Capítulo 10 - Proposta de casamento

O jantar corria tranquilo até que uma chuva forte caiu sobre a região. Raios iluminavam o céu e trovões vibraram nas paredes da casa. A água despenca das com força deixando a noite sombria com os ventos fortes da tormenta. Marina sabia que aqueles homens seriam hóspedes da casa, deixando a mesma no raiar do dia. Estava calculando o que precisaria para organizar os quartos.

Batidas na porta da frente eram audíveis, Afonso levantou da mesa e com passos rápidos foi até ela abrindo-a encontrando o rosto de Tião preocupado. O coração do senhor de escravos se encheu de preocupação, temendo o soterramento do rebanho de gado que se escondia nas barrancas em caso de chuva.

_ O que aconteceu Tião?

Perguntou ele aflito puxando o homem encharcado para dentro da casa sem se importar com o piso, que era tomado pela água que escorria dele.

_ Desculpa, Senhor, é que o rio transbordou tampando a estrada, eu fiquei com medo que seus convidados tentassem atravessar o mesmo a cavalo e perecer. Já que as águas estão descendo com força em grande volume.

Lisboa ouviu aquilo espantado com a lealdade do escravo ao seu senhor fitando o negro molhado.

_ Fez muito bem Tião!

Exclamou Afonso ao seu servo tocando em seu ombro com as mãos.

Marina olhou o homem molhado e correu até ao escravo e o fitou preocupada.

_ Como estão as pessoas perto do rio?

Perguntou ela angustiada com a segurança das famílias de escravos que viviam em casas de barro e madeira. A jovem aflita segurou a mão calejada do homem.

_Sinhá, graças a Deus a senhora pediu para destruirmos aquelas casas à beira do rio, todas as construções foram inundadas. Que Deus abençoe a sua sabedoria sinhazinha para que nunca aconteça desgraça nessa fazenda.

Marina sorriu para o homem aliviada correndo para cozinha de modo a demonstrar apreço por sua lealdade, preparou uma cesta cheia de doces e guloseimas, a trazendo pendurada nos braços entregando a ele.

_Não precisa sinhá.

Falou o homem envergonhado ao receber um presente da mão da garota. Abaixando a cabeça para esconder as lágrimas que vertiam de seus olhos.

_ Claro que precisa, meu amigo leve esses doces a Catarina e a Zeca, sei que ambas gostam muito disso e que isso as fará se distrair da tormenta que castiga nossa fazenda.

O homem ficou com os olhos cheio de lágrimas novamente, pois a sua sinhá havia lembrado de suas filhas pequenas com carinho.

_ vou me embora senhor, pois as minhas meninas têm medo de chuva, preciso está com elas. Não quero deixá-las sozinhas por muito tempo.

Disse o homem preocupado com a esposa e com as filhas.

_ Vá meu amigo e obrigada por sua lealdade.

Disse Marina segurando suas mãos sorrindo ou escravo emocionado saiu porta fora em meio à chuva.

Lisboa observava a cena, espantado e, em simultâneo, admirado com a gestão da jovem do povo escravizado, sorriu, pois aquela garota seria a noiva perfeita ao seu filho.

_ouviram Tião a estrada está inundada, então terão que pousar aqui.

_Não se preocupe, meu pai, organizo o quarto para que eles possam ficar bem acomodados.

Disse Marina segurando suas saias longas do vestido correndo para os quarto de hóspede, organizando tudo para receber os dois homens.

Joaquim observava aquela joia de mulher com os olhos a brilhar, estava encantado com sua vontade e com a sua dedicação ao lar.

Lisboa, vendo os olhares lançados pelo rapaz, a moça ficou Afonso e falou:

_ Vejo que meu filho está encantado com a jovem dama.

Afonso olhou para o comerciante e com voz fria falou:

_ Teresa é jovem demais para se casar.

_ Jovem? A rapariga já passou da idade.

Falou Lisboa irritado.

_ Meu pai prometeu que teria o direito de escolher meu marido. E agora não estou interessada em me casar.

Disse Marina fria.

Alfonso sorriu, pois sua pequena leoa deixava claro sua posição ao português.

Os olhos de Joaquim ficaram tristes com a fala da garota que os guiou até o quarto de hóspede.

A noite passou sobre forte chuva e Joaquim não conseguia pregar os olhos ao pensar na jovem.

_ Acalme seu coração, meu filho. Conseguirei o contrato de casamento com Afonso em breve.

Joaquim respirou aliviado e sorriu.

_ Sem que não irá me decepcionar meu pai!

Exclamou o jovem acostumado a ter todos os seus desejos atendidos.

Amanheceu com um sol deixando o ambiente abafado. Joaquim observava a jovem vestida de maneira simples, com desgosto e desagrado. Marina não se importava com os olhares do homem. Serviu o seu pai e os convidados voltando para a lida da cozinha com as mucamas que se alegravam com o pequeno passarinho que cantava para alegrar o dia delas.

