Cap-17

O almoço terminou, e lá estava Léo e Isabella decidindo que local visitaria primeiro com o corretor.

— Acho melhor ver as possibilidades de terrenos, vai ser mais rápido, hoje estamos cansados da viagem, visitar barracões é mais cansativo e demorado.— Isabella insistiu.

Léo revirou os olhos impaciente, já estava farto de ceder aos caprichos da loirinha.

— Não precisamos ver todos os barracões! Só uns dois.— Léo retrucou.

Os dois olharam para sua equipe, esperando uma resposta, todos ficaram surpreso, finalmente os chefes queriam a opinião dos subalternos?

— Léo, não fique bravo, mas tenho que concordar com a Isabella, prefiro ver os terrenos... barracão é mais demorado...— Alice foi a primeira a abrir a boca.

— Voto nos terrenos.— Dani levantou a mão fazendo uma careta.

— É um comprô das mulheres? Até você Daniel?— Léo indagou com a sobrancelha levantada, ao ver o amigo ficar do lado das meninas.

— Estamos no século 21, as mulheres sempre tem razão...— Daniel respondeu encolhendo os ombros.

— Certo! Só vou aceitar, porque acabou de descobrir que vai ter um filho, meu presente ao novo papai!— Léo exclamou se levantando.

Daniel sorriu envergonhado. Ah, se soubessem o que estava em seu coração! Todo tipo de sentimento, menos felicidade.

De soslaio, Daniel observou Alice, ele sentia tudo que a garota de seus sonhos estava vivenciando. Os lindos olhos verdes, que sempre expressavam carinho, o quanto era meiga e psicologicamente madura, agora refletiam dor e melancolia, e Daniel sabia que era o culpado de tudo. Seu coração partiu ao meio, quando Iveline grudou em um beijo demorado, e além de tudo segurou sua mão em seu ventre. Isso era cruel demais para garota. Não queria que Iveline fosse para se despedir, mas não pode evitar.

Não estava sendo diferente com ele, a cada toque da noiva, em cada beijo de Iveline, sentia o quanto seu coração pertencia a morena de olhos verdes. Doeu tomar a decisão de continuar com Iveline, porque seu coração o mandava diretamente para Alice, mas sua consciência era madura o suficiente para tomar a decisão certa, não a do seu coração confuso. Agora, teria um filho, antes mesmo de ter a criança, já ia faze-lo nascer sem ter uma família completa?

Já tinha idade suficiente para saber as responsabilidades de um homem, e abandonar a noiva após a descoberta de uma gravidez, não era uma decisão de homem honrado. Como abandonaria a noiva e um filho, para ficar com uma garota, que uns cinco anos mais velho, poderia ser até o pai dela?

Ele queria conversar com ela, mas Alice ordenou que só falasse com ela se tivesse terminado com Iveline, o que não ocorreu, pelo contrário, Iveline fez questão de marcar o casamento e finalmente dar uma data, muito próxima, segundo ela, antes da barriga apontar. Agora, daqui a menos de três meses, estaria casado.

Apesar das ordens de Alice, que Daniel usou a semana toda como desculpa para si mesmo, para não conversar com Alice, a verdade é que ele temia falar com ela e acabar como as duas vezes que se aproximaram, sem controle, agindo como um adolescente com os hormônios á flor da pele, desesperado por ter o corpo de Alice junto ao seu.

— Vamos? Saudades da Iveline?— Léo tocou no ombro do amigo, ao notar que ele era o único que divagava e não se levantou.

Daniel piscou várias vezes. Ah se Léo soubesse que saudade ele tinha, mas da pessoa que estava bem próximo dele, porém a alma tão distante!

— As vezes saber que vai ser pai, assusta!— Daniel falou se levantando.

— Vai ser um ótimo pai. Não devia se preocupar com isso.— Léo falou dando uns tapinhas nas costas do amigo.

— É... só o tempo dirá...— Daniel resmungou.

Saíram do restaurante, voltaram ao quarto e logo parte da equipe saiu para Camaçari, onde encontrariam o corretor que apresentaria os terrenos e imóveis durante a estadia deles. Isabella foi apenas com um segurança e sua assistente, Léo já foi com todos, exceto o advogado e dois de seus seguranças.

Visitaram dois terrenos extensos, Léo gostou da localização, do bairro, mas a compra de um terreno não era sua prioridade, tinha com ele que comprar algo feito e reformar era mais rápido e prático. Mas ele notou que a Loirinha pendia para idéia de construir do zero. Mais uma discórdia para a lista nada pequena de discussões.

Voltaram ao hotel no entardecer, Alice foi para o quarto, trocou sua roupa e colocou um conjunto de short e uma blusa de alça branco com estampas de flores pequenas e coloridas, e já ia sair do quarto, calçando as famosas "havaianas", quando Dani a chamou.

— Alice? Onde vai?

— Tomar um ar. Vou andar pelo hotel...— ela mentiu.

— Ah tá... bom passeio! Vou ficar aqui maratonando minha série preferida que saiu uma nova temporada, no conforto dessa cama!— Dani falou se jogando na cama.

— Que série é?— Agnes perguntou curiosa, também estava deitada na cama, mexendo no celular.

— "Outlander".

— Eu adoro essa série!— Agnes exclamou deixando o celular de lado.

Alice também gostava da série romântica, mas estava emocionalmente sensível para assistir, certamente choraria para qualquer cena de amor, e não podia se mostrar vulnerável as garotas.

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Comments

Alessandra Almeida

Alessandra Almeida

Ela deve estar mentindo, por isso quer casar com tanta pressa, pra não correr o risco da barriga não crescer e ele desconfiar que é mentira.

2024-05-11

1

Glucck

Glucck

Acho que não está grávida, ou, não é dele.

2024-05-06

0

Maria Aparecida De Camargo Galvão

Maria Aparecida De Camargo Galvão

Acho que a Iveline percebeu o que estava acontecendo, e inventou uma gravidez.

2024-04-28

0

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