Cap-14

Enquanto Léo era o motivo da curiosidade dos funcionários, Daniel procurava desesperadamente por um momento a sós com Alice. Ela não atendeu suas ligações, não respondeu suas mensagens, e durante a manhã toda, desviava os olhos dos seus. Iveline parecia mais grudada do que de costume, o que causou desconforto em Daniel. No horário de almoço, Iveline o chamou para ir almoçar fora da empresa.

— Hoje não... vou almoçar por aqui.— Daniel respondeu tentando se livrar da noiva.

— Então vamos almoçar juntos?— ela insistiu.

— Eu não vou almoçar agora, mais tarde, talvez... tenho uns relatórios pra terminar...— ele murmurou olhando seu notebook.

Iveline deu um beijo em Daniel, e sentiu a frieza nos lábios do noivo. Quando ela saiu, Daniel correu para o escritório da Alice e a encontrou entretida em seu notebook. Sem perguntar, Daniel fechou a porta e trancou. Alice o olhava de olhos arregalados.

— O que está fazendo, Daniel?— ela perguntou preocupada.

— Quero conversar, a porta é só uma garantia para que não fuja de mim.— Daniel respondeu se aproximando da mesa.

— Não faz isso... não temos o que conversar...— Alice murmurou entristecida.

— Eu odeio ver esse rosto tão lindo, decaído...— ele se sentou na mesa e tocou o queixo da menina, a forçando encarar os olhos dele.— Eu ensaiei mil vezes o que dizer... estou confuso, Alice. Você mexeu comigo nos últimos dias e não sei o que pensar...

Ele estava loucamente tentado a beijar aquela boca mais uma vez, queria provar do gosto que ficou impregnado em sua boca.

"Ela é a porrä de uma tentação"!

O peito da garota subia e descia com a minha aproximação, mas ela se mantinha paralisada, ele não estava ficando louco, ela também sentia o clima que pairava entre os dois, e era tão envolvente, sedutor...

"Cäralhö! Eu vim aqui para conversar!"

Daniel agachou em sua frente, girou a cadeira para encarar os olhos verdes.

— Alice, me diz só uma coisa, e vou ter a resposta que preciso para tomar uma decisão. Foi só eu que senti, ou aquele beijo foi o melhor da sua vida?

Alice desviou o olhar, suspirou e tentou mentir, mas nem para isso encontrou palavras.

— Pode me dizer, eu sei que sou velho demais pra você, e seria normal não sentir atração por mim...— Alice colocou o indicador nos lábios de Daniel.

— Shiii... fala demais...— ela o interrompeu.— Daniel, não existe nada em mim que não seja apaixonada por você...— Daniel sorriu emocionado.— Mas não podemos, você está noivo... isso é loucura, o que as pessoas vão dizer?

— Não me interessa o que vão dizer, estou disposto a tentar. Eu não amo a Iveline, vou terminar com ela... mesmo que não queria tentar comigo, vou terminar com ela. Não vou me casar sem amor, as pessoas não merecem isso...— Daniel falou se levantando e olhando através da janela.

— Isso é um problema seu... mas por favor, não faça isso por algo que não tem certeza. Sei o quanto quer uma família, filhos... está as portas de realizar esse sonho. Não abandone por mim.— Alice implorou se levantando.

— Não estou abandonando o meu sonho, ele vai continuar vívido. Só acho que Iveline não é a pessoas certa.— Daniel se aproximou de Alice, ficando a uma distância perigosa.— Agora me diz, por que quando estou perto de você, meu coração só falta saltar pela boca— ele tocou o rosto dela, deslizando o indicador até os lábios — tudo fica desfocado, e perco totalmente a minha sanidade...

A distância já estava invisível, e Daniel sentia de perto a respiração cálida de Alice em seu rosto, os lábios cheios e entreabertos, os convidando a beija-los. Segurou a cintura da menina, e a puxando para si, tomou os lábios que o seduzia, e a beijou com ferocidade, estava dessesperado por mais, essa garota o deixou completamente fora de si, não era capaz de resistir os encantos, não era capaz de parar esse beijo enlouquecido, não era capaz de soltar a cintura delgada em suas mãos... Ela era tão pequena, que se perdeu nos braços de Daniel.

Mais uma vez, somente a falta de ar nos pulmões foi capaz de separa-los do beijo.

Daniel viu as lágrimas descerem no rosto da garota, e se sentiu tão pervertido.

"O que estou fazendo com essa menina"?

— Desculpe... não quero te magoar... mas você me faz perder o bom senso...

Daniel tentou afastar envergonhado, mas Alice o segurou e o puxou para outro beijo insano. Sentiu o sabor salgado das lágrimas da garota, e mesmo sabendo que estava sendo o maior canalha, não era capaz de declinar dos beijos dela. A pegou no colo, Alice o envolveu com suas pernas, e sentando a garota na mesa do escritório, apertou a cintura em suas mãos e Alice gemeu abafado, jogando a cabeça para trás. Daniel afastou os cachos do pescoço esguio, e beijou a pele do colo suavemente, degustando todo sabor da menina.

Ela gemia sentindo os lábios e a língua quente percorrer seu colo, sentiu as mãos de Daniel subirem por baixo da sua camisa e chegarem ao sutiã, o corpo estava a beira de um colapso de desejo e prazer, estava quente como fogo.

— Alice?— Dani tentou abrir a porta, chamando pela garota.— Sabe onde está o Daniel?

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