Cap-20

Isabella se remexeu, por alguns instantes, antes de acordar pensou estar nos braços do seu avô, mas o cheiro era diferente e o peito sob sua cabeça era firme. Estava tão acolhida ali... seu consciente acordou, mas o corpo se recusava a despertar.

Quando finalmente conseguiu abrir os olhos, a primeira coisa que viu, foi um par de olhos verdes a encarando. Ela deu um pulo e se sentou na cama.

"Ele está sem camisa?"

Isabella arregalou os olhos, não sabia o que assustava mais, ter o Léo na cama, ou o músculos divinamente definidos... Instintivamente ela pegou o lençol para se cobrir, sem notar que ainda estava vestida.

— Assustada, loirinha?— Léo perguntou se sentando na cama.

— A gente... você sabe... dormimos juntos?— Isabella balbuciou apreensiva.

— Depende do que seja a definição de "dormir junto" pra você.— Léo falou levantando a sobrancelha e alongando os músculos rígidos por um tempo sem movimentos.— Eu não consegui dormir...

Isabella revirou os olhos impaciente.

— Tränsamos? — ela perguntou se levantando da cama.

Léo sorriu malicioso.

— Minha querida, estava sonhando. Um pesadelo eu acho... estava aqui para te acalmar. Além do mais, se tivéssemos "tränsado", tenho certeza que lembraria.— ele concluiu com aquele meio sorriso sedutor.

— Estamos no seu quarto?!— Isabella só agora se deu conta de onde estava. Léo assentiu se levantando da cama.— Como aceitei dormir na sua cama?

— Acho que quando estamos dormindo, não temos muita escolha, né? Você dormiu debruçada sobre a mesa, te coloquei na cama. Mas não se preocupe que as poucas horas que dormi, estava no sofá.— Léo andou em direção ao banheiro.

— Eu pensei que fosse o meu avô... desculpe...— Isabella murmurou envergonhada.

Léo parou na porta do banheiro e encarou o rosto corado da garota.

— Não precisa se desculpar... ainda bem que estava aqui pra te ajudar, estava desesperada.— Léo falou sério. — Chamou pelo seu pai e uma tal de "Angel". Quem é?— Léo perguntou curioso.

— Minha mãe.— Isabella respondeu se livrando do lençol.

— Chama sua mãe pelo apelido?

— Quando era criança sim, hoje, não mais.— Isabella tentava ajeitar os cabelos.

Ela observou a expressão de "Ué" no rosto de Léo e deixou uma interrogação em seu próprio rosto.

— O que foi?— ela perguntou intrigada.

— Só acho estranho... em geral "mamãe" é a primeira palavra de uma criança... — Léo comentou encostando no batente da porta do banheiro.

— Essa não foi minha vida Léo... eu não conheço minha mãe biológica. Até meus seis anos, era eu e meu pai.— Isabella respondeu procurando suas sandálias.

— Eu sinto muito... não sabia... não quis parecer rude...— Léo murmurou envergonhado.

— Tudo bem. Meu pai se casou com a minha professora prefirida, e estão juntos até hoje. Ela é a mãe que eu precisei, e as vezes ainda preciso.— Isabella afirmou encarando Léo.

— Que bom! — ele suspirou aliviado.— O pesadelo... sem querer ser invasivo, é algo que passou?— Léo continuou a indagar.

— Acho que está querendo saber demais... não sou de falar do meu passado... por favor, não conte pra ninguém sobre o pesadelo!— Isabella implorou carregando seu notebook e as pastas de documentos.

— Tudo bem. Desculpe.— Léo levantou as mãos em sinal de respeito e segredo.

Isabella já ia sair do quarto, abriu a porta, mas antes de sair voltou a olhar para Léo.

— Obrigada pela gentileza. Te devo uma.— Isabella agradeceu com um sorriso.

— Não foi nada... se quiser conversar, estarei á disposição. Gentilezas minhas, são gratuitas, não me deve nada.— Léo falou dando uma piscadinha.

Isabella assentiu com um sorriso. Ela saiu do quarto e foi direto para o seu. Abriu a porta e deixou as coisas na mesa, respirando acelerado. Como chegou a tanto? O que Léo estava fazendo com seu coração?

Só de imaginar que passou parte de seu sono no peito daquele "deus grego" seu corpo arrepiou-se inteiro. Foi ao banheiro, trocou sua roupa por uma de academia, top e uma legging, e correu para se exercitar. Mal havia se recuperado do que aconteceu no quarto com Léo, e assim que entrou na academia do hotel, deu de cara com Léo no supino, exercitando os músculos superiores.

— Também veio fazer musculação?— Léo perguntou depois de colocar a barra no lugar e se sentar.

— Sim... preciso compensar a culinária desse estado.— Isabella respondeu indo para esteira.

— Vai de aeróbico primeiro?

— Acho que sim...

— Não quer me acompanhar numa corrida na praia? Vai ser mais gratificante.

— Uma boa idéia! As vezes esqueço que estou a poucos metros da praia...— Isabella desceu da esteira.

Léo largou as barras e acompanhou Isabella até a recepção, onde pegou duas garrafinhas de água. Entregou uma para Isabella e foram caminhando até a praia, um segurança os acompanhou atrás.

Quando chegaram na praia, os dois alongaram as pernas, braços... Léo encarou Isabella segurando os joelhos.

— Pronta?— Léo perguntou.

— Sim!

— Nada como correr de manhã para extravasar as tensões e o acúmulo de energia do corpo!— Léo exclamou dando uma corridinha parada.

— Quem chegar primeiro ganha!— Isabella bateu no ombro de Léo e saiu correndo.

— Chegar a onde? Ganha o quê?— Léo tentou alcançar Isabella.

Isabella olhou para trás e piscou, acelerou as pernas e tomou uma distância maior.

Léo aumentou ritmo, tentando decifrar o que aquela piscadinha de Isabella significava.

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Comments

Nairl Almeida lima

Nairl Almeida lima

Anjélica Jacinto, falei que tinha admirado sua obra... me precipitei ! vc. é um fenômeno da literatura menina, estou sem palavras... Que história linda e emocionante... haja coração! PARABÉNS ♥️💋💋💝

2023-12-13

30

Alessandra Almeida

Alessandra Almeida

😂😂😂

2024-05-11

0

Helena Ribeiro

Helena Ribeiro

😂🤣🤣🤣 esses dois são muito lindos 💓🤩

2024-04-20

0

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