Afonso, irritado com os olhares de desagrado de Joaquim, o fitou e falou:

_ O que tanto lhe desagrada em minha filha?

O jovem desconcertado fitou o anfitrião.

_ E que não é natural uma jovem ter tanta liberdade quanto Tereza.

Disse Lisboa tentando tirar o filho da situação.

_ Lisboa eu o tenho em alta conta. Mas não permito que tente dar palpites na educação de minha filha. Aliás, a estrada já está liberada e ambos podem seguir caminho tranquilos.

Lisboa, constatando haver cruzado o limite de Afonso, falou:

_ Não me entenda mal, meu amigo. E que Teresa se casará um dia e se o seu marido não for acostumado com seus costumes poderá usar de força para a disciplinar. Por isso seria positivo para ela ter um marido que conheça seus modos. Por isso proponho o casamento de nossos filhos.

Afonso irado levantou da cadeira e fitando o homem e seu filho falou:

_ Fiz uma promessa a Teresa de que ela só se casará com o homem que escolher. Não permitirei suas manipulações, entendeu.

Marina ouviu parte da conversa e entendeu que o homem queria seguir o roteiro horrendo do livro.

O seu coração ficou pequeno ao fitar Joaquim. Tinha pavor dele sentir dor no peito no local em que ele enfiou o punhal.

Decidida, daria a Teresa uma nova vida, uma história feliz. Marchou até o pai tocando o seu ombro e sorrindo falou:

_ Chegou a hora de partir meus amigos.

Capítulos
1 Capítulo 1 - Forja do destino
2 Capítulo 2- Despedidas
3 Capítulo 3 - Luxúria x amor
4 Capítulo 4 - Se fosse comigo seria diferente!
5 Capítulo 5 - Não desafie o destino.
6 Capítulo 6 - Hipocrisia e maldade
7 Capítulo 7 - Quem com ferro fere será ferido.
8 Capítulo 8 - Reparos
9 Capítulo 9 - Alvorecer de uma vida.
10 Capítulo 10 - Proposta de casamento
11 Capítulo 11 - inveja e maldade.
12 Capítulo 12 - Obstinação de um coração.
13 Capítulo 13 - Imaturidade e inveja
14 Capítulo 14 - Amor de pai.
15 Capítulo 15 - Erros de pai.
16 Capítulo 16 - Mudança de vida.
17 Capítulo 17 - O primeiro dia de Pedro.
18 Capítulo 18- A velha Sebastiana.
19 Capítulo 19 - Um aliado.
20 Capítulo 20 - Amor verdadeiro
21 Capítulo 21 - Amor
22 Capítulo 22 - Estou perdido
23 Capítulo 23 - A dor de um coração
24 Capítulo 24 - A humilhação como combustível
25 Capítulo 25 - O príncipe regente
26 Capítulo 26 - O falso sacerdote
27 Capítulo 27 - Angustia de Marina
28 Capítulo 28- Vida no prostíbulo
29 Capítulo 29- O cerco de Joaquim
30 Capítulo 30 - O despertar de Teresa
31 Capítulo 31- O futuro é questão de escolha.
32 Capítulo 32 - Despertar de Marina
33 Capítulo 33 - Embate entre irmãos
34 Capítulo 34 - De volta para casa
35 Capítulo 35 - A angustia de Jacira
36 Capítulo 36 - Objeção de Coiote
37 Capítulo 37 - Retorno ao lar
38 Capítulo 38 - Inveja
39 Capítulo 39 - O príncipe galante
40 Capítulo 40 - Rastro de magia
41 Capítulo 41 - Inimigos ou amantes?
42 Capítulo 42 - Pesadelo
43 Capítulo 43 - Encontro não marcado
44 Capítulo 44 - O sonho explicado
45 capítulo 45 - Dunas do sol
46 Capítulo 46 - Reminiscências do passado
47 Capítulo 47 - Preceptor
48 Capítulo 48 - Artimanhas do destino
49 Capítulo 49 - Magia nas sombras
50 Capítulo 50 - Despertar para as leis da matéria
51 Capítulo 51 - Magia do tempo
52 Capítulo 52 - Ilusão X verdade
53 Capítulo 53- Conhecendo a verdade do passado
54 Capítulo 54 O velho mundo
55 Capítulo 55 - De volta a normalidade
56 Capítulo 56 - enfrentando o antigo algoz o medo
57 Capítulo 57 - Confronto
58 Capítulo 58 - Domando um demônio
59 Capítulo 59 - Encontro entre vítima e algoz
60 Capítulo 60 - Desconfiança
61 Capítulo 61 - Nas profundezas da mente.
62 Capítulo 62 - A víbora me dizia a verdade
63 Capítulo 63 - Verdades reveladas
64 Capítulo 64 - As rédeas do futuro
65 Capítulo 65 - Um príncipe
66 Capítulo 66 - A vingança do eunuco
67 Capítulo 67 - O peso do perdão
68 Capítulo 68 - A face do mal.
69 Capítulo 69 - A vingança de um rejeitado
70 Capítulo 70 Segredos de um pai
71 71 - Quando terei paz?
72 Capítulo 72 - Perseguição
73 Capítulo 73 A morte do assassino
74 Capítulo 74 - Dimensões
75 Capítulo 75 - Expiações
76 Capítulo 76 A colheita das ações
77 Capítulo 77 - O despertar de uma nova vida
78 Capítulo 78 - O caminho da fé
79 Capítulo 79 - O última encontro
80 80 - Vida
Capítulos

