Sala VIP

Ravier se olhou no espelho e ele literalmente se achou muito bonito. Pelo menos isso ele podia agradecer ao pai. O Sr. Alberto Valente sempre foi um homem muito bonito e charmoso que até hoje derrete corações por onde passa.

Ele afinal não seria visto por ninguém, mas ele nunca saiu de casa com um fio de cabelo fora do lugar.

Gael estava um pouco inseguro com a sua aparência, aquilo não fazia nem um pouco o seu estilo, mas Ananda disse ser inadmissível que ele fosse com uma roupa simples nessa inauguração.

Ela havia comprado um aparência especificamente para ele, que não queria aceitar, mas ela disse ser por ele conseguir um emprego novo.

— Uau!

Ananda disse e depois deu um, tapa no rabo de Gael.

— Você é uma vazia gostosa mesmo, eu até te pegaria se não fosse família.

Entrando na brincadeira Gael disse:

— Quem não te pegaria sou eu.

— Verdade, com essa roupa, provavelmente eu nem me atreveria em dar em cima de você.

Ambos riram, depois disso, Gael ficou mais relaxado, no entanto, ele podia ainda sentir que essa noite prometia bastante e depois de tudo ele não sabe se está preparado para o que está por vir, uma coisa é certa, ele não vai beber, pois está dirigindo.

Quando Gael chegou com a sua prima é mais uma amiga dela que eles passaram no caminho para buscar, Gael ficou boquiaberto com o lugar, era realmente exclusivo e muito chique.

Sem contar as pessoas muito bonitas, dava para observar, pois diferente do que ele pensava, ali não estava abarrotado de gente, pelo visto, o lugar é exclusivo mesmo.

— Como conseguiu um convite para esse lugar?

— Depois eu te conto, isso não importa agora, eu preciso de uma bebida.

Eles foram então para o bar e o barman logo colocou os olhos em Gael, que estava nervoso demais para prestar atenção, mas Ananda notou logo de cara. O barman aproximou-se todo sorridente e disse:

— Em que posso serví-lo?

Gael não respondeu e Ananda foi quem se adiantou:

— Duas tequilas. E para você Gael?

— Eu... Eu quero uma água.

Ananda revirou os olhos, às vezes o seu primo era tão devagar.

— Duas tequilas e um drinque sem álcool por favor, essa vadia aqui é nossa motorista hoje.

Gael arregalou os olhos e deu um sorriso amarelo para o barman, a sua prima tinha que sair com as dela. O barman deu um sorriso “sexy” e afastou-se.

— O que você pensa que está a fazer Ananda?

— Te dando alguma oportunidade com aquele gostoso, pois se depender de você, vai morrer solteiro.

— É claro que ele não estava me dando mole, pare de inventar essas histórias na sua cabeça.

— Eu não invento nada, você que se recusa a ver o que está bem na sua frente.

Ananda e sua amiga pegaram a bebida e foram para a pista de dança. Elas convidaram Gael, mas ele preferiu ficar no bar. Quando elas saíram, o barman se aproximou e disse:

— Você não vai dançar com as suas amigas? Eu estava louco para ver isso, eu dançarina com você, mas eu estou trabalhando.

— Bem, eu não sou muito bom dançarino.

— Isso não importa você é lindo de todo jeito.

Gael não esperava que ele fosse tão aberto e corou diante das investidas dele. 😊Mas, ele decidiu ir dançar mesmo quando o homem se apresentou para ele como Mike e ao dar um sorriso, ele viu as covinhas que se formaram em suas bochechas. Quem pode resistir a isso?

Foi então, que ele se juntou à sua prima e sua amiga na pista de dança. Mal sabia ele que estava sendo observado e não somente por Mike.

No piso exclusivo, onde ficava o escritório do dono, Ravier não pôde acreditar quando ele viu aquela figura conhecida lá em baixo.

Ele quase não podia acreditar, no que estava vendo, ele não fazia ideia de que Gael viria, mas ficou feliz em vê-lo ali.

Inclusive ocorreu-lhe uma ideia, mesmo um pouco duvidoso de sua decisão, ele pediu a um dos seguranças, que fosse fazer o que ele queria.

Gael já estava envolvido pela música e até mesmo já estava a começar a se divertir quando um segurança muito corpulento se aproximou dele.

Ananda e a sua amiga já estavam muito ocupadas com dois rapazes e ele estava um pouco distante delas, acabou que resultou que nem Gael entendeu direito como ele acabou a entrar num corredor com o segurança.

Quando eles entraram num elevador, foi que ele conseguiu reagir e perguntar:

— Algum problema senhor? Para onde está a levar-me?

O homem não lhe respondeu nada, permaneceu imóvel, como se nada o pudesse tirar do lugar.

Até que o elevador se abriu e ele foi puxando Gael, até uma sala, que estava escura e o deixou ali sozinho.

Gael ficou desesperado, no entanto, a sua vista foi se acostumando ao lugar, ele viu mais adiante uma sombra.

A sua respiração estava ofegante e ele não fazia ideia do que ia acontecer. A sombra foi se aproximando dele.

Ravier não mediu muito as consequências das suas ações, ele só queria nessa noite festiva fazer algo que lhe deu vontade, ele tinha agora a oportunidade de seguir a sua própria vida.

Ele inclusive não pensou o que Gael acharia de sua atitude, a única coisa que Ravier sabe neste momento, é que ele nunca se sentiu tão vivo nós últimos tempos.

Ele se sentiu um rei a espera de sua concubina. Quando Ravier viu Gael sendo deixado em sua sala, ele ficou muito feliz consigo mesmo por ter decidido apagar as luzes, pois assim ele pode ver a sua presa em sua melhor forma.

Gael parecia um pouco desorientado, mas ele não teve nenhum remorso, se ele não o tivesse tirado daquela pista de dança, provavelmente estaria com um qualquer por aí.

Ravier se aproximou de Gael e foi direto na fonte dos seus desejos, aquela boca rosada e forte iria dar-lhe um beijo.

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