Pedro chegou ao centro da cidade observando as ruas completas de pessoas indo e vindo, alguns irmãos de sua cor pediam esmolas outros executavam trabalhos pesados. e alguns pobres infelizes eram espetáculos públicos amarrados ao tronco em disciplina férrea.
Assim que avistou os homens moribundos presos a corrente Ramon foi até os guardas que o mantinham presos e falou:
_ Solte esses homens agora!
Os guardas ficaram brancos com a autoridade do médico.
_ Estão presos em disciplina por terem fugido.
Ramon fitou aqueles homens cruéis e falou:
_ Olhe o estados deles iram sucumbir e seu patrão irá cobrar na carne de vocês a perde de dois homens fortes e jovens.
Os homens em pânico libertaram os escravos que caíram no chão sem força. Ramon levou um a um a sua carroça sobre a guarda dos guardas que assustados temiam serem punidos pelo patrão.
_ Escutem eles ficaram em minha casa até recuperar a saúde e eu mesmo falarei com seu patrão. Onde é a casa de seu senhor?
Os homens falaram e Ramon seguido de Pedro foi a casa do homem explicando que os dois negros fugitivos corriam o risco de não sobreviver.
O homem desesperado pelo alto prejuízo aceitou receber metade do valor pelos dois dando a Ramon o documento de posse dos negros.
Pedro observava Ramon comprar os escravos com raiva marcando para casa do médico assistindo os fugitivos serem cuidados por outros irmãos de seu cor que saudaram o médico.
Um dos fugitivos voltou a consciência e agitado tentou escapar das mãos de uma mulher que cuidava de suas feridas.
_ Acalme está em segurança. És um homem livre de hoje em diante.
Disse Ramon em uma lingua nativa da Costa do Marfim. Dando ao rapaz o papel que lhe garantia sua liberdade.
O homem com os olhos a verter água olhou o médico com gratidão.
Os dias foram passando e Pedro acompanhava o Dr. que por onde passava era bem quisto por sua honestidade e seu trabalho duro, todos olhavam aquele homem com o coração aliviado já que ele trazia a cura e o amparo aos necessitados de atendimento médico.
Ramon Ramon era um homem bom e não se importava com o que as pessoas da corte diziam ao seu respeito já que sabia para o que havia sido chamado e levava em seu coração um amor pela profissão.
Pedro observava encantado o modo como ele tratava as pessoas de sua cor como se todos fossem iguais.
_ Pedro todos somos iguais.
Ao perceber que o rapaz pensava a observar o modo carinhoso que ele tratava as quitandeiras e seus filhos que trabalhavam na venda dos produtos de seus senhores na feira.
_ Queria que todos pensassem assim.
Disse o rapaz olhando para o toco de sua mão com tristeza.
Ramon segurou seus ombros e o ficou com olhos cheios de esperança ele falou com carinho:
_ Não esmoreça meu amigo aprenderá um ofício que possa executar apesar de sua deficiência estarei contigo todo tempo que precisar e será tratado com muito respeito e carinho.
Pedro sorriu e ali entendeu que não estava ao lado de um senhor mas de um amigo que tratava como igual.
caminharam por mais alguns minutos chegando a uma casa pobre, Ramon abriu a porta pesada de madeira dando passagem a ele e eu sorrindo disse com alegria de seu coração:
_ Seja bem-vindo a casa meu amigo.
Pedro emocionado olhou para pequena construção com carinho Já que é pela primeira vez estava em uma casa que poderia chamar de sua.
Ramon guiou até o quarto e lá mostrou um pequeno cama de madeira com colchão de palha com lençóis limpos e cobertores lindos de Portugal.
_ Essa é a sua cama meu amigo este é o seu quarto.
Pedro com os olhos cheio de lágrimas caminhou até a cama de madeira tocando a textura macia do lençol cheirou o mesmo e com os olhos vertendo lágrimas fitou o amigo que observava com carinho.
_ Eu nunca dormi uma cama Senhor.
tomou um caminhão até o amigo tocou seu ombro e com o olhar tranquilo falou:
_ Pedro não sou seu e o senhor mas o seu amigo. lamento ter experimentado a crueldade humana desde pequeno, mas de hoje em diante terá a sua dignidade humana respeitada.
Pedro sentou na cama macia e olhou para o amigo e para o pequeno quarto eu no fundo havia um armário Ramon foi até ele o abrindo mostrando ao rapaz algumas roupas de boa qualidade.
_Espero que serviam em você se não teremos que fazer ajuste. Pedi para dona Bella trazer essas roupas para você espero que as mesmas sejam úteis nessa sua nova caminhada de vida.
Pedro foi até as roupas e tocou uma camiseta de algodão e olhou para Ramon e no impeto o abraçou com carinho sendo retribuído pelo amigo que sorrindo lhe disse:
_ Hoje é o seu primeiro dia de vida Pedro e é com muito carinho que lhe dou esses pequenos presentes.
Pedro pela primeira vez sentiu a alegria em seu coração sofrido e que a vida poderia ser boa.
Ramon sorriu E no meio do corredor encontrou a figura de uma senhora mestiça que sorria com alegria já que ela era uma das várias almas que Ramon havia dado a liberdade. e seus poucos anos de clínica médica trocava o seu soldo muitas vezes por escravos doentes que ele tratava e os libertam transformando sua pequena casa e um refúgio para almas feridas. Durante anos manteve aquela casa escondida do tio que não aceitava o sentimento de indignação demonstrado pelo jovem. Ramon não suportava os males da escravidão, constatando nos olhos daquelas pessoas feridas a dor da humilhação e via que eram pessoas como ele seres como ele dotados de sentimentos. Não se conformava com a sorte dura de grande parte da população negra que cruzava o seu caminho e assim fazia de tudo para aliviar sua vida de tristeza.
_ Bem-vindo meu filho tenha em mim uma mãe.
Pedro olhou aquela senhora de olhos bondosos e sorriu pela primeira vez civil cercado de amor e de carinho e Alegre segurou a mão da senhora com carinho.
Atrás dela viu alguns rostinhos de crianças que haviam sido comprados por Ramon de modo a lhe poupar uma vida de servidão na mão do Senhor os cruéis de escravos.
_ Não é o único aqui meu amigo esta casa é um abrigo para todos aqueles que consigo tirar das garras da escravidão.
Disse Ramon sorrindo.
Pedro observou a sua pequena família de coração que o observava com atenção.
Pedro abraçou novamente Ramon e com os olhos cheio de lágrimas sorriu já que não estava mais sozinho no mundo agora pertencia a uma família.
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Atualizado até capítulo 80
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