Cap-7

— Sinto muito, mãe... mas acho que não ousariam tanto. Voltar a cena do crime? Seriam muito idiotas...

— Tenha cuidado, querida. Não saía sem seu segurança particular. Não devemos subestimar esse tipo de pessoa — Ângela alertou.

Isabella assentiu. Olhando os olhos verdes de sua mãe, não deixou de lembrar dos traumas de sua infância, onde a mulher que gostava tanto, não era sua avó e trouxe tantos prejuízos emocionais á família. Ainda se lembrava vividamente do dia que seus pais foram sequestrado. As luzes dos policiais na calçada, os sequestradores mascarados atirando em todos os funcionários, e seus pais sendo arrastados pelos braços...

Suspirou profundamente e espantou as lembranças ruins de sua infância, se permitiu lembrar apenas da mulher na sua frente, que apesar de todas lutas, se manteve firme e ocupou o papel de mãe na sua vida com muito afinco e amor.

— Estou precisando relaxar, o que acha de uma tarde num SPA?— Isabella sugeriu a fim de quebrar o clima tenso.

Ângela largou a caneta e juntou as avaliações na mesa.

— Excelente idéia! Melhor que se distrair corrigindo provas!— exclamou com um sorriso.

Isabella se levantou e observou a sala cheia de suas pinturas emolduradas na parede, desde de uns rabiscos de borboletas, até o último quadro abstrato, que havia presenteado a mãe no Natal passado.

Saíram do quartinho, e desceram as escadas.

— Onde está o papai?— Isabella perguntou.

— Dormindo. Proibiu qualquer um de acorda-lo antes do meio dia.— Ângela respondeu rindo.— Já tomou café, querida?

— Ainda não.

— Me acompanhe então.

As duas se sentaram e na ilha da cozinha entre xícaras de café, pães e biscoitos, colocaram o papo em dia. Isabella aproveitou a casa do pai para usar a academia, não passava um dia sem treinar, isso garantia sua disposição e boa forma no dia-dia.

Ao contrário das pessoas normais, que fazem musculação com músicas barulhentas e animadas, Isabella sempre treinava ouvindo suas músicas clássicas, era o que a motivava. No meio de seu treino, Wesley se juntou a ela. Terminou seu treino, trocou umas palavras com seu irmão caçula e foi tomar um banho. Quando voltou, encontrou seus avós. Abraçou o avô apertado.

— Como está minha garotinha?— Osvaldo perguntou sorrindo.

— Muito bem!— respondeu sorrindo.

Falou com sua avó Clarisse por linguagem de sinais, libras.

"Oi! Como a senhora está? Estava com saudade!"

Abraçou a avó e logo viu seu pai descendo as escadas com os cabelos bagunçados e o rosto amassado, clássica expressão de quem acabou de acordar.

*Jonathan Ferraz, 53 anos*

— Bom dia!

Jonathan abraçou a filha com carinho e deixou um beijo na sua testa, depois cumprimentou seus pais.

Logo Ângela apareceu e levou uma xícara de café para cada um, e se juntou ao lado do marido.

— Como está se saindo nos negócios?— Osvaldo perguntou a neta.

— Bem, eu acho.— Isabella respondeu tímida.

— Já decidiu sobre o investimento do Sr. Leonardo?— Jonathan perguntou.

— Acho que vou aceitar. Mas antes vou viajar para Camaçari e ver as oportunidades por mim mesma.— Isabella ponderou.

— Excelente idéia! É sempre bom olhar de perto.— Osvaldo afirmou.

— Pense com carinho, querida. O pai do rapaz é um grande cliente do nosso banco, de muitos anos.

Isabella assentiu. Acabou lembrando do rapaz, e com medo de acabar se distraindo com a presença do belo moço, prometeu a si mesma que não facilitaria as coisas, e não se permitiria deixar levar pela bela aparência do rapaz, ou palavras galantes.

💙

Se por um lado Isabella estava com a família pensando em como lidaria com os negócios com Leonardo, com Léo não era diferente. Após a visita no apartamento com a corretora, e o encontro inesperado com sua nova parceira de negócios, Léo que estava decidido a comprar o apartamento, acabou excluindo esse da lista, acharia outro em algum lugar, a última coisa que ele queria, era parecer estar atrás daquela garota.

Quando chegou em casa, seus pais já haviam voltado da viagem. Cumprimentou os dois, que estavam radiantes, como um casalzinho que acabou de voltar da lua de mel.

— Como passaram? Tudo bem com vocês?— Elise perguntou ao primogênito.

— Tudo bem. Tranquilo.— respondeu Léo abraçando a mãe.

— Onde está as meninas?— Bernardo perguntou tocando o ombro do filho.

— Aline, até onde eu sei, está no quarto dormindo. Alice foi trabalhar, disse ter assuntos pendentes para adiantar para semana que vêm.— Léo respondeu.

— Chegou agora, onde estava?— Elise perguntou entrando na cozinha.

— Estou procurando um apartamento, quero ter meu próprio lugar.— respondeu se encostando no balcão da cozinha, enquanto sua mãe enchia um copo de água.

— Tem certeza? E quando formos para fazenda? Quem vai ficar com suas irmãs?

— Nossa mãe! As meninas tem 22 anos, e posso ficar em casa quando não estiverem. Ou então a Alice fica responsável pela casa.

Elise assentiu pensativa.

— Porque não a Aline?— ela perguntou.

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Comments

Alessandra Almeida

Alessandra Almeida

Continua bonitão😍esse personagem é bem parecido com o da primeira estória: A professora da minha filha.

2024-05-10

1

Imaculada Abreu

Imaculada Abreu

Muito boa a estória

2024-03-30

6

Cassia Soares

Cassia Soares

A história está interessante autora

2024-02-03

9

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