CAPÍTULO 7

Após fugir com a moto de Henry, Jonas se sentiu livre e um pouco rebelde, era um sentimento novo para ele, até esse momento sua vida não havia tido emoções como aquelas.

Sentir o vento em seu rosto e o mais importante, sentir as mãos de Bia segurando sua cintura eram sentimentos que para o jovem, não tinha como explicar, eram únicos.

Ele sabia que era uma espécie de contagem regressiva cada metro mais próximo da casa da garota, seria o fim desse momento mágico. Ao avistar a casa da jovem, sentiu um aperto no coração, então como se anunciasse o fim da aventura, Beatriz falou:

— Pare aqui! Não me deixe em frente de casa.

— Certeza? Posso deixá-la lá.

— Garoto! Não percebe a situação? Como explicarei para meus pais se me virem em uma moto com um garoto desconhecido?

Se dê por satisfeito que nenhum policial nos parou, estamos sem capacete e sem a documentação da moto, melhor não abusar mais da sorte por hoje. — Disse enquanto descia da moto.

— Você tem razão… Bom… Acho que é isso.

— Não vai me dar tchau? — Falou Beatriz de forma séria.

— D-d-desculpe-me. Tchau Beatriz!

— Obrigada pela carona, você é estranho, mas é um gatinho. — Falou beijando-lhe a bochecha e corando o rosto de Jonas. — Nos vemos por aí.

— Na escola…

— O que disse? — Ela fazia uma careta como se não tivesse entendido.

— Eu disse que nos vemos na escola. Você sabe que estudamos juntos, não é?

— Ahhh sim, sim, claro! — Beatriz não fazia a menor ideia que estudavam juntos, mas para não deixar Jonas chateado, mentiu. — Bom, deixa ir antes que me vejam aqui.

Beatriz seguiu caminhando até sua casa enquanto Jonas a observou até entrar nela. Ele então ligou a moto e saiu, enquanto a pilotava se lembrou do que Beatriz disse sobre estar sem capacete, um frio na barriga tomou conta e desejou que a sorte continuasse até sua casa.

Quando ele chegou sentiu um alívio. Apesar de seu plano inicial ter sido mudado drasticamente ao ser convencido por Henry em ir à festa de Aisha e ter passado a noite toda conversando com as paredes, no fim tudo deu certo.

Lembrou do sentimento de raiva que sentiu quando viu seu amigo de infância deixá-lo sozinho na festa e sem conhecer ninguém, apenas por causa dessa garota metida.

Era verdade que no fundo ele aceitou ir a festa, pois imaginou que encontraria Beatriz, ele sabia que elas eram amigas e era praticamente certo esbarrar com a jovem.

Sua decepção foi grande ao descobrir que ela não estava na festa e foi aumentando à medida que o tempo foi passando e nada da garota, até que pegou no sono num canto qualquer da grande casa.

Quando acordou pela manhã, percebeu que todos haviam ido embora, decidido em ir atrás de Henry no quarto de Aisha, pois queria ir embora, parou no meio do caminho quando para sua surpresa viu Beatriz subindo as escadas.

De repente um vigor tomou conta de seu corpo, correu ao banheiro e passou pasta de dente na língua fazendo um bochechar com água indo até a sala novamente.

Teve a ideia de tirar sua camiseta para que Beatriz notasse seu físico, depois percebeu que não era uma ideia das melhores, se achou muito magro e branquelo, quando foi pegar a camiseta percebeu que a garota descia as escadas, então se virou e fingiu limpar as coisas do chão.

Ele riu da lembrança e distraído entrou para dentro deixando a moto em frente de sua casa. Viu que sua mãe estava na cozinha então foi até ela.

— Oiii Mãe!

— Oi filho, nem ouvi você chegar de carro. Como foi o aniversário?

— Hã? Aniversário?

— Sim. Você não foi a uma festa de aniversário? — Sua mãe o olhava desconfiado.

— Ah! Sim… A festa… Foi legal.

— Só legal? Só tem isso a dizer, legal?

— Sim, mãe. A senhora quer que eu diga o que?

— Que foi uma grande festa e que você se divertiu bastante, afinal deixei você ir, pois percebi que você estava muito desanimado nesses últimos dias.

— Já não disse que foi legal? Significa que gostei. — Jonas nem se importava com a festa. Sua aventura de moto com Beatriz era o mais importante. — Bom… Vou ir tomar banho, depois conversamos mais.

— Está bem filho!

O rapaz se dirigiu ao banheiro com um sorriso largo no rosto, enquanto tomava seu banho, não imaginava o tamanho da confusão que iria se meter.

Sua mãe ao colocar o lixo na rua, viu a moto parada em frente da casa, não demorou muito para ligar os pontos e descobrir o que seu filho tinha feito.

Então sentou no sofá esperando o garoto sair do banho, o que não demorou muito. Enquanto ele vinha em direção da sala vestindo a camiseta, notou de longe a cara de furiosa de sua mãe e então se lembrou da moto.

— Jonas, de quem é essa moto em frente ao nosso portão?

O garoto começou a suar frio, como explicaria isso a sua mãe? De fato, não era a moto em si o problema, supostamente Henry havia emprestado, era fácil explicar essa parte, o difícil era explicar como ele estava andando de moto se nem carta tinha.

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Comments

Alynne Andrade

Alynne Andrade

ferrou estava todo confiante kkk

2023-05-21

1

Thatyyyyy

Thatyyyyy

dois malucos isso sim

2023-04-12

0

Luciana 🥰

Luciana 🥰

que situação

2023-03-10

1

Ver todos
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Atualizado até capítulo 74

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