Capítulo 9 - Alvorecer de uma vida.

Marina bebia com prazer o café quente sentada na cozinha com as mucamas que sorriam. Após a saída de Mercedes a vida na fazenda mudou do fel para o mel, a sinhá era boa para todos os negros. Havia mudado a rotina deles para melhor. A senzala foi desmanchada e os negros viviam em casas espalhadas pela propriedade felizes.

Não havia mais castigos, os trabalhos nas lavouras de cana-de-açúcar foram modificados pela sinhá com suas ideias novas sobre irrigação e plantio.

A vida era boa e a garota tratava todos com muito carinho e amizade. Afonso estava encantado com a flor que sua filha era. O remorso corroía sua alma por todos os anos de abandono que havia delegado a menina.

Era um prazer desfrutar da vida ao lado dela. A cada dia ela estava mais parecida com sua falecida esposa.

Tudo era alegria naquela fazenda no Rio de Janeiro. Tudo ia bem até que Lisboa pós os olhos na jovem que foi à missa com o pai.

O homem a muito procurava uma noiva para o seu filho que se encaixasse nos seus altos padrões.

O velho observou a interação da jovem com o pai após a missa e a sua bondade em lidar com os pobres que mendigavam a porta da igreja.

Decido marchou até Afonso que fitou o comerciante com desagrado, no passado tentou de tudo para unir sua filha com o filho dele. Hoje não pensava em casar a jovem tão cedo.

_ Bom dia, Afonso. Bela manhã para tu menina.

A jovem fez uma pequena reverência presa aos braços do pai.

_ O que busca por essas bandas meu amigo?

Disse Afonso sorrindo.

_ Uma noiva para meu Joaquim. Quem sabe não encontrei nesta bela jovem.

Disse o comerciante com os olhos a brilhar.

A menção ao nome do rapaz trouxe ao peito de Marina grande desconforto. Lembrou da narrativa do livro lido, a mesma somente lhe forneceu dados superficiais da vida de Teresa, estando longe da dura realidade que a jovem viveu.

_ Meu pai, se me permite dar minha opinião, não gostaria de me casar tão cedo.

Disse ela que para o seu alívio viu nos olhos do pai o mesmo sentimento.

_ Meu amigo, concordo com minha filha. Ainda é cedo para pensar em casamento.

Falou Afonso tocando na mão da filha que sorriu para o pai alegre.

_ Compreendo meu amigo. Mas não me negue o prazer de jantar contigo hoje a noite.

Para o desgosto de Afonso foi obrigado a aceitar o convite e as 18:00 horas pai e filho chegaram a casa do fazendeiro.

_ Sejam bem-vindos a minha casa.

Falou Afonso sem entusiasmo.

_ É um prazer estar com vocês.

Disse o homem entregando o chapéu ao anfitrião.

_ Venham lavar as mãos.

Disse Afonso guiando o homem e o filho até a tigela com água perfumada. Ambos os homens seguiram o dono da casa a sala de música onde Marina executava uma música ao piano.

Assim que terminou viu o entusiasmo nos olhos de Joaquim que a fitava com alegria e encanto.

O seu rosto era belo emoldurado com olhos azuis.

_ Sabe cantar?

Perguntou ele a jovem que assentiu com a cabeça e cantou uma música triste sobre um homem ciumento que tira a vida da noiva por ciúmes.

Joaquim sentiu que a música era para ele como acusações veladas.

_ Bravo, minha jovem.

Disse Lisboa batendo palma.

_ Sinhá o jantar está pronto.

Disse a mucama a Marina que levantou do banco e foi até a mulher depositando um beijo em sua bochecha.

_ Obrigada Maria pelo carinho e dedicação, lhe sou muito grata querida.

A mulher negra sorriu alegre pelo reconhecimento da jovem pelo trabalho árduo na cozinha.

Lisboa, assustado com atitude da jovem, fitou o filho que estava maravilhado pelo tratamento dado pela jovem a mucama da casa.

Seguiram para sala de jantar e desfrutaram de alimentos simples feitos com muito esmero.

Lisboa torceu o nariz para os pratos simples. Afonso comia tranquilo ao lado da filha.

_ Meu amigo, vi que ao longo de sua fazenda tem várias casas de escravos. Esse fato me surpreendeu, criou um jeito de lidar com essa gente?

Afonso o fitou com olhos duros.

_ Senhor Lisboa foi sugestão minha que meu pai acatou.

_ O que uma rapariga sabe de negócios?

Disse ele irritado.

_ Quantas fugas tem em sua fazenda por mês?

Perguntou ela ao homem que o fitou sério.

_ Duas a três.

Quantos escravos perde em disciplina?

Perguntou ela novamente.

_ Três ou dois?

_ Agora sabe quantas fugas tivemos depois da implantação da sugestão de minha filha?

Perguntou Afonso ao convidado.

_ Uma ou duas.

_ Errou senhor. Nenhuma.

