada célula de seu corpo pedia e implorava, Tae apenas respirou fundo conforme engolia em seco outra vez e passava a encarar as orbes negras e profundas que o alfa portava.

— Seus feromônios... - Jihoon inicia novamente, com um tom mais profundo e mais grave, embora ainda suave. Mas ao mesmo tempo em que para o castanho ela era gostosa de ouvir, ela também parecia afundar agulhas contra toda a sua pele. — Libere-os. - seus olhos negros e frios ainda fitavam com veemência o mar chocolate que as orbes de Tae portavam, mas agora, cintilando uma óbvia ordem expressada através delas.

Outra vez o jovem Kim engole em seco, piscando algumas vezes enquanto tentava compreender o que aquilo significava, ao mesmo tempo em que tentava se afastar, impedido de fazê-lo por conta da mão do alfa que agora, segurava firmemente a sua.

— Como? - Tae-ho finalmente pronunciou, a dificuldade de expressar tais palavras deixaram sua voz mais rouca do que ele esperava, mas felizmente para o mesmo, a firmeza que ela portava ainda estava ali. Completamente contrária ao olhar confuso que agora, ele portava.

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Comments

Maria Eliza

Maria Eliza

Eita!Macho arretado👏👏

2024-04-10

3

Maria Eliza

Maria Eliza

Eita lá vem ele com os pensamentos dele, agora só falta comer,se tú fizesse tudo que vc pensasse,meu fi,o Tae já taria esperando uma cria.

2024-04-10

2

Maria Eliza

Maria Eliza

Meu Deus kkkkkkkkkkkkk Quê nervoso com uma pitada de constregimento.

2024-04-10

1

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