Joaquim andava de um lado para o outro passando as mãos pela cabeça em um gesto desesperado. Por mais que pensasse em algo para ter acesso à Teresa, nada vinha a sua mente. Estava irritado a dias tentava achar uma desculpa para visitar o amigo do pai. Afonso praticamente o havia expulsado da fazenda quando o seu pai tentou firmar compromisso de casamento.
O cansaço bateu em seu corpo e pensamento, pois, a dias não dormia direito e comia. Estava com os olhos com marcas roxas de noites de insônia e o corpo levemente magro pela falta de alimentos o deixava mais bonito aos olhos de todos, já que seus músculos dos braços e peito estavam a mostra.
Esgotado se jogou na cama já que era frágil as frustrações, sendo atendido em todos os seus desejos egoístas. Estava acostumado a ser disputado entre as mulheres que viviam a suspirar aos seus pés. Já Teresa o evitava demonstrando desagrado a sua proximidade.
As lágrimas caiam de sua face. Batidas na porta chamaram sua atenção.
_ Posso entrar?
Perguntou uma voz masculina rouca.
_ Entre de uma vez!
Exclamou o rapaz irritado escondendo a cabeça embaixo do travesseiro.
_ Qual o problema meu primo?
Perguntou o homem que havia acabado de entrar.
_ Só podia ser você Ramon a me atormentar neste momento de angústia.
_ Que drama é esse?
Perguntou o jovem espanhol sorrindo.
_ Sofro de amor.
_ Amor?
_ Não sabe como sou infeliz!
Exclamou ele a enterrar novamente a cabeça no travesseiro.
_ Pare de frescura meu primo, me conte o que te aflige.
Falou o rapaz sentado na frente do outro na luxuosa poltrona de veludo.
Joaquim contou tudo que havia se passado e entendeu que o primo cobiçava um brinquedo que não podia comprar ou ter.
_ Já sei como lhe ajudar.
_ Vamos à fazenda dela e me apresente já que sou o novo médico dessas bandas.
_ És um gênio, meu primo!
Exclamou o outro pulando da cama e ambos foram a montar os seus cavalos. Ao longo do percurso Joaquim enaltecida a imagem da mulher desejada e cansado, Ramon acreditava que ela não passaria de mais uma jovem tola como o primo.
Chegaram as medicações da fazendo e encontraram o velho Tião a ajustar a cerca.
_ Boa tarde. A sinhá está em casa?
_ Está senhorzinho.
Ramon observava as casas dos escravos ao lado da estrada curioso. Observava os seus rostos saudáveis a sorrir.
Chegando ao grande terreiro, Ramon viu uma jovem bela a sorrir a pilar grãos com as mulheres negras. Trajava roupas simples de algodão e lã, cabelos negros traçados ao lado da cabeça.
O sorriso na boca da jovem morreu ao avistar Joaquim.
Joaquim pulou do cavalo indo em direção a ela.
_ Boa tarde, Teresa.
_ O que faz aqui em minha casa sem a presença de meu pai?
Falou a jovem com olhar irritado.
Joaquim magoado falou sentido:
_ Por que me trata assim?
Marina o fitou com olhar irritado.
_ Não é de bom grado receber homens na ausência de meu pai.
_ Nem que seja o seu futuro noivo.
_ Não penso em casar tão cedo. E você não seria a minha escolha.
Disse ela abalando o jovem.
_ Olá Teresa, meu nome é Ramon. A culpa de termos vindo sem avisar é minha. Sou um médico recém-formado que busca se estabelecer na cidade. Atendo a população carente e os escravos. Pedi ao meu primo para vir conhecer a fazenda e oferecer meu préstimo.
Teresa olhou para os olhos de Ramon e sorriu, não havia maldades ali.
_ Seja bem-vindo a fazenda Dr.
Joaquim, tomado do ciúme, falou:
_ Vim lhe fazer um favor e me tratou com escárnio.
Disse ele magoado.
Tião quando viu os visitantes correu para avisar o patrão que arrumava a roda de água. O fazendeiro viu os jovens com a filha e irritado ficou.
_ O que fazem em minhas terras?
Disse Afonso saltando do cavalo.
_ A culpa é minha, meu senhor. Sou um médico que busca clientes, pedi ao meu primo para me apresentar ao senhor. Não buscava transtorno para sua casa.
Afonso mediu o rapaz e a muito esperava um médico que atendesse seus escravos.
_Que bons ventos trouxeram a minha casa. Teresa tem cuidado da velha Sebastiana com muita dedicação, mas a velha ama ainda apresenta grandes dores nas pernas. Venha vê-la.
Disse o homem guiando o rapaz para dentro da casa grande.
Joaquim olhou para Marina com o coração magoado.
_ Não gosta da minha presença?
Marina, cansada do drama do homem, falou:
_ Não gosto de você. Não o quero por perto.
Joaquim olhou para ela pasmo com sua honestidade.
_ Nunca lhe fiz nada!
Exclamou ele triste.
_ És um homem mimado não dado ao trabalho e vive no ócio de uma vida fausta. Não gosto de suas atitudes infantis e não o quero nem para amigo.
Disse Marina subindo as escadas como uma bala entrando na casa grande.
Encontrando o pai saindo do quarto da enferma com Ramon.
_ Meu pai, não gosto de Joaquim e não o quero perto. Por favor, eu lhe imploro não me dê casamento a ele.
Assutado os dois homens viram a explosão emocional da jovem que correu para o seu quarto.
Voltando para o pátio encontraram Joaquim com olhar baixo a segurar as lágrimas.
_ O que houve entre ti e minha filha?
Perguntou Afonso bravo.
Joaquim contou ao pai da moça a fala dela sem omitir nada do homem, acreditando que ele iria a repreender. Afonso o fitou duro e falou:
_ Ela sabe de seu caráter mimado e de sua vida de preguiça. Teresa e uma mulher dada ao trabalho e a ser útil, jamais se casaria com um preguiçoso. Não o quero em minha fazenda, está é a última vez que vem aqui, caso tente novamente sofrerá as consequências. Já você Dr e bem-vindo. De hoje em diante ganhou serei seu cliente. Já que demonstrou grande paixão pelo ofício.
Ramon agradeceu o fazendeiro e puxando o primo paralisado para o cavalo Ambos montaram nos animais e seguiram em silêncio para a cidade.
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Souza França
A leitura é típica da literatura brasileira!
2024-06-03
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Nilva WK
estou AMANDO o livro
2023-09-18
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