Capítulo 3

Ivan chegou em casa ao lado de Lucrécia, todos do prédio olhavam abismados o magnata dos cassinos andar pelos corredores em companhia de uma jovem maltrapilha e suja, A vida não havia sido Justa com a pobre moça, após a família dar-lhe as costas por abandonar o marido e a vida luxuosa que aparentemente lhe proporcionava a mesma foi largada a própria sorte por aqueles em que mais confiava, Kenny era um homem perigoso vasculhou a Turquia em busca da esposa que havia desaparecido debaixo de seus próprios olhos, Lucrécia fez questão de não deixar rastros, era inteligente e corajosa e não daria a ele a oportunidade de destruir ainda mais a pouca sanidade mental que lhe restava, Nem tudo eram flores, sem o suporte necessário ou alguém para acolhe-la em um país tão grande quanto os Estados Unidos foi obrigada a viver nas ruas, o dinheiro que tinha era pouco e o fato de ser inocente demais a fez confiar em pessoas que não deveria.

Ivan abriu a porta do apartamento para que ela entrasse, o lugar era enorme e muito bem decorado, as grandes janelas de vidro irradiavam luz por todo cômodo.

— Vou pedir a minha governanta que lhe prepare um quarto, está com fome?

Lucrécia assentiu em silêncio.

— Não fala muito não é mesmo?

O tom de Ivan era sério.

— Tenho trabalho a fazer, fique a vontade só não a quero bisbilhotando por aí, o apartamento tem muitos quartos, fique longe das portas que estiverem trancadas.

Lucrécia olhou com atenção ele caminhar em direção a um dos cômodos, uma senhora jovem de cabelos vermelhos e pele coberta de sardas desceu as escadas com uma pilha de roupas nas mãos.

— Virgem santíssima.

Colocou a mão sobre o peito jogando para o ar as coisas que trazia.

— Como entrou aqui?

Andou até ela com olhos assustados, Lucrécia deu um longo passo para trás, as noites passadas na rua havia provocado na jovem um medo incomum pelo desconhecido, a mulher a agarrou forte pelo braço.

— Aquele porteiro é mesmo um imprestável, como deixa uma mendiga invadir a casa.

— Cora.

A voz de Ivan ecoou pela casa, irritado o homem caminhou até às duas.

— O que está fazendo? solte ela.

Lucrecia se abraçou a Ivan em pânico.

— Ei, fique calma.

Seu tom era gentil, segurou o rosto da mulher entre as mãos fazendo que o encarasse.

— Você está bem?

— Sim.

— Me desculpe senhor Santorini, não sabia que a moça era convidada sua.

A voz da governanta soou piedosa.

— A leve para um dos quartos, dê a ela roupas limpas e uma refeição quente, está molhada e ficará doente assim.

— Sim senhor, venha menina.

Lucrécia se abraçou ainda mais forte a Ivan.

— Vá, Cora é uma boa mulher, vai cuidar de você.

Ainda com um semblante desconfiado a moça o obedeceu, subiu as escadas sendo guiada por cora que sem intender completamente nada a olhava com curiosidade, a governanta abriu a porta de uma linda suite, o lugar era luxuoso e bem decorado, uma enorme cama King size tomava boa parte do espaço.

— Quer ajuda com o banho?

Lucrecia negou com a cabeça.

— Tire a roupa, vou buscar toalhas limpas.

A jovem obedeceu, o velho vestido rasgado estava imundo e completamente ensopado, quando já nua caminhou até banheiro, entrou no box e chorou, era o primeiro banho que tomava a dias a água quente era quase como um carícia em sua pele.

— Meu Deus.

Cora disse ao entrar.

— O que houve com você minha criança?

Olhou completamente em choque para as costas roxas e coberta por cicatrizes.

— Quem fez isso? o senhor Ivan...

— Não.

Lucrécia falou cobrindo os seios.

— Você precisa de um médico.

— Por favor, eu só preciso de um banho, um prato de comida, vou embora assim que eu terminar.

Cora a olhou com penar colocou sobre a cama as roupas que havia trago e a ajudou se vestir, Lucrécia era pequena e esguia, os enormes olhos negros ficavam ainda maiores em seu rosto devido a expressão assustada, Cora lhe serviu uma sopa, desceu as escadas em direção ao escritório de Ivan que sentado a poltrona fumava um charuto.

— Patrão.

— Sim Cora.

— Não quero incomoda-lo, mais...

— O que houve? algum problema com a garota?

— Bem, eu não sei senhor, ela não fala muito mais está coberta de hematomas, as costas estão em carne viva e não sei como cuidar daquilo.

Ódio era a única palavra que descrevia a expressão no rosto de Santorini, o homem furioso passou pela governanta sem dizer uma única palavra, subiu as escadas abrindo a porta.

— Fique de pé.

Ordenou a Lucrécia que o olhou em Pânico.

— Obedeça.

A puxou para si levantando com brutalidade a camiseta do pijama que ela Vestia, as pequenas mãos da mulher cobriam os seios para que não se despicem.

— Quem fez isso com você?

— Me machuquei sozinha.

— Não minta para mim, foi um dos meus homens? porque se algum dos seguranças do cassino teve a coragem de machucar uma mulher dessa forma perderá a mão por isso.

— Não foram eles, por favor, só me deixe ir .

Lucrecia chorou tentando sair do quarto Ivan a segurou, seus olhos queimavam como brasa fitando a face delicada e linda da jovem, sequer havia notado sua beleza debaixo de toda sujeira que lhe cobria a pele.

— Porra eu sou um imbecil,estou te assustando é isso?

Ela assentiu.

— Desculpa não era o que eu queria, me diga? quem fez isso? juro que o farei pagar caro.

— Só quero descansar um pouco, por favor não me faça falar.

— Precisa de um médico.

— Não! sem médicos, sem polícia.

Ivan a encarou confuso.

— Trarei alguém de minha confiança, um amigo ele não fará nada sem sua permissão, quanto a polícia acredite eles não entrariam em minha casa nem que a vida deles dependesse disso, não se visita o inferno sem um convite prévio do demônio.

Ela o olhou assustada.

— Estou falando demais sente-se, termine de comer, cuidarei de tudo.

Tocou o rosto da jovem que respirou mais calma, Ivan desceu as escadas de volta ao escritório, pegou o telefone ligando imediatamente para Fred.

— Estudou mesmo medicina ou comprou a porra do diploma?

— Tá ferido? Sabe que eu estudei seu filho da puta.

— Preciso de seus serviços e quero discrição está me ouvindo? pelo menos até descobrir em que merda eu tô me metendo,venha a minha casa, estou saindo para resolver algumas questões pessoais, vou ensinar bons modos a um menino malvado que não cumpre com suas promessas.

— Yuri não entregou a carga?

— Não recebi nada e você?

Falou debochado.

— Ele já tinha sido avisado Fred, sempre quis uma cabeça humana de suvenir, a dele ficará linda em minha estante.

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Comments

Euridice Neta

Euridice Neta

Uauque homem é esse que ma dá e obedece quem tem juízo? coitado do ex dela qua do cocar as mãos nele, e ela coitada assustado com medo ex, dele e ainda por cima num lugar desconhecido

2024-04-07

2

Eliziene

Eliziene

muito bom

2024-04-20

0

Solange Coutinho

Solange Coutinho

O BONITÃO visualizou abeleza dela

2024-04-12

0

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