Cap-12

Léo se levantou e acompanhou Daniel, sabia que de nada interessava Isabella em conhecer o prédio da administração, trabalha com isso diariamente.

— Pode deixar que eu apresento nosso trabalho á ela.— Léo falou para Daniel.

Daniel arqueou a sobrancelha.

— Seja educada com a moça! E sem discussão desnecessárias...— Daniel sussurrou no ouvido de Léo, o alertando.

Léo deu um de inocente e tomando a frente, apertou o botão do elevador. Ignorou tudo o que a loirinha petulante o fazia sentir, e manteve os olhos firmes nos números do elevador que se aproximava. Assim que abriu, ele estendeu a mão e segurou a porta para os três entrarem. Engoliu em seco, ao sentir o perfume floral da garota invadir seus sentidos ao passar á centímetros dele. Entrou em seguida, sentindo o corpo reagir de maneira estranha com a presença da loirinha ousada, tão próxima dele.

Se manteve calado, podia sentir seu coração palpitar no peito, sem motivo aparente. O elevador tinha um clima tenso, que ele não sabia identificar e ficou assustado. Assim que a caixa metálica se abriu, ele saiu apressado, mas não era o único a se sentir sufocado lá dentro, Isabella acabou esbarrando nele ao tentar sair tão rápido quanto Léo.

— Desculpe...— Isabella murmurou.

— Não foi nada...— Léo balbuciou impactado pelos olhos azuis que o fitava.

O braço que Isabella esbarrou parecia queimar. Ela era tão linda que Léo se viu enfeitiçado pela garota de expressão suave e inocente. Ela estava sutilmente ofegante, Léo não saberia dizer se por se sentir presa no elevador, ou outra coisa a incomodava.

— Está tudo bem?— Léo perguntou preocupado.

— Ah... sim... não sou muito fã de elevadores...— ela murmurou tentando retomar a postura.

Léo assentiu e estendeu o braço. Isabella o olhou surpresa, mas se tinha algo que Léo sabia, era ser gentil com as mulheres, seu pai sempre o ensinou assim. Encabulada Isabella olhou Léo sem saber como reagir.

— Eu não mordo, srta. Isabella, é só uma gentileza. Vamos conversando enquanto vai conhecendo a empresa.— Léo afirmou com um meio sorriso, se aproximando mais da garota.

Hesitando, Isabella aceitou o braço do rapaz e o acompanhou se retirar do prédio luxuoso.

O toque suave de Isabella no braço de Léo o fez sentir o coração acelerar mais uma vez, estranhando a nova sensação, saiu do prédio se concentrando a sua volta. Os funcionários de Isabella acompanhavam atrás dos dois, se entre olhando desconfiados.

— Essa é uma creche para funcionários da empresa. Foi extensão da minha casa durante a minha infância.— Léo comentou ao passar pela construção.

— Que legal! Os pais devem se sentir bem aliviados, em saber que o filho está a poucos passos de seu trabalho.— Isabella falou com um sorriso.

Andaram mais alguns metros e entraram no primeiro barracão.

— Esse é o local onde produzimos peças para as máquinas que vendemos.— Léo falou entrando no lugar.

Observou que Isabella olhava tudo com admiração, as fresas, tornos, prensas, serras, centro de usinagem... todo maquinário espalhado pelo local.

— Para que tipos de máquinas, Sr. Leonardo?— ela perguntou curiosa.

Haviam subido as escadas, Isabella e Léo estavam num tipo de sacada no interior do barracão, o lugar não tinha luxo, era mais sujo, tinha muito pó de ferro, cavacos, óleo, graxas... mas era bem organizado. Ela soltou o braço de Léo, segurou no parapeito e observava tudo com fascínio.

— Aqui são produzidas peças que montam máquinas que embalam alguns tipo de alimentos. A maioria vão para o nordeste. São peças para máquinas de cremosinho, geladinho, mel... também embalam pão de alho, queijo...— Léo falou surpreso ao ver o claro interesse da loirinha.

— Onde é montada as máquinas?

— Em outro barracão. Vamos?— Léo chamou estendendo o braço mais uma vez.

Sem hesitar ela aceitou e se apressou a conhecer o restante da empresa.

Léo a levou para onde as máquinas eram montadas, depois onde produzia peças para instrumentos cirúrgicos. Encerrou com o barracão maior, onde produziam a exclusividade da empresa.

— Aqui, foi onde tudo começou. Meu pai teve as idéias dele, cresceu, e esse tipo de produção é o que mais gera procura nessa empresa. No gênero automotivo. Meu pai desenvolveu um mecanismo que adianta algumas horas na produção, e pode ser feito milhões de peças de uma única vez. Exclusividade da empresa, temos uma filial nos Estados Unidos e Rio de Janeiro.

— É essa exclusividade que quer levar para Camaçari, Sr. Leonardo?— Isabella perguntou sem tirar os olhos do extenso barracão.

— Sim. Mas as máquinas que embalam gêneros alimentícios, também é sucesso de vendas no nordeste, especialmente na Bahia. Até onde eu sei, são poucas as empresas que produzem essas máquinas por lá. Oportunidades, senhorita! Pouca concorrência e alta demanda!— Léo exclama empolgado.

Isabella sorriu. Agora que conheceu a empresa de perto, e sentiu o quanto seu parceiro estava obstinado com o investimento de expansão, teve a segurança que precisava. Dentro de seu coração, Isabella já havia tomado sua decisão. Estava dentro desse negócio de corpo e alma. Mas não daria o gostinho ao Léo, de afirmar nada ainda. Muitos fatores para analizar, e só quando estivesse na Bahia, daria a resposta certa.

Saíram do galpão, sem notarem que lá embaixo, num canto qualquer, Bernardo observava o filho com a Isabella, e sem perceber, o pai deixou um sorriso orgulhoso desenhar no rosto.

Mais populares

Comments

haydee correa

haydee correa

amando a continuação do livro do Bernardo e Elise /Drool/

2024-04-21

3

haydee correa

haydee correa

a *piscadinha* rsrsrs

2024-04-21

0

Elenice Carmo

Elenice Carmo

os pais dele aparecem no livro que se chama o amor acontece

2024-04-08

0

Ver todos
Capítulos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!