O comerciante olhou para eles espantado.

_ Cada escravo tem sua casa e seu pedacinho de terra para cultivar e seus animais. Eles trabalham na fazenda e depois que cumprem suas obrigações cuidam de seus próprios interesses. Se dedicando a suas hortas e cuidados com seus animais. Com esse modo de tratar os escravos não tem fugas e gastos com reposição. Já que eles têm uma vida tranquila, se dedicam ao trabalho nos engenhos e nos cuidados de suas plantações.

O homem ficou com a boca aberta da forma inteligente que a garota havia resolvido os problemas das fugas.

_ Como lidam com a disciplina?

Perguntou ele curioso.

_ Não há troncos ou necessidade para tal, já que acordamos com nossos escravos alguns combinados, como moradias próprias, horas de trabalho justas e distribuição de alimentos a todos. Além de não vendermos nenhum deles, é permitir aos mais velho trabalhos leves e tranquilidade em seus últimos dias.

_ Eles vivem como homens livres.

Disse Joaquim encantado.

_ Sim. São livres para vender os produtos de suas plantações e seus animais sem precisar prestar contas a nós. É um acordo no qual todos recebem pelo trabalho árduo nas plantações. Eles optaram por receber animais como pagamento.

_ Que método de gestão desse povo inovador. Ouvi dizer que caro amigo, que se tornou o maior exportador de açúcar do Rio.

_ Sim, graças a visão de minha filha e seus métodos de plantio e de irrigação.

_ Até nisso opinou?

Perguntou o homem assustado.

_ Ela trouxe ideias ótimas, posta em prática. Tornando às terras bem mais frutíferas.

O português olhou para garota com admiração.

Joaquim estava encantado com a figura da jovem delicada.

Capítulos
1 Capítulo 1 - Forja do destino
2 Capítulo 2- Despedidas
3 Capítulo 3 - Luxúria x amor
4 Capítulo 4 - Se fosse comigo seria diferente!
5 Capítulo 5 - Não desafie o destino.
6 Capítulo 6 - Hipocrisia e maldade
7 Capítulo 7 - Quem com ferro fere será ferido.
8 Capítulo 8 - Reparos
9 Capítulo 9 - Alvorecer de uma vida.
10 Capítulo 10 - Proposta de casamento
11 Capítulo 11 - inveja e maldade.
12 Capítulo 12 - Obstinação de um coração.
13 Capítulo 13 - Imaturidade e inveja
14 Capítulo 14 - Amor de pai.
15 Capítulo 15 - Erros de pai.
16 Capítulo 16 - Mudança de vida.
17 Capítulo 17 - O primeiro dia de Pedro.
18 Capítulo 18- A velha Sebastiana.
19 Capítulo 19 - Um aliado.
20 Capítulo 20 - Amor verdadeiro
21 Capítulo 21 - Amor
22 Capítulo 22 - Estou perdido
23 Capítulo 23 - A dor de um coração
24 Capítulo 24 - A humilhação como combustível
25 Capítulo 25 - O príncipe regente
26 Capítulo 26 - O falso sacerdote
27 Capítulo 27 - Angustia de Marina
28 Capítulo 28- Vida no prostíbulo
29 Capítulo 29- O cerco de Joaquim
30 Capítulo 30 - O despertar de Teresa
31 Capítulo 31- O futuro é questão de escolha.
32 Capítulo 32 - Despertar de Marina
33 Capítulo 33 - Embate entre irmãos
34 Capítulo 34 - De volta para casa
35 Capítulo 35 - A angustia de Jacira
36 Capítulo 36 - Objeção de Coiote
37 Capítulo 37 - Retorno ao lar
38 Capítulo 38 - Inveja
39 Capítulo 39 - O príncipe galante
40 Capítulo 40 - Rastro de magia
41 Capítulo 41 - Inimigos ou amantes?
42 Capítulo 42 - Pesadelo
43 Capítulo 43 - Encontro não marcado
44 Capítulo 44 - O sonho explicado
45 capítulo 45 - Dunas do sol
46 Capítulo 46 - Reminiscências do passado
47 Capítulo 47 - Preceptor
48 Capítulo 48 - Artimanhas do destino
49 Capítulo 49 - Magia nas sombras
50 Capítulo 50 - Despertar para as leis da matéria
51 Capítulo 51 - Magia do tempo
52 Capítulo 52 - Ilusão X verdade
53 Capítulo 53- Conhecendo a verdade do passado
54 Capítulo 54 O velho mundo
55 Capítulo 55 - De volta a normalidade
56 Capítulo 56 - enfrentando o antigo algoz o medo
57 Capítulo 57 - Confronto
58 Capítulo 58 - Domando um demônio
59 Capítulo 59 - Encontro entre vítima e algoz
60 Capítulo 60 - Desconfiança
61 Capítulo 61 - Nas profundezas da mente.
62 Capítulo 62 - A víbora me dizia a verdade
63 Capítulo 63 - Verdades reveladas
64 Capítulo 64 - As rédeas do futuro
65 Capítulo 65 - Um príncipe
66 Capítulo 66 - A vingança do eunuco
67 Capítulo 67 - O peso do perdão
68 Capítulo 68 - A face do mal.
69 Capítulo 69 - A vingança de um rejeitado
70 Capítulo 70 Segredos de um pai
71 71 - Quando terei paz?
72 Capítulo 72 - Perseguição
73 Capítulo 73 A morte do assassino
74 Capítulo 74 - Dimensões
75 Capítulo 75 - Expiações
76 Capítulo 76 A colheita das ações
77 Capítulo 77 - O despertar de uma nova vida
78 Capítulo 78 - O caminho da fé
79 Capítulo 79 - O última encontro
80 80 - Vida
Capítulos