Atualizado até capítulo 80

1
Capítulo 1 - Forja do destino
2
Capítulo 2- Despedidas
3
Capítulo 3 - Luxúria x amor
4
Capítulo 4 - Se fosse comigo seria diferente!
5
Capítulo 5 - Não desafie o destino.
6
Capítulo 6 - Hipocrisia e maldade
7
Capítulo 7 - Quem com ferro fere será ferido.
8
Capítulo 8 - Reparos
9
Capítulo 9 - Alvorecer de uma vida.
10
Capítulo 10 - Proposta de casamento
11
Capítulo 11 - inveja e maldade.
12
Capítulo 12 - Obstinação de um coração.
13
Capítulo 13 - Imaturidade e inveja
14
Capítulo 14 - Amor de pai.
15
Capítulo 15 - Erros de pai.
16
Capítulo 16 - Mudança de vida.
17
Capítulo 17 - O primeiro dia de Pedro.
18
Capítulo 18- A velha Sebastiana.
19
Capítulo 19 - Um aliado.
20
Capítulo 20 - Amor verdadeiro
21
Capítulo 21 - Amor
22
Capítulo 22 - Estou perdido
23
Capítulo 23 - A dor de um coração
24
Capítulo 24 - A humilhação como combustível
25
Capítulo 25 - O príncipe regente
26
Capítulo 26 - O falso sacerdote
27
Capítulo 27 - Angustia de Marina
28
Capítulo 28- Vida no prostíbulo
29
Capítulo 29- O cerco de Joaquim
30
Capítulo 30 - O despertar de Teresa
31
Capítulo 31- O futuro é questão de escolha.
32
Capítulo 32 - Despertar de Marina
33
Capítulo 33 - Embate entre irmãos
34
Capítulo 34 - De volta para casa
35
Capítulo 35 - A angustia de Jacira
36
Capítulo 36 - Objeção de Coiote
37
Capítulo 37 - Retorno ao lar
38
Capítulo 38 - Inveja
39
Capítulo 39 - O príncipe galante
40
Capítulo 40 - Rastro de magia
41
Capítulo 41 - Inimigos ou amantes?
42
Capítulo 42 - Pesadelo
43
Capítulo 43 - Encontro não marcado
44
Capítulo 44 - O sonho explicado
45
capítulo 45 - Dunas do sol
46
Capítulo 46 - Reminiscências do passado
47
Capítulo 47 - Preceptor
48
Capítulo 48 - Artimanhas do destino
49
Capítulo 49 - Magia nas sombras
50
Capítulo 50 - Despertar para as leis da matéria
51
Capítulo 51 - Magia do tempo
52
Capítulo 52 - Ilusão X verdade
53
Capítulo 53- Conhecendo a verdade do passado
54
Capítulo 54 O velho mundo
55
Capítulo 55 - De volta a normalidade
56
Capítulo 56 - enfrentando o antigo algoz o medo
57
Capítulo 57 - Confronto
58
Capítulo 58 - Domando um demônio
59
Capítulo 59 - Encontro entre vítima e algoz
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Capítulo 60 - Desconfiança
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Capítulo 61 - Nas profundezas da mente.
62
Capítulo 62 - A víbora me dizia a verdade
63
Capítulo 63 - Verdades reveladas
64
Capítulo 64 - As rédeas do futuro
65
Capítulo 65 - Um príncipe
66
Capítulo 66 - A vingança do eunuco
67
Capítulo 67 - O peso do perdão
68
Capítulo 68 - A face do mal.
69
Capítulo 69 - A vingança de um rejeitado
70
Capítulo 70 Segredos de um pai
71
71 - Quando terei paz?
72
Capítulo 72 - Perseguição
73
Capítulo 73 A morte do assassino
74
Capítulo 74 - Dimensões
75
Capítulo 75 - Expiações
76
Capítulo 76 A colheita das ações
77
Capítulo 77 - O despertar de uma nova vida
78
Capítulo 78 - O caminho da fé
79
Capítulo 79 - O última encontro
80
80 - Vida

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