Cap-13

Já no estacionamento, Isabella se desvencilhou do rapaz.

— Adorei conhecer sua empresa, Sr. Leonardo. As chances de sucesso são altas.— Isabella afirmou.

— Me chame, de Léo. Se vamos trabalhar juntos, não vamos precisar de formalidades.— Léo falou com um sorriso.

Ela sorriu. Ele observou uma pequena mancha preta na bochecha da loirinha, provavelmente sujou a mão de graxa em algum lugar e passou no rosto.

— Tem uma sujeirinha de graxa no seu rosto...— Léo falou mostrando o local em seu próprio rosto.

Ela passou as mãos sujando ainda mais.

— Saiu?— ela perguntou.

— Não...— ele negou com uma careta.

Antes que ela tocasse o rosto novamente, Léo segurou a mão dela e constatou a sujeira inicial.

— Nossa! Onde eu me sujei assim?— Isabella percorreu os olhos pelo vestido claro e avistou várias manchas pretas.

— É melhor vir se lavar. Temos um sabão especial para tirar essa graxa. Tem roupa para trocar?— Léo perguntou segurando o riso, ao ver o desespero da loirinha em se limpar.

— Acho que tenho alguma coisa no carro... busca pra mim, Agnes?

A assistente assentiu e saiu com o analista.

Isabella encarou Léo, então notou a clara vontade de rir dele. Ela estreitou os olhos e virando se olhou no vidro fumê de um carro próximo.

— Que horror! Está parecendo que ganhei um olho roxo!— ela resmungou passando as mãos nos olhos e piorando a situação.

Léo soltou o riso, mas quando a loira o encarou engoliu de novo. Pegou um lenço de bolso e entregou para Isabella, que sem sucesso continuou com a sujeira.

— Só o sabão especial vai tirar... não tem jeito... — Léo afirmou.

Ela bufou olhando no retrovisor do carro, e logo a assistente trouxe um vestido embalado num plástico de lavanderia. Léo observou ela se afastar cochichando com a assistente.

— Mas é o único que tinha...— Léo ouviu a Agnes murmurar.

Impaciente, Isabella pegou a roupa embrulhada e voltou a se aproximar de Léo.

— Tudo certo, senhorita?

Isabella assentiu. Ainda com gentileza, Léo ofereceu o braço mais uma vez.

— Posso te sujar...— Isabella falou levantando a sobrancelha.

— Estou acostumado, querida. Não se preocupe, ainda sujo, sou lindo!— Léo respondeu com um sorriso maroto e dando uma piscadela a loirinha.

— Convencido...— ela murmurou revirando os olhos e aceitando o braço do rapaz.

Foram até o último andar, sob os olhares curiosos dos funcionários. Léo a levou até seu escritório e apresentou o banheiro. A loira entrou rapidamente e fechou a porta. Léo foi até o almoxarifado e pegou o sabão especial para graxas e voltou ao seu escritório, bateu na porta, ouvindo o som do chuveiro ligado.

— Vai precisar do sabão, senhorita!— falou na porta.

Ela abriu uma pequena fresta da porta, mas Léo pode notar os cabelos presos num coque no alto da cabeça, e os ombros nus e molhados, o cheiro inebriante de um sabonete diferente do que ele usava.

— Cadê o sabão?— ela perguntou impaciente.

Léo se voltou a realidade e entregou o sabão para a loirinha. Ela fechou a porta e Léo ficou paralisado, encarando a porta e imaginando a loira se banhando. Piscou os olhos a fim de espantar os pensamentos obscenos. Se sentou na cadeira, e abrindo o notebook, procurou se distrair abrindo sua caixa de emails. Quando deu por si, Isabella abria a porta e saía num vestido preto colado ao corpo, tão curto que Léo pode contemplar a metade das coxas torneadas da loira, os olhos subiram ao decote ousado, que tinha as entradas dos seios expostos. Ela puxou um grampo dos cabelos e os soltou, o brilho dourado deixou Léo boquiaberto.

— Não é um vestido apropriado, mas é único que tinha no carro.— Isabella argumentou ao ver Léo a cobiçar com os olhos.

— Está linda... quer dizer, fica bem de preto.— Léo falou desviando o olhar e tentando disfarçar a clara atração que sentiu.

Isabella sorriu maliciosa, e calçou seu scarpin.

Léo se sentia intensamente atraído pelo loira, além da vista que o encantou, a fragrância que exalava da garota o deixou inebriado. O rosto estava sem maquiagem, mas aos olhos de Léo não fez falta alguma, a Isabella tinha olhos azuis profundos, um rosto com traços tão delicados, que chegava a ser angelical, parecia uma mocinha de dezesseis anos.

— Obrigada por me deixar usar o seu banheiro.— Isabella falou depois de alinhar os cabelos lisos com os dedos.

— Não tem de quê, senhorita.— Léo respondeu se levantando e tentando ignorar o sorriso doce que enfeitou ainda mais aquele rostinho perfeito.

"Uma princesa!" Léo pensou fascinado.

— Me chame de Isabella, "se vamos trabalhar juntos não precisamos de formalidades".— Isabella usou as palavras de Léo.

Léo sorriu.

— Posso te convidar para almoçar? Já deu meu horário, e seria um prazer ter a sua companhia...— Isabella arqueou a sobrancelha desconfiada.— Pra falarmos de negócios, é claro.— Léo concluiu desviando o olhar e mostrando uma expressão mais séria.

— Pode ser uma boa idéia. Aceito.— Isabella respondeu.

Surpreso com a resposta, Léo fechou seu notebook e antes que se arrependesse do que acabou de fazer, pegou seu terno e oferecendo o braço a loirinha, saiu do escritório.

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