Cap-6

Depois de uma semana de muito dedicação na proposta de investimento do Sr. Leonardo, Isabella estava com a mente esgotada de tanto raciocinar. Pensou em passar o fim de semana dormindo e pintando em seu apartamento, sozinha, mas estava com saudades da sua mãe, avós, e o irmão caçula, então arrumou uma bolsa de roupas e resolveu passar o fim de semana na casa do seus pais. Quando chegou no saguão do condomínio, quase teve um infarto, ao ver ninguém menos que Leonardo, acompanhado de uma morena de óculos, com uma pasta na mão.

Ela tentou fingir que não viu o rapaz, mas os olhos de Léo estavam atentos e logo avistou a loira.

— Srta. Isabella? O que faz aqui?— Léo perguntou se aproximando.

— Eu moro aqui, senhor.— ela respondeu com a expressão de "Ué".

— Ótimo! Então vai poder me dizer como é o condomínio. Gosta daqui? — Léo perguntou olhando ao redor.

Um saguão luxuoso, sala de estar com lindos sofás, tapetes, lustres suntuosos, e móveis decorativos.

— Gosto daqui. É bem tranquilo.— ela respondeu olhando o celular, seu motorista a esperava no estacionamento.

— Quem sabe não seremos futuros vizinhos? Estou interessado em um apartamento aqui.— Léo falou voltando a encarar a moça.

— Boa sorte! Estou de saída. Tenha um bom dia!— Isabella respondeu fria.

— Bom dia...— Léo murmurou se afastando.

Isabella que já estava na porta das escadas, voltou, e resolveu conversar com Léo sobre os negócios, ia enviar um email, mas pessoalmente era melhor.

— Sr. Leonardo?!

Léo se virou e voltou a atenção para a loira. Isabella se aproximou.

— Analisei a proposta durante a semana, e as chances estão favoráveis. Mas antes de fechar negócio, eu quero fazer uma viagem para o estado e verificar as possibilidades eu mesma. Gostaria que sua equipe também fosse, para me explicar em mais detalhes sobre o plano da empresa.

— Claro, estaremos á disposição.— Léo respondeu.

— Vou pedir para minha assistente entrar em contato com o senhor, vamos agendar um dia para conversarmos e combinar a viagem certinho.

— Vou aguardar, senhorita.

Isabella assentiu.

— Pode comprar o apartamento, gosto muito desse condomínio. Recomendo.— Isabella afirmou dando uma piscadinha para Léo e seguindo para as escadas que davam para o estacionamento.

— Obrigado pelo feedback...— Léo respondeu com um meio sorriso.

Isabella foi até o carro e entrou, sentindo seu coração acelerar mais do que o normal. Ela tinha que reconhecer, Leonardo causava um impacto além do que ela desejava, tinha que se policiar. Piscou várias vezes, tentando afastar a atração que sentiu ao visualizar o sutil sorriso de Leonardo. Na sua cabeça, não precisava de homens galanteadores tirando seu foco da vida real. Estava aberta a um relacionamento, mas do tipo sério, para ter sua própria família, não aventurar com um rapaz que claramente não parece o tipo que quer se aquietar com uma mulher.

"Porque estou pensando em relacionamento?"

Balançou a cabeça em negação e procurou se distrair com as avenidas da grande São Paulo.

Chegou na mansão de seu pai, e foi tomada por um sentimento acolhedor. Nada como sua família para se sentir renovada e colocar as idéias no lugar.

Seu irmão caçula foi o primeiro a atender.

— Belinha!

— Oi maninho!

*Wesley Ferraz, 17 anos*

Os dois se abraçaram, Wesley adorava a irmã, era como sua segunda mãe.

Um gato de pêlos pretos se aproximou de Isabella, e se esfregou nela.

— Bento! Senti saudades...— ela pegou o bichano no colo e abraçou.

Desde que Ângela entrou na vida de Isabella, nunca faltou um gato na casa, primeiro foi o Bob, que morreu de velho, depois foi o Chico, que sumiu, agora é o Bento.

— Onde está a mamãe?— Isabella perguntou colocando o gato no chão.

— No quartinho dela, eu acho...— Wesley respondeu.

— Will?

— Dormindo... chegou já estava quase amanhecendo...

Isabella revirou os olhos e subiu as escadas, em um dos quartos encontrou sua mãe, concentrada em uma pilha de papéis na mesa, com uma caneta vermelha na mão. Se aproximou e tocou seu ombro.

*Ângela Novaes Ferraz, 45 anos*

— Bom dia, mamãe!— Isabella abraçou Ângela pelos ombros.

— Belinha! Oi, querida!l— ela ergueu a cabeça para avistar os olhos azuis da filha.— Ainda bem que veio, estava com saudades.

— Trabalhando no sábado?— Isabella perguntou se sentando na cadeira de frente, e apoiando os braços na mesa.

— É só umas avaliações que estou corrigindo. Para distrair a cabeça...— Ângela falou abaixando os olhos apreensiva.

— O que aconteceu? Parece preocupada...— Isabella perguntou temerosa.

— Seu pai não contou?

— Não. O quê?

— Meu pai foi solto á dois dias... liberdade condicional por bom comportamento... — Ângela falou desanimada.

— Que absurdo! Ele não pegou a pena máxima? Deveria ficar mais dez anos na cadeia!— Isabella falou indignada.

— Sabe como funciona as leis do nosso país... toda renca está solta, só fico imaginando se resolvem se juntar novamente e fazer alguma maldade. Amanda, Nicole, e agora meu pai. Só espero que os anos de reclusão, e a idade mais avançada tenha ensinado algo naquelas vidas miseráveis!

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Comments

Alessandra Almeida

Alessandra Almeida

Pensei que ele já tinha até morrido😒infernizou na outra estória, tomara que não vá dar trabalho nessa.

2024-05-10

1

Deisy Ribas

Deisy Ribas

qual a história da Angela

2024-05-08

1

Alessandra Almeida

Alessandra Almeida

Continua linda😍❤

2024-05-10

1

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