Atualizado até capítulo 80

1
Capítulo 1 - Forja do destino
2
Capítulo 2- Despedidas
3
Capítulo 3 - Luxúria x amor
4
Capítulo 4 - Se fosse comigo seria diferente!
5
Capítulo 5 - Não desafie o destino.
6
Capítulo 6 - Hipocrisia e maldade
7
Capítulo 7 - Quem com ferro fere será ferido.
8
Capítulo 8 - Reparos
9
Capítulo 9 - Alvorecer de uma vida.
10
Capítulo 10 - Proposta de casamento
11
Capítulo 11 - inveja e maldade.
12
Capítulo 12 - Obstinação de um coração.
13
Capítulo 13 - Imaturidade e inveja
14
Capítulo 14 - Amor de pai.
15
Capítulo 15 - Erros de pai.
16
Capítulo 16 - Mudança de vida.
17
Capítulo 17 - O primeiro dia de Pedro.
18
Capítulo 18- A velha Sebastiana.
19
Capítulo 19 - Um aliado.
20
Capítulo 20 - Amor verdadeiro
21
Capítulo 21 - Amor
22
Capítulo 22 - Estou perdido
23
Capítulo 23 - A dor de um coração
24
Capítulo 24 - A humilhação como combustível
25
Capítulo 25 - O príncipe regente
26
Capítulo 26 - O falso sacerdote
27
Capítulo 27 - Angustia de Marina
28
Capítulo 28- Vida no prostíbulo
29
Capítulo 29- O cerco de Joaquim
30
Capítulo 30 - O despertar de Teresa
31
Capítulo 31- O futuro é questão de escolha.
32
Capítulo 32 - Despertar de Marina
33
Capítulo 33 - Embate entre irmãos
34
Capítulo 34 - De volta para casa
35
Capítulo 35 - A angustia de Jacira
36
Capítulo 36 - Objeção de Coiote
37
Capítulo 37 - Retorno ao lar
38
Capítulo 38 - Inveja
39
Capítulo 39 - O príncipe galante
40
Capítulo 40 - Rastro de magia
41
Capítulo 41 - Inimigos ou amantes?
42
Capítulo 42 - Pesadelo
43
Capítulo 43 - Encontro não marcado
44
Capítulo 44 - O sonho explicado
45
capítulo 45 - Dunas do sol
46
Capítulo 46 - Reminiscências do passado
47
Capítulo 47 - Preceptor
48
Capítulo 48 - Artimanhas do destino
49
Capítulo 49 - Magia nas sombras
50
Capítulo 50 - Despertar para as leis da matéria
51
Capítulo 51 - Magia do tempo
52
Capítulo 52 - Ilusão X verdade
53
Capítulo 53- Conhecendo a verdade do passado
54
Capítulo 54 O velho mundo
55
Capítulo 55 - De volta a normalidade
56
Capítulo 56 - enfrentando o antigo algoz o medo
57
Capítulo 57 - Confronto
58
Capítulo 58 - Domando um demônio
59
Capítulo 59 - Encontro entre vítima e algoz
60
Capítulo 60 - Desconfiança
61
Capítulo 61 - Nas profundezas da mente.
62
Capítulo 62 - A víbora me dizia a verdade
63
Capítulo 63 - Verdades reveladas
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Capítulo 64 - As rédeas do futuro
65
Capítulo 65 - Um príncipe
66
Capítulo 66 - A vingança do eunuco
67
Capítulo 67 - O peso do perdão
68
Capítulo 68 - A face do mal.
69
Capítulo 69 - A vingança de um rejeitado
70
Capítulo 70 Segredos de um pai
71
71 - Quando terei paz?
72
Capítulo 72 - Perseguição
73
Capítulo 73 A morte do assassino
74
Capítulo 74 - Dimensões
75
Capítulo 75 - Expiações
76
Capítulo 76 A colheita das ações
77
Capítulo 77 - O despertar de uma nova vida
78
Capítulo 78 - O caminho da fé
79
Capítulo 79 - O última encontro
80
80 - Vida

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