Capítulo 19

Penélope entrou no banho, já eram quase três da madrugada quando já cansada resolveu tomar uma ducha para relaxar, deixou que a água quente caísse por seu corpo por muito tempo, sobre os longos cabelos loiros despejou uma boa quantidade do shampoo importado que amava.

— Mais que diabos está acontecendo.

Olhou para cima encarando o chuveiro que apenas gotejava sobre seu cabelo coberto de espuma, a jovem saiu do box irritada, se enrolou na toalha que estava pendurada próximo a porta descendo as escadas.

— Boa noite.

Interfonou impaciente a portaria do prédio.

— Meu apertamento está sem água, sabe me dizer o que está havendo?

Do outro lado da linha o porteiro tentava explicar a jovem o motivo do incidente.

— Como assim ele não pediu que ligassem a água do apartamento, avisei aquele idiota que chegaria em Boston a duas semanas.

Respirou profundamente tentando se acalmar.

— Pois bem, faça isso agora, obviamente já estou em casa e estou dando permissão para que façam a ligação do abastecimento de água.

O homem continuou a explicar.

— Estou com a cabeça coberta de sabão, não tenho água nem para beber nessa porcaria de apartamento e quer que eu espere até amanhã?

Ela arfou alto.

— Tudo bem, obrigada por não fazer completamente nada.

Bateu com força o interfone cruzando os braços frente ao corpo.

— Haaaa, eu não acredito que terei que fazer isso.

Esperneou como uma criança dando birra, coberta apenas pela pequena toalha branca abriu a porta do apartamento caminhando até o imóvel da frente, bateu com força fazendo com que Fred a atendesse, o homem estava sem camisa, a calça jeans que vestia estava desabotoada e os cabelos bagunçados de um jeito sexy.

— Agora sim, essa é a Penélope que eu conheço.

Debochou ao olhar os cabelos desgrenhados e coberto de shampoo da moça.

— Pode deixar suas piadinhas imbecis para outra hora?

Ela arfou.

— O idiota do Ivan esqueceu de pedir para ligarem a água, aparentemente o porteiro não sabe mexer com o encanamento então o abastecimento só será feito pela manhã, por sorte a Lucrécia já havia tomado banho antes de mim mais olhe meu estado, não posso dormir assim.

Apontou para cabeça coberta de espuma.

— O que eu tenho haver com isso mesmo?

— Está falando sério? eu preciso que me empreste o seu banheiro Frederico.

Ele riu de um jeito travesso.

— Estou acompanhado patinho, infelizmente vou ficar te devendo.

Penélope olhou sultimente pela porta vendo a mulher seminua que estava sentada sobre o sofá.

— Cafajeste.

Começou a gritar com um sorriso no rosto.

— Como pôde, como pôde ter passado clamídia para sua própria esposa?

Fingiu estar chorando.

— Está maluca? o que pensa que está fazendo Penélope.

— Por Deus, e agora o que direi aos nossos filhos, as nossas três crianças que você abandonou comigo na Síria.

A mulher se levantou do sofá catando as roupas depressa, Fred a olhou irritado.

— Não pode estar acreditando nessa maluca, ela é louca, mal a conheço.

— Com licença.

Falou ao passar apressada pela porta.

— Tem toda querida.

Fingiu ainda chorar.

— Penélope.

Fred resmungou.

— Pronto, não está mais acompanhado.

Disse entrando porta a dentro.

— Onde fica o banheiro?

Ele revirou os olhos.

— Primeira porta a esquerda no fim do corredor.

Ela sorriu.

— Obrigada.

Caminhou até o reservado onde terminou de se lavar, quando saiu do banho Fred tomava um drink sentado no sofá.

— Parece irritado, algum problema Fredizinho?

— Não sei, me diga você, pretende estragar todas as minhas oportunidades de Foder agora que se mudou para cá.

Ela segurou firme a toalha ao vê-lo caminhar até ela, os olhos castanhos encaravam envergonhada o peitoral definido de Fred

— Não se dê tanta importância, é completamente insignificante para mim Frederico.

Ele tocou sua mão com as pontas dos dedos enquanto a outra adentrou os cabelos molhados de sua nuca.

— Nem você acredita no que está dizendo patinho, está se tremendo inteira só de me ter assim tão perto de você.

Ele riu.

— Vai negar que ainda é apaixonadinha por mim? eu sei e você também que está me querendo já faz tempo e que sou eu quem nunca te dei bola.

Penélope o encarou com um olhar fulminante, era realmente apaixonada por Fred desde a época da faculdade, o jovem popular e lindo que liderava o time de futebol da escola sequer olhou para ela durante todos os anos em que estudaram juntos, a moça soltou a toalha que segurava fazendo que se embolasse em seus pés.

— Tem razão Fred a patinho sempre foi apaixonada por você.

Ele a olhou surpreso a intenção era provoca-la, jamais imaginou ouvir aquelas palavras da boca de Penélope, seu queixo quase caiu ao vê-la nua na sua frente.

— Eu, eu só estava brincando.

— Porque Fred? sua coragem só vai até onde seu controle prevalece? fala muito e não faz nada os homens como você são sempre assim, me humilhou durante todo período da faculdade, sabia que eu gostava de você e esfregava na minha cara as líderes de torcida com quem namorava, lembra quem me deu o apelido de Patinho feio?

Ele ficou em silêncio.

— Foi você, na frente do time Inteiro de futebol, ouvi isso durante três anos todos os dias nos corredores, sabe o baile de formatura?

Ele assentiu.

— Aquele que você me convidou só para tirar uma onda com a minha cara e nem apareceu.

— Penélope.

— Não, me deixa terminar.

— Eu fui naquela merda de baile mesmo sem você ter ido me buscar, quando cheguei você estava dançando lindo no seu smoking caro com a chefe das líderes de torcida, eu passei o dia inteiro no salão aquele dia, escolhi o vestido mais lindo que eu vi na vida e o que aconteceu?

Fred estava sem palavras.

— Seus amigos jogaram tinta, jogaram tinta em mim assim que me viram sair chorando daquele salão.

— Penélope eu não sabia, eu posso explicar eu não...

— Não explique nada.

Ela pegou a toalha do chão se cobrindo novamente com ela.

— A patinho feio que amava você é a única que gostaria de ouvir a merda das suas explicações, eu sou Penélope Vitorino e sou a filha da puta que você mesmo criou.

Saiu batendo a porta sem olhar para trás, Fred a viu partir completamente desnorteado, Jamais imaginou que ela guardava consigo tantas mágoas, sempre soube que havia sido um babaca na faculdade mais não imaginava que ela se lembrasse com tanto ressentimento de tudo , se jogou no sofá e Naquele momento se sentiu um lixo, havia pisado na bola e sabia disso.

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Comments

Solange Coutinho

Solange Coutinho

Calhorda é você heim Fred agora queridinho tu vai ter que lutar fio a fio para conquista-la poxa quantas humilhações ela teve que suportar causada por você

2024-04-14

2

Anonymous

Anonymous

Ela tem que pisar nele até ele aprender a lição

2024-04-28

0

Eliziene

Eliziene

o Fred que lute

2024-04-20

0

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